terça-feira, 31 de maio de 2011

Dirigentes do Fla confiam em acerto com Airton nesta semana

Por Janir Júnior e Richard Souza Rio de Janeiro
 
airton flamengo (Foto: Divulgação / Site oficial do Flamengo)
Fla está otimista em relação ao acerto com Airton
(Foto: Divulgação / Site oficial do Flamengo)

O vice jurídico do Flamengo, Rafael de Piro, e o vice de finanças Michel Levy retornaram nesta segunda-feira de Portugal com a bagagem cheia de esperanças. Além de renegociarem uma dívida com o Marítimo-POR em relação ao atacante Souza, os dois chegaram ao Brasil confiantes na contratação por empréstimo do volante Airton, atualmente no Benfica.
Rafael de Piro revelou que Michel Levy teve um breve contato com o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e afirmou que as conversas estão adiantadas. O Benfica pede R$ 1,1 milhão pelo empréstimo de um ano.
- O Michel Levy falou rapidamente com o presidente do Benfica, mas essa negociação está sendo resolvida pelo departamento de futebol com um representante do clube aqui no Brasil. Estamos otimistas que isso seja resolvido ainda nesta semana. Acho que o Airton tem interesse em voltar, já que não está jogando por lá.
Levy, por sua vez, diz que aguarda uma resposta positiva do Benfica.
- Fiz uma proposta ao presidente do Benfica, ele tinha uma ideia que não nos agradou e fizemos uma contraproposta. Ficou de dar uma resposta. Essa semana vamos ter uma definição, acredito que mais uns dois dias. Uma das possibilidades seria contratarmos o jogador por empréstimo com opção de compra, com valor fixado, no fim do contrato. É a opção que nos agrada mais.
Negociado em janeiro do ano passado, Airton custou € 3 milhões (R$ 6,8 milhões) aos portugueses. Na última temporada, fez apenas 15 jogos, sete como titular. 
Também em Portugal, os dirigentes renegociaram uma dívida de R$ 2,1 milhões com o Marítimo da venda do atacante Souza, hoje no Bahia, ao Panathinaikos, em julho de 2008. O pagamento será feito de forma parcelada.
Se obtiveram êxito nos contatos com Marítimo e Benfica, o mesmo não pode ser dito em relação ao zagueiro Juan, do Roma-ITA. A ideia inicial era aproveitar a viagem para ir à Itália conversar com o jogador. No entanto, o atleta está de férias com a família nos Estados Unidos. Rafael de Piro, amigo pessoal de Juan, não se mostrou preocupado com o desencontro.
- Nós não conseguimos encontrar o Juan, mas não tem problema. Sempre falo com ele por telefone, é um amigo pessoal. Ele é uma promessa de campanha da presidente Patricia Amorim. Por isso mesmo existe um grande empenho para tentar repatriá-lo. Mas, de concreto, não existe nada. Acho viável, mas depende, sobretudo, da vontade pessoal dele. O Juan tem contrato até o fim de 2013 com o Roma. Depende muito da vontade do jogador.
Durante um seminário no Centro do Rio de Janeiro nesta segunda-feira, Patricia Amorim falou que a semana promete novidades em relação a reforços. Ela citou o fato de André estar  na cidade e de Vagner Love e Juan chegarem em breve.

Nalbert alfineta o Vasco: 'Como não é contra o Fla, talvez sejam campeões'

Por Janir Júnior Rio de Janeiro
 
patricia amorim nalbert  (Foto: Janir Junior/Globoesporte.com)
Nalbert esteve com a rubro-negra Patricia Amorim
(Foto: Janir Junior/Globoesporte.com)

O ex-jogador de vôlei Nalbert  participou nesta segunda-feira do seminário Rio Cidade Sede, no Centro de Convenções da Bolsa de Valores, no Centro do Rio. Promovido pelo jornal O Globo, o evento tinha como objetivo falar sobre os desafios da cidade para os Jogos Olímpicos de 2016. Mas Nalbert encontrou espaço para falar de futebol e alfinetou o Vasco, que está na final da Copa do Brasil. O jogo de ida contra o Coritiba será na próxima quarta-feira, às 21h50m, em São Januário.
- Como a final não será contra o Flamengo, talvez eles consigam ser campeões.
A provocação aconteceu no momento em que  Nalbert lembrava suas raízes rubro-negras. Torcedor do Flamengo, o ex-jogador começou a carreira no clube, aos 14 anos. Ele não ficou preocupado em ser vaiado no seminário.
- Estou tranquilo, a maioria aqui é Flamengo, não é? - indagou, recebendo resposta positiva.
Na última decisão de Copa do Brasil que disputou, o Vasco foi derrotado pelo Flamengo, em 2006.

Renato deixa festa de Pet de lado: 'É um jogo de extrema importância'

Por Marcelo Baltar Rio de Janeiro
renato flamengo desembarque (Foto: Marcelo Baltar / Globoesporte.com)
 
A festança está marcada, e os rubro-negros convidados. No próximo domingo, às 16h, contra o Corinthians, no Engenhão, o sérvio Petkovic, um dos maiores ídolos recentes do Flamengo, dará adeus aos gramados e pendurará as chuteiras.
O problema é que o adversário não quer saber de festa, e a partida vale três pontos. Apesar de aprovar a homenagem ao ídolo rubro-negro, Renato cobra atenção total do time em campo.
- Vai ser um jogo legal, é a despedida do Pet. Talvez, para alguns, possa ser um jogo festivo, mas também é de extrema importância para o Flamengo. Vale as primeiras colocações. Vale a nossa meta. O meu objetivo é conseguir sete pontos a cada três jogos – disse o camisa 11 rubro-negro.
Renato, inclusive, vê o Corinthians como um adversário direto do Flamengo na briga pelas primeiras colocações.
- Será um clássico importante, um grande jogo. São dois grandes times que vão brigar lá na frente por algo importante no campeonato.
Além de Petkovic, o Flamengo deve ter a volta do Léo Moura e a estreia de Junior César contra o Corinthians. Convocado para a Seleção Brasileira, Thiago Neves será desfalque.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Fla vacila no fim, Bahia aproveita e arranca empate em Salvador

