A derrota para o Vasco fez a diretoria do Flamengo acelerar um processo de faxina que já estava sendo planejado. Enquanto o técnico Cristóvão está na berlinda, podendo ser substituído mesmo em caso de vitória sobre o Joinville amanhã — os nomes de Cuca e Oswaldo de Oliveira ganham força —, a diretoria prepara uma barca para se livrar de jogadores que não estão rendendo.
Atletas com desempenho ruim e comportamento questionado devem ser emprestados. A lista ainda não foi finalizada, mas o diretor executivo Rodrigo Caetano tem carta branca para apontar os nomes que não estão comprometidos com o clube.
O próprio dirigente enfrenta resistência interna nos bastidores do clube por sua postura pouco firme em relação aos atletas, e a conclusão é de que alguma resposta tem que ser dada para amenizar a crise que se agrava.
Os laterais Pará e Anderson Pico, os atacante s Paulinho, Everton e Marcelo Cirino e o volante Márcio Araújo são alguns dos atletas que caíram de produção de forma vertiginosa, e estão ameaçados. Os cinco primeiros já vinham sendo monitorados por excessos extracampo. Anderson Pico sofre questionamentos sobre o excesso de peso, mas o clube garante que a má forma é só técnica.
A diretoria trabalha ainda para enxugar o elenco e negociar o argentino Lucas Mugni. A chegada de reforços incluiria apenas a contratação do volante Elias, mas não há avanços significativos depois da eliminação da seleção na Copa América.
Vindo de algumas semanas livres para treinamento, Cristóvão tem pouco tempo, com o início do período com jogos no meio e fim de semana, para arrumar o time, e deve fazer mudanças que façam o aproveitamento crescer. Atualmente, são quatro derrotas e duas vitórias. Uma das mexidas deve ser a entrada de Alan Patrick entre os titulares. Com o time na zona de rebaixamento, na décima sétima posição, a pressão sobre os reforços que já chegaram e os que estão a caminho promete ser enorme.
A diretoria como um todo ainda tenta sustentar uma discurso de que o grupo atual tem qualidade e pode render mais do que tem rendido. Contudo, há um consenso entre conselheiros sobre a necessidade de de um pulso mais firme no futebol. Atualmente, o conselho gestor toma decisões à distância e não tem representatividade perante os jogadores. O time treina hoje na Arena Joinville, local do jogo, para onde nenhum membro do conselho de futebol se deslocou para acompanhar o mau momento do Flamengo. O futebol do clube está à deriva.
Extra
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