Ver goleiros marcando gols de pênalti ou em cobranças de falta passou a ser algo não tão raro assim no futebol moderno. Rogério Ceni, Chilavert, Bruno, Lauro, Viáfara, Tiago (Vasco) e Márcio (Atlético-GO) são alguns dos camisas 1 que já balançaram as redes. Mas um arqueiro fazer um gol da própria área segue sendo algo fora do comum. E um dos primeiros gols de goleiro conhecidos envolvendo um grande clube brasileiro completa 40 anos neste mês.
Em 19 de setembro de 1970, o Flamengo se despedia do Campeonato Carioca contra o Madureira. A partida fechava uma campanha abaixo da esperada do Rubro-Negro no Estadual, em que terminou em quinto lugar. Mas o jogo no estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador, ficaria marcada na história do clube. Pelo segundo gol do Fla na vitória por 2 a 0.
O meia Zanata abriu o placar aos 40 minutos de jogo, em cobrança de pênalti. Aos 30 da etapa final, o goleiro Ubirajara Alcântara repôs a bola em jogo com um chutão. A pelota, ajudada pela ‘brisa’ que costuma soprar no campo da Portuguesa carioca (apelidado de “estádio dos ventos uivantes”) chegou na área adversária. Surpreso por ver a bola chegar perto de sua área e diante da aproximação do atacante Nei, o goleiro do Madureira, Paulo Roberto, saiu mal do gol e acabou sendo encoberto.
A maioria dos poucos torcedores presentes ao estádio (o público foi de apenas 1.075 torcedores) demorou a reagir, diante do lance surpreendente. Mas, em seguida, vibraram com o raro gol que haviam acabado de testemunhar: o primeiro marcado por um arqueiro na história do Flamengo.
Ubiraja fez em 1970. Um feito até hoje inigualado na história do Rubro-Negro carioca. |
Depois, apenas outros dois camisas 1 conseguiram balançar a rede: Zé Carlos, em um pênalti, na goleada de 6 a 2 do Fla sobre o Nacional-AM, em 27 de fevereiro de 97, pela Copa do Brasil; e Bruno, que marcou quatro vezes entre 2008 a 2010, três em cobranças de falta e uma em penalidade máxima.
Mas nenhum deles conseguiu balançar a rede com um chute da própria área, como Ubiraja fez em 1970. Um feito até hoje inigualado na história do Rubro-Negro carioca.
Fonte:blog Memória Esporte Clube
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