por Eric Luis Carvalho e Richard Souza
Noventa minutos não bastaram para apontar um vencedor. Neste domingo, Bahia e Flamengo se reencontraram na Primeira Divisão depois de quase oito anos e fizeram um confronto marcado por erros, gols e equilíbrio. Depois de ficar duas vezes em desvantagem no placar, o Rubro-Negro virou a partida no segundo tempo, dominou o adversário, mas permitiu a igualdade no fim, quase nos acréscimos. O atacante Jobson, autor de dois gols, marcou aos 44 minutos, decretando o placar de 3 a 3.
O resultado pune a equipe de Vanderlei Luxemburgo, que esteve muito perto de conquistar a segunda vitória seguida no Campeonato Brasileiro. O Flamengo chega a quatro pontos e perde a chance de se igualar a Corinthians, Atlético-MG, Vasco e São Paulo, que venceram seus dois jogos.
Ao Bahia, resta o consolo de voltar a conquistar um ponto na Série A. Depois de sete anos longe da elite, o Tricolor demonstrou raça para evitar a derrota diante de mais de 30 mil torcedores eufóricos.
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As equipes voltam a jogar no próximo domingo. O Bahia visita o Grêmio, no Olímpico, em Porto Alegre, às 16h. No mesmo horário, o Flamengo recebe o Corinthians, no Engenhão. Este jogo vai marcar a despedida do meia Petkovic.
‘Bahêa’ sem freio
Muitos e muitos dias de saudade sem ver o Bahia jogar em Salvador numa partida da Primeira Divisão. Pituaçu foi o ponto de encontro da turma tricolor. Gente empolgada, alegre, nervosa. Um tal de senta e levanta sem fim nas arquibancadas. Contra o Flamengo, o Esquadrão de Aço teve pressa para soltar um grito preso há sete anos, guardado lá no fundo da garganta, desde o rebaixamento em 2003. Coube a Lulinha inflamar o estádio antes dos 20 minutos. Gol com participação do atacante Souza, ex-rubro-negro. Foi ele quem ajeitou a bola dentro da área para o meia bater de esquerda. Na comemoração, os jogadores imitaram o 'bonde sem freio', coreografia que ficou famosa com os cariocas. Primeiro gol do ex-corintiano no novo clube.
ronaldinho gaucho flamengo bahia (Foto: Eduardo Martins / Agência Estado)
Ronaldinho fez o primeiro gol do Flamengo na Bahia (Foto: Eduardo Martins / Agência Estado)
Foi um Flamengo com mais vontade do que qualidade. Bottinelli, Thiago Neves e Ronaldinho custaram a se encontrar, criaram pouco, mas batalharam. A equipe errou passes curtos, deu chances de contra-ataque ao adversário e demorou para encaixar seu melhor jogo. O setor direito era a melhor saída. Por lá, Galhardo, substituto do machucado Léo Moura, foi acionado e chegou pelo menos três vezes com perigo. Foi dele o cruzamento rasteiro para Ronaldinho completar de pé esquerdo. O empate em pouco mais de dez minutos silenciou os donos da casa.
Lulinha pela direita, Jobson na esquerda e Souza centralizado. Galhardo e Welinton sofreram com os ataques do ex-botafoguense. Jobson perturbou com dribles e arrancadas, sempre muito ágil, arisco. Num contra-ataque oriundo de uma falta mal cobrada por Ronaldinho, o Bahia voltou a abrir vantagem. Lulinha avançou pela direita e cruzou rasteiro. Jobson, feito uma flecha, aproveitou: 2 a 1, e bonde outra vez formado. Primeiro dele pela equipe.
Mesmo com o time na frente, os tricolores chiaram no fim do primeiro tempo. Cleber Welington Abade foi para o vestiário sob gritos de "ladrão". Motivo: Galhardo puxou a camisa e derrubou Ávine dentro da área quando o placar marcava 1 a 0. O árbitro nada marcou. 
Fla vira, mas Jobson empata
Da esquerda para a direita, da direta para a esquerda. Trocar pressa por paciência fez bem ao Flamengo. O time de Luxemburgo girou a bola, esperou a hora certa de investir, de ser preciso. Foi assim que Thiago Neves encontrou Bottinelli do lado esquerdo da área sem qualquer marcação. O passe ainda passou por Wanderley, que por sorte não conseguiu dominar. Chute colocado de "El Pollo" para empatar o confronto outra vez, antes dos dez minutos.
O torcedor do Bahia sentiu. O time também. Os contra-ataques não funcionavam mais com a mesma eficiência. Jobson caiu pelos lados do campo, mas sempre acompanhado de perto por Welinton e David. Depois de um primeiro tempo instável, a zaga rubro-negra se posicionou melhor. Egídio e Galhardo também diminuíram espaços nas alas. René Simões trocou o lateral-direito Gabriel por Marcos para dar força ao setor, recolocar Lulinha no jogo, mas a tentativa foi frustrada. O Bahia continuava convidando o Flamengo para entrar no seu campo.
Fernando 'entrega o ouro'
A mudança de Luxa funcionou bem melhor. O técnico trocou a vontade de Wanderley pela velocidade de Diego Maurício. Em poucos minutos em campo, o garoto fez a diferença no gol da virada. Acionado por Bottinelli, Drogbinha cruzou na medida para Egídio. O lateral-esquerdo, que deve dar lugar a Junior Cesar na próxima rodada, acertou um bonito chute de primeira. Virada com dois gols em menos de 20 minutos.
Sem força, o Bahia ainda teve Helder expulso ao levar o segundo amarelo após falta em Bottinelli. Muitos tricolores deixaram o estádio antes do apito final. Quem saiu, perdeu. Diferentemente da primeira mudança, quando colocou Diego Maurício, Luxemburgo deu azar ao lançar Fernando no lugar de Willians, com câimbras, e Jean, no de Galhardo. O volante saiu jogando errado e armou o contragolpe do Bahia. Maranhão acionou Jobson, que dominou no lado esquerdo da área e soltou uma bomba de canhota para empatar: 3 a 3, aos 44. Gol para dar um pouquinho de graça ao reencontro que os tricolores tanto esperavam. Gol que deixou o empate com gosto de derrota para os rubro-negros.
bahia 3 x 3 flamengo
Omar, Gabriel (Marcos), Titi, Thiego e Ávine; Marcone, Fahel, Helder e Lulinha (Maranhão); Souza (Rafael) e Jobson.Felipe, Galhardo (Jean), Welinton, David e Egídio; Willians (Fernando), Renato, Bottinelli e Thiago Neves; Ronaldinho e Wanderley (Diego Maurício).
Técnico: René Simões.Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Gols: Lulinha, aos 16, Ronaldinho, aos 29, Jobson, 36 do primeiro tempo. Bottinelli, aos nove, Egídio, aos 27, e Jobson, aos 44 do segundo tempo.
Público pagante: 32.157. Renda: R$ 815.460,00
Cartões amarelos: Helder, Marcone,  Ávine e Jobson (Bahia); Egídio (Flamengo). Cartão vermelho: Helder (Bahia).
Estádio: Pituaçu, em Salvador. Data: 29/05/2011. Árbitro: Cleber Welington Abade (SP). Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho e Marcelo Van Gasse (ambos de SP).

domingo, 29 de maio de 2011

Peneira no Flamengo: Macalé é aprovado por Ronaldinho Gaúcho e Luxemburgo



João Vitor, mais conhecido como Macalé, é morador do Conjunto de Favelas do Alemão e tem o sonho de ser jogador de futebol profissional. Para dar aquela forcinha, o Caldeirão levou o menino para participar de uma “peneira” no Centro de Treinamento do Flamengo, conhecido como Ninho do Urubu. O tímido garoto de poucas palavras jogou um coletivo com os meninos de sua idade e provou que a aposta de Luciano Huck de apresentá-lo para os profissionais do Flamengo estava certa: Macalé foi aceito para treinar nas categorias de base do clube!
Durante a matéria, o menino prodígio ficou frente a frente com os craques Ronaldinho Gaúcho, Léo Moura e Thiago Neves, entre outros, além do técnico Vanderlei Luxemburgo e a presidente do clube, Patrícia Amorim. Luxemburgo e Ronaldinho foram os responsáveis por decidir se Macalé iria ser aceito no Flamengo ou não.
Luxemburgo, Luciano e Ronaldinho aprovam João Victor para treinar no Flamengo
João mostra o que sabe em campo
Thiago Neves e Ronaldinho fizeram a alegria do pequeno João

sábado, 28 de maio de 2011

Documentário exclusivo lembra os dez anos do gol histórico de Petkovic

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Uma falta fez o Maracanã inteiro se silenciar. O tempo pareceu parar. Expectativa. Tensão. Nas arquibancadas, as mãos dos torcedores rubro-negros tremulavam. Sob o olhar de Zagallo, a bola viajou. Ganhou uma trajetória improvável. Mas encontrou o rumo e entrou no único lugar possível fora do alcance do goleiro Helton. Um momento épico. Inacreditável. Inesquecível. E o dia 27 de maio de 2001 entrava para a história. O sérvio Dejan Petkovic, que por pouco não jogou aquela partida, também. 
O GLOBOESPORTE.COM preparou um documentário exclusivo sobre este capítulo brilhante da história do Flamengo. São 9m29s capazes de fazer os rubro-negros viajarem no tempo. Petkovic, Zagallo, Edílson, Joel Santana e Fabiano Eller recordam daquele momento marcante do futebol brasileiro. Dez anos se passaram. Mas as lembranças e as emoções parecem permanecer fortes nos principais personagens daquele lance. 
- Era uma fracção de segundo para ganhar ou não o tricampeonato. E estava tudo nos pés do Pet. O inacreditável aconteceu... - lembra Zagallo. 
- Quando eu olhei a bola saindo eu pensei: vai. Ela (a bola) tomou aquela energia pela vibração da torcida. Todo mundo acreditou que poderia ser gol - disse Petkovic.
- Não tinha mais o que fazer, sinceramente - admite Helton. 
- Quando Deus quer as coisas, não tem jeito - lamenta Fabiano Eller. 
"Aos 43", um documentário exclusivo do GLOBOESPORTE.COM.

Luxa vê Galhardo e Egídio mais confiantes: 'O time cresce e leva junto'

Por Janir Júnior e Richard Souza Rio de Janeiro
O Flamengo terá mais uma prova para mostrar que deixou de ficar capenga nas laterais. Com Léo Moura ainda em recuperação de lesão no joelho direito e Junior Cesar com estreia prevista para o dia 5, contra o Corinthians, o time terá novamente Galhardo na lateral direita e Egídio pela esquerda. Vanderlei Luxemburgo acredita que os dois jogadores ganharam confiança e cresceram junto com a equipe.
egidio flamengo coletiva (Foto: Richard Fausto / Globoesporte.com)
Para o técnico Vanderlei Luxemburgo, Egídio está crescendo (Foto: Richard Fausto / Globoesporte.com)
- O time cresce e leva os caras junto, eles melhoram individualmente, ganham confiança. Nos treinos, deu para perceber o Egídio tocando, passando para receber – analisou Vanderlei.
Egídio, com 56 passes, foi o jogador que mais acertou entre todos os 20 times na primeira rodada do Campeonato Brasileiro. Luxa também enxergou melhoras em outros aspectos. Mas com uma ressalva.
- Estamos bem na parte física, técnica e tática. Mas isso não quer dizer que não vamos perder jogos.
Apesar da goleada por 4 a 0 sobre o Avaí na estreia, Vanderlei sabe que encontrará dificuldades contra o Bahia, domingo, às 16h, em Salvador.
- Vai ser um jogo duro. O Bahia criou inúmeras situações boas na primeira partida (derrota para o América-MG), será difícil.
A delegação rubro-negra embarca para a capital baiana na tarde deste sábado. A chegada está prevista para 17h.

Justiça cassa título brasileiro de 1987 do Flamengo, afirma o Sport

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

flamengo 1987 decisão judicial (Foto: Divulgação)
Decisão judicial exige que CBF considere o Sport o
único campeão brasileiro em 87 (Foto: Divulgação)

A polêmica da Copa União de 1987 parece não ter fim. No início da noite desta sexta-feira, o Sport informou que a Justiça Federal derrubou a resolução da CBF que confirmava o Flamengo como campeão brasileiro daquele ano, ao lado do clube pernambucano.
Segundo o diretor jurídico do Sport, Arnaldo Barros, a CBF terá um prazo de 48 horas para atender a solicitação da justiça.
Entenda o caso
- Acabei de pegar a decisão, que foi no sentido de expedir uma carta precatória para a CBF na pessoa do Ricardo Teixeira ou de quem responder por ele, dando um prazo de 48 horas para que ele revogue a resolução número 2 de 2011. Ele ainda tem o mesmo prazo para editar uma nova resolução afirmando expressamente que o Sport é o único campeão do Campeonato Brasileiro de 1987 - ponderou o advogado.
Ainda de acordo com Arnaldo Barros, a CBF e Ricardo Teixeira podem ser punidos com uma multa diária se não cumprirem o determinado em até 48 horas.

- Se ele não atender a determinação, terá penalidades. Uma delas é uma multa de R$ 500 enquanto perdurar o descumprimento e até uma apuração de crime por desobediência.

No Flamengo, quem trata do assunto é o procurador-geral do clube, Rafael de Piro, que está em Portugal a trabalho. O diretor jurídico do futebol rubro-negro, Michel Assef Filho, salientou que o clube ainda não foi informado da decisão.

- Quem cuida desse assunto oficialmente é o procurador-geral do Flamengo, Rafael de Piro. Como diretor jurídico do futebol, eu digo que não conheço a decisão oficialmente e não tive conhecimento da petição que iniciou o suposto processo. No meu entendimento preliminar, o Flamengo, como será, ou seria, afetado diretamente, deveria ter sido intimado para se manifestar a respeito dela, não só a CBF.

No dia 21 de fevereiro deste ano, a CBF reconheceu o Flamengo como campeão brasileiro de 1987. A decisão, a princípio, colocaria fim a uma polêmica que já dura mais de 24 anos. Na ocasião, o presidente do Sport, Gustavo Dubeux, afirmou que não aceitaria dividir o título com o clube carioca e ressaltou que tomaria as providências cabíveis.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Mirrado e habilidoso, ala Selé vira o novo xodó da torcida do Flamengo

Por Flávio Dilascio Direto de Macaé, RJ

selé showbol flamengo (Foto: Divulgação)
Selé (o primeiro à esquerda) comemora o título
 carioca. (Foto: Divulgação/Ricardo Cassiano)

Com seus 1,62m de altura e 59kg, Luiz Cláudio Servete de Souza, o Selé, vem roubando a cena nas partidas de showbol do Flamengo. Reserva da equipe bicampeã carioca, ele se tornou o mais novo xodó da torcda rubro-negra, que se diverte a cada jogada do pequenino ala-esquerdo, que poucas chances teve no futebol profissional do clube. Aos 40 anos de idade, ele explica a ligação com o Flamengo e o motivo de não ter tido uma carreira mais próspera no futebol.
- Cheguei ao Flamengo em 1984 e subi para os profissionais em 1990. Não tive muito espaço, pois o time contava com o Piá e com o Dida na lateral-esquerda. Fiz apenas cinco partidas pelo Flamengo, em 1991. Foi em uma excursão de início de ano em Santa Catarina e o técnico era o Vanderlei Luxemburgo - lembra Selé, um dos destaques do Fla no Carioca de showbol.
Com o não aproveitamento no clube que o revelou, Selé começou a peregrinar por diversos times do país. Em 1992,  transferiu-se para o Campinense (PB), sua primeira parada no Nordeste brasileiro. Passou também por Moto Clube (MA), Treze (PB), Paysandu (PA), até voltar para o Rio para atuar na Portuguesa, Serrano, Iate Clube e CFZ.
- Não tive muito sucesso e fama na minha carreira por conta do meu físico. Infelizmente, o futebol requer muito o uso da força e os técnicos selecionam os jogadores com base no porte físico. Por volta dos meus 20 anos, fiz um trabalho para ganhar massa muscular, mas não obtive muitos resultados. Acho que é porque naquela época não existiam tantos recursos de preparação física e nutrição como há hoje - lamenta Selé, que, entre idas e vindas, ainda teve mais duas breves passagens pelo Flamengo, novamente sem ser aproveitado.
Da Gávea, porém, ficaram os amigos. Ex-companheiro  de Djalminha, Marquinhos, Emerson e Junior Baiano, o jogador recebeu, em 2010, o convite para integrar a equipe rubro-negra de showbol. Bicampeão carioca, campeão brasileiro e do Torneio Rio-São Paulo, ele vem colhendo os frutos do entrosamento com os antigos companheiros.
- O grande trunfo do nosso time é o entrosamento e a união do grupo. Jogamos juntos desde que éramos moleques e nos conhecemos e nos respeitamos muito. Só de um olhar para o outro já sabemos o que tem que fazer em quadra. Essa é a receita do sucesso.
selé showbol flamengo (Foto: Divulgação/Ricardo Cassiano)
Com o seu físico mirrado, Selé virou o novo xodó dos torcedores do Fla (Foto: Divulgação/Ricardo Cassiano)
 
Mesmo jogando em um time de estrelas, Selé roubou a cena neste carioca. Por conta do seu porte físico e de sua rapidez, os flamenguistas vibravam a cada toque do "Chaveirinho" na bola. A consagração veio com a marcação de um gol diante do Vasco, na vitória por 8 a 3, na semifinal.
- Fico muito feliz com esse reconhecimento dos torcedores, até porque sou o jogador de menos nome na equipe - diz.
Selé trabalha atualmente como conferente de cargas no Aeroporto Internacional Tom Jobim. Por conta de suas boas atuações no showbol, o jogador já vem sendo reconhecido por alguns torcedores durante o expediente. 
- Nesta semana, algumas pessoas vieram falar comigo. Um ou outro olhava desconfiado pensando se era eu mesmo. Outros ficavam impressionados com o meu real tamanho. A única coisa que posso dizer é que estou feliz com tudo o que está acontecendo. O showbol tem sido muito importante para mim - finaliza ele.

Até o anoitecer: Renato treina faltas no escuro e leva 'bronca' de Luxa

Por Richard Souza Rio de Janeiro
Renato treino Flamengo (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)
Renato treina cobrança de faltas no Ninho do Urubu (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)
Desde que Ronaldinho Gaúcho estreou, no início de fevereiro, Renato teve poucas chances de cobrar faltas. Além do camisa 10, Thiago Neves está na frente. Até Bottinelli, que virou titular há pouco tempo, entrou na lista. Ainda que a concorrência seja intensa, o jogador se prepara. Após a atividade da tarde desta quinta-feira, no Ninho do Urubu, ele cobrou pelo menos 30 faltas. Tentou de longe e com força, sua principal característica, e de perto, colocado. O aproveitamento não foi bom. Contra os goleiros reservas Paulo Victor e Vinícius, não fez um gol sequer. A maior parte das bolas foi defendida, e a trave também ficou no caminho do camisa 11.
- Deve ser ruim treinar comigo - brincou Paulo Victor.
- Nenhum gol, Renato - comentou Vinícius.
Depois das faltas, ele partiu para os chutes de fora da área, sem barreira. A noite havia chegado, mas não o impediu. O desempenho melhorou um pouco.
Mesmo após o grupo todo deixar o gramado, Renato continuou. Só parou quando Vanderlei Luxemburgo deu uma "bronca".
- Sai daí, Renato! Já está escuro, não dá para enxergar nada, meu filho - ordenou.
- Só mais um, professor - respondeu.
Foram mais cinco chutes até ele decidir encerrar os trabalhos. O Flamengo volta a treinar na tarde desta sexta, no CT. No domingo, o time enfrenta o Bahia, em Salvador, às 16h.

'O Gringo': aplausos no gol do tri e o Flamengo como tema central

Por Janir Júnior e Richard Souza Rio de Janeiro
Durante 90 minutos, o tempo de um jogo de futebol, o documentário "O Gringo", lançado na noite desta quinta-feira numa sessão para imprensa e convidados, entre eles a presidente Patricia Amorim, narra a história do jogador. Na telona, a ênfase está em suas passagens pelo Flamengo, com o gol do tricampeonato estadual sobre o Vasco em 2001 e a conquista do Brasileiro em 2009. Alguns momentos arrancaram risos da plateia, quando o jogador faz o papel de ator meio sem jeito.
Petkovic coletiva documentário (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)
Petkovic: 'É um filme para torcedores de todos os times' (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)
Antes do filme, já dentro da sala, Pet foi saudado com um grito de "ídolo eterno". Entre os telespectadores, torcedores com camisas do Flamengo vibraram quando foi mostrado o gol de falta aos 43 minutos do segundo tempo contra o Vasco. Nas passagens por Vasco e Fluminense, silêncio na plateia, mesmo com líderes de torcida do Tricolor e do Cruz-Maltino presentes.
saiba mais
Zagallo e Adriano aparecem em trechos dando relatos do título em 2001, quando o Velho Lobo era técnico e o Imperador estava no banco de reservas. O atacante também conta parte da trajetória do título do Campeonato Brasileiro de 2009. Pet é chamado de "pai" pelo jogador, que, numa cena contracenada, convida o gringo para ser titular da equipe de Andrade. E, na vida real, o sérvio realmente deixou o banco para entrar no time principal.
- Graças ao filme aproximamos a cultura do Brasil e da Sérvia. Foi emocionante. Estou muito feliz, gosto de cinema, é um filme para torcedores de todos os times. Agradeço o carinho que sempre recebi por parte da torcida - declarou Petkovic.
O jogador estava acompanhado da mulher Violeta e das filhas Ana e Inês. Antes da sessão, o sérvio recebeu de um torcedor uma camisa do Flamengo numa moldura com os dizeres: "Petkovic, eterno ídolo da Nação. Deus te proteja".
Na película, não aparecem clubes como Atlético-MG e Goiás, pelos quais Pet também jogou. Vanderlei Luxemburgo, quando ainda era técnico do Santos, aparece elogiando o meia. Segundo o treinador, ele "vai na bola como uma pessoa com fome num prato de comida". No início desta temporada, já no Flamengo, Luxa deixou o gringo fora do elenco.
Quase no fim do documentário, Bruno, então goleiro na conquista do Brasileiro em 2009, aparece erguendo o troféu de campeão. O goleiro - que está preso, acusado pelo desaparecimento de Eliza Samudio - chegou a dar declarações para o filme no fim de 2009, mas as cenas não foram levadas ao documentário. Zico também aparece conversando com Pet no filme, que entrará no circuito no dia 10 de junho.

Petkovic homenagem documentário (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)
Petkovic recebe camisa como homenagem de torcedor (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)


quinta-feira, 26 de maio de 2011

Wilsão: o amigo que 'escalou' Pet na final contra o Vasco em 2001

Por Janir Júnior Rio de Janeiro
Sexta-feira, dia 25 de maio de 2001, por volta de 22h. Às vésperas do segundo e decisivo jogo pela decisão do Campeonato Carioca contra o Vasco, Pet não seguiu para a concentração do Flamengo. Irritado com o fato de a diretoria não ter cumprido a promessa de pagar dois de um total de oito meses de salários atrasados, o sérvio decidiu abandonar o clube a menos de 48 horas da decisão.
entrevista com Wilsão e Maurinho sobre Petkovic (Foto: Pedro Veríssimo / Globoesporte.com)
Wilsão com a camisa de Pet: responsável indireto pelo tri (Foto: Pedro Veríssimo / Globoesporte.com)
Pet ligou para o amigo Wilson de Souza, conhecido como Wilsão, torcedor do Flamengo e vizinho do gringo em um condomínio na Barra da Tijuca (Zona Oeste do Rio). Os dois foram jantar. No cardápio, o amigo do jogador usou a torcida rubro-negra para fazer o então camisa 10 mudar de ideia.
- Estava em casa, toca o telefone e do outro lado da linha era o Pet, chateado, nervoso. Ele me falou: ‘Meu querido, não vou jogar mais, vou sair do Flamengo’. Eu perguntei se ele estava maluco. Como assim não ia jogar a decisão?! Ele disse que ia embora, que acertou uma coisa com o Flamengo, prometeram um acordo e não cumpriram – recordou Wilsão.
Amigo de Pet, Wilsão sabe que quando o sérvio bate o pé é difícil fazer com que mude de opinião. Foi preciso agir com a emoção para quebrar o gelo do jogador.
- Nos encontramos na pizzaria que hoje é dele. O Pet bateu o pé firme, disse que ia embora, que voltaria para o seu país. Eu perguntei: 'E a torcida do Flamengo, como fica nessa história? Nem sei quanto você ganha, Pet, mas sabe quanto muitos torcedores do Flamengo recebem por mês?! As pessoas saem 3h da manhã de casa, num trem lotado, marmita debaixo do braço para segurar um dinheirinho para no domingo ver o Flamengo jogar, ver o camisa 10. Esse camisa 10 é você. Não é qualquer um'.
Wilsão, Pet e as respectivas esposas choraram na mesa do restaurante. Depois de algumas horas da tática de convencimento do amigo, o jogador foi para a concentração, já no início da madrugada de sábado, véspera do segundo jogo da decisão com o Vasco.
- Não sei se foi sorte dele, do Flamengo ou minha, o Pet ter me ligado naquele momento. Na conversa, ficamos emocionados, ele pegou o carro e foi para a concentração. Até hoje a diretoria encrenca um pouco com ele, engraçado isso, né?! Para alegria da Nação, ele voltou e jogou o que jogou. Deu passe para Edílson, fez o gol. Ele jogou pelo amor à torcida. Pet é um cara sortudo, e tudo ele faz bem.
Wilsão se sente no direito de tirar uma casquinha na comemoração pelos 10 anos do gol do tricampeonato:
- Disse que ele poderia fazer um gol sem querer, de qualquer jeito, mas que entraria para a história do Flamengo. Foi muita emoção no momento da falta, era como se eu tivesse chutado a bola com ele. Depois do jogo, o Pet me ligou para comemorarmos juntos. Quando nos encontramos, ele deu um abraço, me levantou e disse: ‘Muito obrigado, você que colocou na minha cabeça para jogar aquela partida’. Me senti um campeão naquele dia, mas não adiantava eu falar se não fosse a habilidade dele.
Ainda hoje, em churrascos e peladas entre amigos, Wilsão cisma em imitar a cara de Pet quando acompanhava a trajetória da bola, e a comemoração do gol, quando o sérvio se jogou de costas no gramado do Maracanã.
- Brinco com ele: ele bateu na bola, virou o rosto, acompanhou a bola, fez um gesto com a boca, saiu correndo e se jogou para trás. No dia seguinte, estava sentindo dores. Até hoje, imito ele fazendo aquele gol, ele ri e diz: 'Sou bom mesmo'.

Após reunião com Patricia, Pet será reintegrado ao grupo do Fla

petkovic patricia amorim reunião flamengo (Foto: Divulgação/Fla Imagem)
Petkovic em reunião com Patricia Amorim e Luis Augusto Veloso (Foto: Rafael Cotta/Fla Marketing)
Em reunião com a presidente Patricia Amorim e o diretor de futebol Luis Augusto Veloso, na tarde desta quarta-feira, Petkovic acertou a sua reintegração ao elenco do Flamengo. O sérvio irá ao Ninho do Urubu conversar com a comissão técnica rubro-negra e, em seguida, treinará com o grupo já visando à partida que marcará a sua despedida, no dia 5 de junho, contra o Corinthians, no Engenhão. Pet está afastado desde a pré-temporada do time no início do ano.
O encontro também definiu como será a série de homenagens que o clube vai prestar ao jogador antes de ele pendurar as chuteiras. Entre elas, está previsto um amistoso no dia 9 de agosto, contra o Estrela Vermelha, da Sérvia, em Belgrado. - O Pet é um ídolo e será tratado como tal. Ele merece todo o nosso carinho e respeito. Sabemos de sua importância e, agora, estamos dando início a uma nova relação que será aprofundada ao longo do tempo - comemorou Patrícia Amorim ao site oficial do Fla.
Após os jogos de despedida, Pet, que tem contrato até o fim do ano, manterá seu vínculo com o Flamengo, se tornando embaixador do clube no Brasil e no exterior. Ele também irá adquirir um título de sócio-proprietário.

Junior Cesar, o novo 66 do Fla: 'Sei da responsabilidade e da cobrança'

Por Janir Júnior Rio de Janeiro
Junior Cesar teve seu primeiro contato com o grupo do Flamengo nesta quarta-feira, correu no gramado do Ninho do Urubu ao lado de Léo Moura, explicou o motivo de ter escolhido o número 66 e já percebeu a pressão que ronda o Flamengo para encontrar um lateral-esquerdo. Como de praxe, o jogador disse que fará de tudo para agradar à torcida rubro-negra e revelou que a primeira meia que usou ainda neném tinha as cores do clube. Resta saber se é pé-quente. A estreia está prevista para o dia 5 de junho, contra o Corinthians, no Engenhão.
Junior Cesar é apresentado no Flamengo (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)
Junior Cesar em sua apresentação no Flamengo (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)
- Sei que ao vestir a camisa de um grande clube como o Flamengo sempre vai haver responsabilidade e cobrança. Chego para assumir a posição, mas isso é escolha do Vanderlei. Vou me preparar com empenho e humildade. Quero marcar uma história no Flamengo, ter uma identificação como a do Léo Moura e conquistar um lugar no coração da torcida - disse o lateral.
O jogador explicou a escolha pelo número 66:
- Foi minha mãe, Vânia Lúcia, que escolheu o número. Como já tinha um jogador inscrito com a seis, foi uma maneira de ficar com o número. Independentemente disso, estou feliz de vestir a camisa do Flamengo.
A diretoria esperava que o lateral-esquerdo fizesse sua estreia domingo, contra o Bahia. Mas o preparador físico Antônio Mello traçou uma programação para a partida contra o Corinthians, no dia 5.
- A programação está montada. Vou aproveitar a semana para trabalhar – afirmou o jogador.Junior Cesar contou ainda a inspiração de seu nome, uma ideia da falecida avó, que era torcedora do Flamengo e fã de Júnior Capacete:
- Minha falecida avó Noêmia escolheu esse nome, pois ela torcia muito pelo Júnior. Quando criança, a primeira meia que vesti foi a do Flamengo. Estou realizando um sonho dela. O Júnior é um cara espetacular, pude conversar algumas vezes com ele, todo mundo sabe o que ele representa para o futebol.
O jogador assinou com o Flamengo até 31 de dezembro de 2013. Aos 29 anos, Junior Cesar rompeu o tendão de Aquiles do pé esquerdo em setembro do ano passado. Foram cinco meses de recuperação até o retorno, em março deste ano. Nesta temporada, foi utilizado em cinco partidas.
- Estou sarado da lesão – afirmou o jogador, que disputou sua última partida no dia 17 de abril.
Junior Cesar comentou a recepção que teve dos companheiros, em especial, de Thiago Neves e Ronaldinho Gaúcho, estrelas da companhia.
- Fui muito bem recebido por todos, pelo Thiago Neves e Ronaldinho, que é um cara excepcional, ele me recebeu muito bem.

Após cotovelada em Negueba, Willians é afastado e será multado

Por Janir Júnior Rio de Janeiro
 
A cotovelada de Willians em Negueba no treino desta quarta-feira não passou impune. Além de ser repreendido pelo técnico Vanderlei Luxemburgo durante a atividade, o volante foi afastado da partida contra o Bahia, neste domingo, às 16h, em Pituaçu, pela 2ª rodada do Campeonato Brasileiro. O atleta também será multado, em valor ainda a ser decidido pela diretoria rubro-negra. O comando técnico do clube irá se reunir com a presidente Patrícia Amorim para avaliar se outras medidas serão tomadas posteriormente.
Luxemburgo conversa com Willians no treino do Flamengo (Foto: Fernando Maia / Agência O Gobo)
Willians foi repreendido por Luxemburgo no treino (Foto: Fernando Maia / Agência O Globo)
A decisão partiu da cúpula do futebol rubro-negro, que ficou assustada com a atitude de Willians no treinamento desta quarta-feira. Após repreender o volante, Luxemburgo conversou com o diretor de futebol, Luiz Augusto Veloso, e com o gerente Isaías Tinoco. A informação foi confirmada pelo site oficial rubro-negro.
Apesar de viver um grande momento dentro de campo e ser uma das peças mais importantes dentro do esquema de Vanderlei Luxemburgo, essa não foi a primeira vez que Willians cometeu atos de indisciplina nesta temporada. No dia 26 de março, o jogador se atrasou a um treinamento no Ninho do Urubu e foi advertido. Em 16 de abril, ele faltou a uma atividade na véspera do jogo contra o Macaé, no qual ele seria poupado. Na ocasião, Luxemburgo demonstrou irritação. A cotovelada em Negueba teria sido a gota d`água.
Sem Maldonado, lesionado, o Flamengo tem problemas no setor. Fernando surge como primeira opção para substituir Willians contra o Bahia. O time também não terá o lateral Léo Moura, que segue afastado por conta de dores no joelho.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Vágner Love: 'Para eu voltar, o Flamengo tem que fazer um esforço'

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Vagner Love CSKA Simion Bulgaru  Alania (Foto: AP)
Vágner Love, prestes a completar sete anos na Rússia, quer voltar ao futebol brasileiro (Foto: AP)
Prestes a completar sete anos na Rússia, Vágner Love não esconde a vontade de voltar ao futebol brasileiro. Torcedor do Flamengo, o atacante sonha com o retorno ao clube que defendeu em 2010, quando foi emprestado pelo CSKA. Agora, no entanto, os russos só aceitam negociá-lo em definitivo. Em entrevista ao blog do Rica Perrone, Love pediu à diretoria rubro-negra mais ação para tentar contratá-lo. Segundo ele, a única proposta enviada até agora foi 'muito baixa'.
- Eu quero voltar para o Brasil e o Flamengo quer me contratar. Conversei com o presidente. Ele disse que me libera, mas quer ver a cor do dinheiro, até porque eu tenho contrato até 2014. Para eu poder sair daqui as pessoas (diretoria do Flamengo) têm que se mexer e fazer por onde - declarou, para em seguida completar.
- Mandaram uma proposta muito baixa para o presidente (do CSKA). Para eu voltar, o Flamengo tem que fazer um esforço.
O atacante disse ainda que não tem interesse em defender outro clube brasileiro.
- Quero voltar ao Brasil, mas nada de desespero. Se não for para o Flamengo, vou ficar aqui na Rússia por mais uns três anos.

Luxa diz que despedida de Pet na Sérvia terá grupo principal do Fla

Por Richard Souza Rio de Janeiro

A programação da despedida de Petkovic do Flamengo está em fase final. O departamento de futebol define nos próximos dias a data do retorno do sérvio aos treinos com o grupo principal. Serão duas partidas: a primeira no próximo dia 5, contra o Corinthians, no Engenhão, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. A segunda será em Belgrado, na Sérvia, em 9 de agosto. Pet vai jogar pelo Estrela Vermelha, seu primeiro time, e pelo Flamengo, um tempo com cada camisa, no Marakana, estádio batizado em homenagem ao Maracanã carioca. Segundo o técnico Vanderlei Luxemburgo, a ideia é que todos os jogadores do grupo principal rubro-negro viagem. A data foi escolhida de forma que não atrapalhe a campanha no nacional.
Petkovic se prepara para escrever o último capítulo de sua história no Flamengo. O gringo está afastado do elenco desde o início da temporada, já que não fazia parte dos planos do técnico. Aos 38 anos, ele não causou polêmica ao ser afastado. Com o aval da diretoria, traça os detalhes da despedida com a cúpula do futebol.
- Estamos planejando da melhor forma. O Pet é um ídolo do clube e merece essa despedida. Ainda não sei de que maneira vou utilizá-lo. É um jogo de campeonato, por isso temos de planejar bem. Na Sérvia, a ideia é levar todo mundo - disse Luxemburgo.
Os departamentos jurídico e de finanças do clube também estudam o pós-despedida, já que Petkovic tem contrato até o fim do ano. 
Desde que foi afastado, Pet deu sequência aos treinamentos com atividades separadas do grupo. Enquanto o elenco treinava no Ninho do Urubu, o gringo realizava trabalhos físicos à parte, na Gávea. Quando der adeus ao Rubro-Negro, Pet também abrirá uma brecha na folha de pagamento, já que tem recebido os salários em dia.
No próximo dia 26, ele lançará no Brasil ‘O Gringo’, documentário sobre sua história no país, dentro e fora de campo, com ênfase nas passagens pelo Rubro-Negro.

domingo, 22 de maio de 2011

Flamengo vira final contra o América

Por Flávio Dilascio Direto de Macaé, RJ
O Flamengo conquistou, neste domingo, o bicampeonato do Carioca de Showbol. O time do craque Djalminha derrotou o América, na final, por 10 a 8, em Macaé. No ano passado, o título da primeira edição do campeonato foi conquistado também em cima do América - na ocasião 12 a 7 em final no Maracanãzinho.
- Apareci na hora certa, Joguei o campeonato com dores e, na final, me senti bem, graças a Deus - comemorou Djalminha, que fez seis dos 10 gols na decisão.
Na festa, os rubro-negros, inspirados no time de futebol campeão carioca, fizeram o Bonde sem Freio.
O América abriu 3 a 0 com três gols de Bruno Reis, que disputou o Carioca de futebol deste ano com a camisa do time rubro.
Foi apenas depois da desvantagem que o Flamengo resolveu agir. Djalminha, duas vezes seguidas, a segunda pênalti, fez o rubro-negro encostar: 3 a 2.
Mas o América tratou de abrir a vantagem no placar, com Calisto anotando dois gols (5 a 2).
No vaivém da partida no primeiro tempo, o Flamengo chegou ao empate, com André Cruz, Fabinho e Djalminha novamente.
No minuto final, porém, Marcelo Barbosa deixou o América na liderança, de novo, antes do intervalo: 6 a 5.
- A proposta era apertar e fazer o gol, mas não pode relaxar. Tem que respeitar a camisa e os jogadores do Flamengo - reclamou Bruno Reis, na saída para os vestiários.
O rubro-negro Fabinho ressaltou o poderio do América.
- No time deles, a maioria ainda está em atividade. E estamos sem o Marquinhos, que está machucado - comentou Fabinho, sobre o companheiro de equipe, titular nas outras partidas que, neste domingo, ficou no banco com dores.
Na etapa final, o América ampliou com Marco Brito (7 a 5), mas Djalminha pôs o Flamengo perto: 7 a 6. Numa jogada que começou com um chute na trave de Djalminha, Maurinho aproveitou e empatou a nove minutos do fim: 7 a 7.
Na sequência, após um carrinho de Djalminha, que tentava chegar até a bola e acabou atingindo o goleiro Careca, o craque do Flamengo levou cartão azul e ficou dois minutos fora. No lance, a bola já estava nas mãos de Careca.
Pela primeira vez, o Flamengo passou à frente. Após o cartão azul, Djalminha marcou e deixou o rubro-negro com 8 a 7. Biula empatou para o América (8 a 8). Aí, novamente apareceu o craque do showbol. Djalminha, de esquerda, aproveitou lançamento de Fabinho para fazer 9 a 8. Fabinho ainda fez no minuto final: 10 a 8. Era o bicampeonato garantido.
América: Careca, Pablo, Calisto, Marco Brito, Robert e Bruno Reis. Entraram Arcelino, Bilula, Marcelo Cardoso, Vaguinho e Marcelo Barbosa .
Flamengo: Robertinho, Emerson, André Cruz, Gélson Baresi, Maurinho e Djalminha. Entraram Jorginho, Selé e Fabinho.

Que acabe o mundo: R10 faz seu melhor jogo, e Fla goleia o Avaí

Por Richard Souza

Sorte do mundo que não acabou - pelo menos por enquanto - neste sábado, como anunciou um movimento cristão norte-americano. Sorte dos rubro-negros, que puderam ver o melhor jogo de Ronaldinho com a camisa do Flamengo. Na estreia do time no Campeonato Brasileiro, o camisa 10 foi buscar um pouco daquele futebol que o consagrou na Espanha, que fez dele o melhor do planeta. Foi dia de dar caneta, de tocar de primeira, olhar para um lado e passar a bola para o outro. Foi dia de tabelar e dar assistência. E teve gol também. Na vitória por 4 a 0 sobre o Avaí, no estádio Cláudio Moacyr, em Macaé, o craque sobrou.
R10 não brilhou sozinho. Egídio, tão contestado, também se apresentou muito bem. O argentino Bottinelli, aos poucos, começa a aparecer. O gringo abriu o placar e fez o primeiro gol dele em um jogo oficial pelo clube.
O Avaí, com a cabeça na Copa do Brasil, não resistiu. A equipe formada praticamente por reservas nada pôde fazer contra um adversário empolgado e começa a caminhada no nacional com derrota. 
O Flamengo volta a jogar no domingo que vem, contra o Bahia, no estádio Pituaçu, em Salvador, às 16h. No sábado, o Avaí recebe o Atlético-MG, na Ressacada, às 18h30m. Antes, porém, o time enfrenta o Vasco, na quarta-feira, também em Florianópolis, pela semifinal da Copa do Brasil. A partida será às 21h50m. No jogo de ida, empate por 1 a 1, em São Januário, que dá aos avaianos o direito de empatar sem gols para ir à decisão.
Fla joga como se o mundo fosse acabar
Os jogadores do Flamengo acreditaram. Ou pelo menos pareceram crer que não existiria o amanhã. Se o mundo acabaria mesmo, então que o hoje fosse o melhor possível. Nenhum jogador rubro-negro poupou esforços contra o Avaí. A equipe de Vanderlei Luxemburgo foi insinuante, disposta e tomou conta do gramado do Moacyrzão com trocas constantes de posição dos homens de meio-campo.
O Ronaldinho do Flamengo, que até vaias já ouviu, quis lembrar o Ronaldinho do Barcelona. Toques de calcanhar, de primeira, visão de jogo, disposição, liderança. Se não pode mais ser espetacular como nos tempos de melhor do mundo, o Gaúcho tenta ser diferente em campo. Quer fazer o Rubro-Negro jogar no ritmo dele.
Com apenas cinco titulares, o Avaí atacou muito menos, mas também se aproximou do gol de Felipe com perigo. Ora pelos lados de campo, ora em chutes de longe. Fábio Santos e Rafael Coelho - que perdeu um gol incrível - incomodaram os zagueiros, mas jogar no contra-ataque foi um risco que os catarinenses assumiram. Esperar o Flamengo na defesa não deu certo, e a pressão virou gol de Darío Bottinelli na metade da etapa inicial, após boa jogada de Galhardo, substituto do machucado Léo Moura na lateral direita. Primeiro gol de “El Pollo” em jogos oficiais pela equipe.
Não foi um Flamengo perfeito. A defesa deu espaços, os jogadores foram afobados e erraram passes em alguns momentos. Convocado por Mano Menezes na última quinta-feira, Thiago Neves continuou esforçado, mas brilhou menos que de costume. Brilho que não faltou a Egídio. Único jogador vaiado durante o anúncio da escalação, Gidão surpreendeu. Endiabrado, foi boa opção pela esquerda. Jogou os melhores 45 minutos dele na temporada. Talvez os melhores com a camisa rubro-negra. Quando a limitação técnica pesou, se virou na raça. Ganhou aplausos a caminho do vestiário.
Ronaldinho como Ronaldinho
A desvantagem não fez o Avaí mudar de postura. Silas mexeu no ataque, tirou Fábio Santos para a entrada de Maurício Alves, mas não surtiu efeito. Foi um time lento, de poucas opções. Bom para o Flamengo, que soube aproveitar dois contra-ataques para decidir a partida.
Foi na base da velocidade que Ronaldinho ofereceu talento puro aos rubro-negros. Aquele canto esquerdo do campo, que por tantas vezes abrigou o craque, o recebeu feliz da vida neste sábado. Ronaldinho recebeu e arrancou. Passadas largas, cabeça erguida, zagueiro com cara de desespero à espera do desfecho do lance: chute colocado, bola na rede, torcida eufórica.
Wanderley também arrancou. Pela direita, disparou do mesmo jeito que costuma comemorar seus gols. Desta vez, serviu. Cruzamento rasteiro para Thiago Neves completar. Ronaldinho não se deu por satisfeito. O camisa 10 também participou do último gol com uma bonita assistência para Diego Maurício: 4 a 0 com direito a "olé" da torcida.
FLAMENGO 4 X 0 AVAÍ
Felipe, Galhardo, Welinton, David e Egídio; Willians (Fernando), Renato, Bottinelli (Negueba) e Thiago Neves; Ronaldinho e Wanderley (Diego Maurício).Renan, Bruno, Cássio e Gustavo Bastos (Gustavo Santos); Felipe (Robinho), Acleisson, Fabiano, Estrada e Romano; Fábio Santos (Maurício Alves) e Rafael Coelho.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.Técnico: Silas.
Gols: Bottinelli, aos 25 do primeiro tempo. Ronaldinho, aos 18, Thiago Neves, aos 24, e Diego Maurício, aos 40 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Willians (Flamengo); Estrada (Avaí).
Estádio: Cláudio Moacyr, em Macaé. Data: 21/05/2011. Árbitro: Andre Luiz Castro (GO). Auxiliares: Fabricio Vilarinho da Silva (GO) e Cristhians Sorence (GO).
Público: 5.973 pagantes Renda: R$ 117.380,00

Fla espera por Vagner Love, vai atrás de André, mas não garante os dois

Por Richard Souza Rio de Janeiro
     
    MONTAGEM - André bordeaux vagner love cska (Foto: agência Getty Images)
    André e Love são possíveis nomes para o ataque do Flamengo (Foto: agência Getty Images)
    

O Flamengo quer Vagner Love para o ataque, mas se prepara caso a resposta do CSKA seja negativa. A oferta oficial para ter o jogador foi feita no dia 6 de abril. No fax enviado aos russos, o Rubro-Negro se propôs a pagar € 5 milhões de euros (R$ 11,6 milhões) parcelados por 70% dos direitos econômicos do Artilheiro do Amor, cujo contrato termina em 2014. O clube de Love, no entanto, diz que só vai negociar a partir de julho. Além disso, o Roma, da Itália, surge como possível concorrente na transação. Foi por isso que o departamento de futebol começou a olhar para André, ex-Santos. O jogador de 20 anos tem contrato com o Dínamo de Kiev, da Ucrânia, até agosto de 2015, está emprestado ao Bordeaux até o próximo mês de junho, mas não ficará na França. O atacante quer voltar logo ao Brasil para tentar recuperar espaço com o técnico Mano Menezes na Seleção Brasileira.
Segundo o agente da André, Jean Neto, o Dínamo pede € 8 milhões (cerca de R$ 18,4 milhões) para liberá-lo em definitivo. A oferta rubro-negra, no entanto, seria inferior. A opção de empréstimo não está descartada, mas a preferência do clube europeu é pela venda.
Caso a negociação por André se concretize antes da resposta dos russos, não significa que o Flamengo irá desistir de Love. A mandatária, no entanto, não garante os dois.
- Depende de muitas coisas. Se tivermos condições de trazer os dois, com certeza vamos trazer. Mas não dá para dizer.
Desde fevereiro na França, o ex-santista disputou oito partidas – só uma como titular – e não fez gols. Foram apenas 174 minutos em campo. André foi revelado pelo Santos ao lado de Neymar e Paulo Henrique Ganso. Em 2010, conquistou o Paulistão e a Copa do Brasil. Em 49 partidas, fez 28 gols. Ele chega ao Brasil para passar férias no dia 31 de maio.
Presidente confirma negociação por Junior Cesar
Patricia Amorim também comentou a contratação de Junior Cesar. Entre o clube o lateral-esquerdo, tudo certo. Resta pagar ao São Paulo, que tem um ano e meio de contrato com o jogador.
- Está muito bem encaminhado. Esperamos definir a forma de pagamento até segunda-feira.
O técnico Vanderlei Luxemburo prefere aguardar a realização do negócio antes de se manifestar sobre o jogador.  
- Ainda não posso falar nada. Vamos esperar o jogador assinar o contrato direitinho.

Aplaudido, R10 comemora boa volta ao Brasileiro: 'Melhor é impossível'

Por GLOBOESPORTE.COM Macaé, RJ
No primeiro tempo, um passe de calcanhar. No segundo, um gol como nos velhos tempos. Arrancada e chute com categoria, no canto (veja o vídeo). Em seguida, um drible entre as pernas de Robinho, seguido de um passe sem olhar para Thiago Neves . No fim, passe para gol de Diego Maurício. Foi o suficiente para Ronaldinho Gaúcho virar a página das vaias na derrota por 2 a 1 para o Ceará, no Engenhão, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. Destaque na vitória por 4 a 0 sobre o Avaí, o camisa 10 foi aplaudido pela torcida em Macaé.
- Melhor é impossível - disse o jogador com um largo sorriso ao apito final. - Voltar (ao Brasileiro) fazendo gol, dando assistência, depois de muito tempo é maravilhoso. Vou procurar ir atrás da conquista que falta no meu currículo.
Depois do belo gol que marcou, Ronaldinho chamou todos os jogadores para comemorar, inclusive os do banco. O jogador enalteceu o bom relacionamento que tem com o grupo.
- Há 11 anos (última vez que disputou o Brasileiro), muitos aqui estavam no infantil, na escolinha. Agora, voltando, procuro ajudar a todos. É um momento maravilhoso, diferente. A cada jogo procuro ficar até o final, não dá vontade de sair de jogo nenhum - comentou.
O Flamengo volta a jogar pelo Brasileiro no próximo domingo, às 16h, contra o Bahia, fora de casa.

sábado, 21 de maio de 2011

Flamengo goleia o Vasco e joga pelo bi contra o América neste domingo

Por Flávio Dilascio Direto de Macaé, RJ
Uma final igual à do ano passado. O Flamengo decide com o América, neste domingo, às 12h, em Macaé, o título do Campeonato Carioca de Showbol. O SporTV transmite ao vivo. Neste sábado, o rubro-negro eliminou o Vasco por 8 a 3. Na preliminar, o América bateu o Fluminense por 11 a 9.
No ano passado, na primeira edição do Carioca de Showbol, deu Flamengo, que venceu a final por 12 a 7, no Maracanãzinho.
- Fizemos uma grande partida. Agora, é descansar para encarar a final. O time do América está reforçado, com jogadores mais jovens. O público que comparecer, com certeza, irá assistir a um grande espetáculo - disse Gélson Baresi.
Djalminha pediu atenção com o América:
- O time do América está com uma rapaziada bem jovem em relação ao nosso time.
Diante do poderio do Flamengo, o Vasco jogou sem sua principal peça neste Carioca: Pedrinho, com dores na cervical, nem compareceu ao ginásio. Ele sentiu dores na partida contra o Botafogo, na quinta-feira, a última na fase de classificação.
Sem ele, os rubro-negros dominaram. Gélson Baresi e Marquinhos fizeram 2 a 0. Leandro Ávila descontou para os vascaínos: 2 a 1. Marquinhos ampliou (3 a 1) e o mesmo Leandro Ávila reduziu a desvantagem do Vasco em relação ao adversário: 3 a 2. Ainda no primeiro tempo, André Cruz fez 4 a 2.
Na etapa final, Selé, que começou no banco de reservas, marcou para o time da Gávea: 5 a 2. O cruz-maltino Augusto marcou na sequência (5 a 3). Mas Djalminha, aproveitando rebote do goleiro Azul em chute de André Cruz, anotou outro gol: 6 a 3. Maurinho fez 7 a 3 a três minutos do fim. Gélson Baresi ampliou e selou a classificação com gol no minuto final do Clássico dos Milhões no showbol.
Vasco: Azul, Alex Pinho, Leonardo, Pimentel, Leandro Ávila e Bruno Carvalho. Entraram Mário Tilico, Vaguinho, Augusto, Édson Souza e Brenner.
Flamengo: Robertinho, Emerson, Gélson Baresi, Marquinhos, André Cruz e Djalminha. Entraram Jorginho, Selé, Maurinho e Fabinho.

Meu Jogo Inesquecível: ritmo veloz do Fla na era Zico toca Arlindo Cruz

Por Márcio Mará Rio de Janeiro
A infância na Piedade foi daquelas de causar inveja aos garotos de hoje. Descalço, seja correndo atrás de pipa ou jogando peão e bola de gude, o menino Arlindo se divertia. Nada, no entanto, o deixava mais maluco do que a irresistível tabelinha samba-futebol. Em 1965, quanto tinha sete anos, ganhou do pai, o Arlindão, o primeiro cavaquinho. Em casa, começava a ensaiar os primeiros acordes. Na rua, com a bola no pé ou o time de botão do Flamengo armado na mesa,  sonhava ver o Maracanã lotado e a comemoração da torcida. No mesmo ano, realizou o desejo ao presenciar a vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense que garantiu o charmoso título carioca no IV Centenário da Cidade do Rio de Janeiro.
O herói da partida era justamente o craque do time de botão de um dos maiores sambistas do país, o compositor e intérprete Arlindo Cruz. O camisa 10 dos seus dois Flamengos era Silva Batuta. No Maracanã, naquele 12 de dezembro, o ídolo matou no peito, livrou-se do marcador e fuzilou, sem chance para o goleiro Borracha. O menino repetia ali a comemoração que fazia no estádio imaginário, no meio da calçada, quando o "xará" em miniatura de formato redondo sempre batia de curva para estufar o filó da rede de plástico.
A primeira história de Arlindo Cruz com o Flamengo, apesar de curiosa e romântica, não é a mais marcante. Tal como os primeiros acordes de um samba, impulsionou a paixão. Dali em diante, ele jamais abandonou o clube de coração. A carreira de compositor crescia à medida que o menino virava adolescente, rapaz... E a era Zico foi acompanhada com a mesma frequência com que participava das rodas de samba com o rubro-negro Candeia, símbolo da Portela - falecido em 1978 -, ou com os galácticos do Cacique de Ramos. Na semifinal do Brasileiro de 1980, a vitória por 4 a 3 sobre o Coritiba em ritmo veloz de virada - o time fez três gols em cinco minutos - o levou à euforia.
Arlindo Cruz (Foto: ANDRÉ DURÃO / Globoesporte.com)
Em 1980, Arlindo Cruz já era do samba quando foi ao Maracanã ver o Flamengo passar pelo Coritiba e chegar às finais do Campeonato Brasileiro (Foto: ANDRÉ DURÃO / Globoesporte.com)
- Naquele ano eu era estudante. Já tinha saído da Aeronáutica e ia ao Cacique. Estava começando a virar compositor. Lembro que fui assistir a esse jogo com o Coritiba e os caras meteram 2 a 0 no começo. Aí se machucou o Zico, depois o Júlio César, Uri Geller... Se eles fizessem mais um gol, adeus. Só que o maluco do Nunes meteu logo dois gols. Pouco depois, veio aquele golaço do Carlos Alberto. E eu estava de frente. Não tinha torcida do Coritiba no Maracanã, a do Flamengo estava cheia. Por isso fui lá para o outro lado, detrás do gol, vendo o time atacar no primeiro tempo. Vi o cara saindo lá de baixo, em velocidade, driblando todo mundo. É um gol inesquecível. A arrancada dele foi sensacional.
Naquele momento, Arlindo já estava sem fôlego. O jogo, realmente, foi dos mais emocionantes da era Zico, com uma avalanche de gols na primeira etapa. O Flamengo tentava naquele ano o seu primeiro título brasileiro, e o time vinha embalado pelo tricampeonato carioca. Dirigido por Cláudio Coutinho, chegou às semifinais com o Coritiba e levou a melhor no duelo no Couto Pereira: 2 a 0, gols de Zico.
Na segunda partida, no Maracanã, diante de quase 90 mil pagantes, o time foi surpreendido por um Coxa disposto a dar o troco. Vilson Tadei abriu o placar aos 21 e Aladim ampliou, dez minutos depois. As contusões de Zico e Júlio César deixaram Arlindo Cruz e os rubro-negros ainda mais tensos. Mas Nunes já antecipava ali que seria o jogador decisivo: diminuiu aos 34 e empatou aos 37. Dois minutos depois, a arrancada do reserva Carlos Alberto, lateral-direito que substituía Toninho, contundido, terminava em gol e enlouquecia o estádio.
Veio o segundo tempo. Anselmo, que substituíra Júlio César, fez o quarto aos 29 com outro golaço. Claudinho diminuiu para o Coxa aos 37, mas já era tarde. Arlindo já se preparava para curtir a noite após a vaga assegurada para as finais, com o Atlético-MG. Perguntado sobre o samba que cantaria para Carlos Alberto, herói daquela partida, não titubeou ao mandar a versão do "Samba rubro-negro", de Wilson Batista e Jorge de Castro, atualizada na época por outro rubro-negro doente do samba, João Nogueira (assista ao vídeo acima).
- Essa é pra você, Carlos Alberto! Obrigado pelo gol! Eu estava sozinho naquele jogo. Meu irmão já tinha casado, eu não estava namorando ninguém... Na era Zico, praticamente não perdi nenhum jogo. Eu ficava bolado quando não podia ir, ou numa quarta, ou num sábado. Quase ficava doente. Lembro uma vez que minha mãe, com dificuldade, comprou um radinho de pilha pra mim, para eu ouvir os jogos. E o Flamengo, no dia do seu aniversário, perdeu para o São Cristóvão por 1 a 0 na Gávea. Aí, eu, bolado, pá! Joguei o rádio na parede, quebrei. E entrei na porrada. O coroa ficou na bronca: "Pô, tua mãe comprou o rádio no maior sacrifício..."
É bom lembrar que o pai de Arlindo, o Arlindão, era vascaíno, mas jamais se opôs à preferência do filho. Muito pelo contrário. O levava ao Maracanã para ver Silva Batuta, Almir Pernambuquinho, Carlinhos, o Violino... Depois vieram Reyes, Fio, Doval, Paulo César e os craques da era Zico. Arlindo já ia ao estádio com o irmão mais velho. Uma derrota, no entanto, deixou o sambista-torcedor bem abalado.
- Eu era apaixonado, chorava quando o time perdia. Aquele jogo dos 6 a 0 do Botafogo, em 1972, não foi fácil. Tinha um cara que namorava a minha irmã. Era botafoguense, o Sidnei. Foi ele que me levou. E me encarnou pra caramba. Teve gol de letra do Jairzinho, o Fischer, um argentino atacante, também marcou... Eles tiraram a maior marra com a gente. Em compensação, depois assisti aos dois seis que demos neles, por 6 a 0 e 6 a 1.

Arlindo Cruz (Foto: ANDRÉ DURÃO / Globoesporte.com)
Arlindo Cruz lembra do ídolo de infância, Silva
Batuta (Foto: ANDRÉ DURÃO / Globoesporte.com)

Mesmo quando tocava nas rodas de samba, Arlindo sempre dava um jeito de ver os jogos. Seja na primeira fase, de aprendiz. Ou no Cacique de Ramos. Ou quando já estava no Fundo de Quintal, quando substituiu Jorge Aragão.
- Eu comecei a tocar com o Candeia, então ia a muita roda de samba na sexta ou no sábado. O Candeia era flamenguista, mas os filhos dele não. O Jairo era botafoguense e o Edinho, que morreu, também. Não sei por quê... No Cacique sempre tinha muitos jogadores. O Denilson, o Galdino, o Alcir Capita (como Alcir Portela era conhecido), Luxemburgo, Jairzinho, Paulo Cezar Caju, eles curtiam o pagode. Era sempre depois da pelada, primeiro rolava um salão.
Agora, Arlindo celebra a presença de Ronaldinho no Rio e no Flamengo. O craque, segundo o compositor e intérprete, ajuda e muito a resgatar o samba no futebol, hoje com jogadores mais voltados para a música sertaneja ou baiana. Em qualquer época, história de sambista com futebol fica sempre saborosa.
- Tinha uma patota que ia muito ao Maracanã. O Batata, o Acir Marques, meu irmão, o Mineiro, que era flamenguista, foi para Minas e virou atleticano. O Dudu, lá de Campo Grande. Uns primos e tal... No Cacique, o Ubirani é um rubro-negro roxo. E um detalhe: ele sempre atrasava um pouquinho para ir aos jogos. A gente chegava com 15 minutos. Lembro uma vez que teve um Flamengo x Corinthians. Um gol do Júnior Baiano de falta. Estava um a zero e assim terminou. A gente não viu mais nada, o gol já tinha acontecido. O jogo foi até morno...
Certa vez, Beth Carvalho comentou que Arlindo Cruz poderia também ganhar a vida como comentarista de futebol. E o sambista mostra que, apesar de rubro-negro roxo, sabe olhar os craques, nem que sejam dos maiores rivais.
- O Zico, sem dúvida, foi o meu maior ídolo. Mas o Rivelino foi um cracaço que eu vi jogar. Não atuou no Flamengo, mas era fantástico. O Jairzinho também. Carlos Alberto Torres, idem... No Flamengo, tinha o Geraldo, Assobiador, o Adílio.. Leandro era fantástico, Junior fantástico... Outro cara do samba. Estive com ele recentemente, foi me dar um abraço na Nut. Em 1982, quando gravou o "Voa, canarinho", já estava se chegando para o samba. Foi lá para o Cacique, se entrosou com a rapaziada e gravou até um samba meu. Acho que "A luz do teu olhar", com a Lecy Brandão...
O papo não terminava. No palco do Teatro Rival, preparando-se para mais um dos shows que tem feito pelo Rio de Janeiro, Arlindo Cruz dá uma pausa no banjo para lembrar outro momento marcante como torcedor. Lembra um ídolo que depois se tornou algoz, atuando pelo Fluminense. E volta a dizer que a união do samba com futebol pode dar boa música.
- Teve um jogo que o Renato Gaúcho calou o Mineirão, naquele Flamengo 3 x 2 Atlético Mineiro . A gente estava lá no pagode, mas quando o Galo empatou, nós paramos de tocar. "Pô, ferrou!", pensamos. Mas aí, menos com um a menos, a gente conseguiu o gol da vitória. Era uma quarta-feira, meio da semana. O Mengão me dá boas recordações, muitas alegrias. Estou muito feliz com a nova fase. O Ronaldinho, um cara do samba, do bem, é bom para a gente, para divulgar. Eu já fiz um samba, "Fla-Flu", mas não é muito conhecido. Estou querendo fazer outro, mais popular, para a galera cantar. Vamos ver...
Flamengo 4 x 3 Coritiba
Raul, Carlos Alberto, Rondinelli, Marinho e Júnior; Andrade, Adilio e Zico (Reinaldo); Tita, Nunes e Júlio César (Anselmo).Moreira, Gilson Paulino, Gardelo, Eduardo e Wilson; Leomir, Almir, Luís Freire e Vilson Tadei; Escurinho e Aladim (Claudinho).
Técnico: Cláudio Coutinho.Técnico: Mário Juliato.
Gols. Vilson Tadei, aos 21, Aladim, aos 31, Nunes, aos 34 e 37, e Carlos Alberto, aos 39 minutos do primeiro tempo. Na segunda etapa, Anselmo, aos 29, e Claudinho, aos 37 minutos.
Árbitro: Carlos Sérgio Rosa Martins.
Data: 25/05/1980. Local: Maracanã. Competição: Campeonato Brasileiro (semifinal). Público: 87.934 presentes.