sexta-feira, 27 de julho de 2012

Dorival já fala em reforços e não gosta do jogo: ‘Todos saímos desconfiados’

Sem ter treinado o time do Flamengo uma vez sequer, Dorival Júnior demonstrou personalidade e foi direto para o banco de reservas. À beira do campo, o treinador pôde ver de perto o quanto de trabalho que terá daqui para frente. E, sem apresentação oficial, o técnico concedeu entrevista coletiva depois do empate em 0 a 0 com a Portuguesa, onde teve que responder sobre a atuação da equipe. E fez uma análise franca, disse que não gostou da equipe e já falou sobre a necessidade de reforços. E terá pouquíssimo tempo para fazer ajustes, já que nesta sexta-feira os titulares deverão fazer trabalho regenerativo e, domingo, o Rubro-Negro enfrentará o São Paulo, no Morumbi.
- Não tivemos uma boa partida, essa é a verdade, temos que reconhecer. Deixamos a desejar em muitos aspectos. A avaliação de todo jogo é negativa. É uma fase de transição. Todos nós queremos resultado imediato, mas esse é um processo lento, temos que ter muito trabalho para que melhoremos – afirmou Dorival Júnior.
O treinador também comentou sobre a utilização dos jovens talentos como Adryan, Mattheus, Thomás, e a perseguição a alguns jogadores, caso de Renato. O jogador entrou na vaga de Ibson no intervalo.
Acredito no potencial (da equipe), não podemos jogar mentiras para o torcedor. A equipe precisa de outros elementos para reforçar"
Dorival Júnior
- Tenho que tentar fazer com que a equipe tenha uma postura coletiva. Vi o jogo de domingo, e foi completamente diferente. Alguns jogadores estão sendo penalizados, de uma forma de outra. É um grupo, mas não podemos jogar em cima de um único elemento. Concordo que a equipe não teve boa atuação. O torcedor queria os garotos na equipe, eles estão sendo colocados, mas isso demanda tempo, mas temos que ter o entendimento do torcedor, que sai aborrecido, todos nós saímos desconfiados – disse Dorival.
O treinador elogiou o time, mas deixou clara a necessidade de buscar reforços.
- Acredito no potencial (da equipe), não podemos jogar mentiras para o torcedor. A equipe precisa de outros elementos para reforçar. Sei que é difícil buscar contratações, ficamos sem opções de jogadores de fora, temos que buscar atletas que fizeram apenas seis jogos, ou na série B, ou C. Precisamos de elementos para reforçar, não tenho dúvida disso – destacou Dorival.
O técnico estará pela primeira vez no Ninho do Urubu na tarde desta sexta-feira.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Zico autografa sua foto no vestiário do visitante no Engenhão

Por Thales SoaresRio de Janeiro
Zico, autografa sua foto no vestiário do Engenhão (Foto: Thales Soares / globoesporte.com)
Zico autografa sua foto no vestiário do Engenhão
(Foto: Thales Soares / globoesporte.com)
Zico escreveu mais uma vez seu nome na história do futebol brasileiro. Desta vez, no Engenhão. No dia em que foram decididos os campeões da Copa Zico 2012, ele aproveitou para autografar a sua foto no vestiário destinado aos visitantes, que fica ao lado do goleiro Félix e de Roberto Dinamite, presidente e ídolo do Vasco.
Na parede do vestiário, Zico fez questão de agradecer ao carinho do Botafogo, responsável pela administração do Engenhão, e escreveu: "O meu eterno agradecimento ao Botafogo. Todo carinho".
O Galinho acompanhou as decisões das quatro categorias da Copa Zico 2012 e entregou os prêmios aos campeões, vice-campeões e artilheiros Andrade, seu ex-companheiro no Flamengo, Maurício, campeão carioca pelo Botafogo em 1989, seu irmão Edu e o diretor de futebol do Botafogo, Sidnei Loureiro, também participaram do evento.
União (sub-11), Oeste (sub-13), Taquara (sub-15) e América (sub-17) foram os campeões da Copa Zico deste ano. As finais foram disputadas no campo principal do Engenhão.
Zico, entrega premiaçao ao América, campeão sub17 da Copa Zico (Foto: Thales Soares / globoesporte.com)Galinho entrega troféu ao América, campeão sub-17 da Copa Zico (Foto: Thales Soares / globoesporte.com)

Flamengo faz proposta para ter Felipe, do Vasco

Por Eduardo Peixoto e Richard SouzaRio de Janeiro
A diretoria do Flamengo não contratou um reforço sequer durante a janela de transferências internacionais e agora olha para o mercado nacional na tentativa de reforçar o time. A busca por um meia que possa vestir a camisa 10 continua e o novo alvo está num rival. Felipe, do Vasco, recebeu uma proposta do diretor de futebol Zinho para trocar de clube. O Rubro-Negro oferece um contrato de dois anos e um salário de R$ 500 mil, sendo R$ 50 mil de luvas. Como ainda não disputou sete partidas no Campeonato Brasileiro, o jogador poderia se transferir.
Felipe vasco (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do vasco)
Fla fez proposta para tirar Felipe do arquirrival (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do vasco)
O primeiro contato ocorreu há cerca de dois meses, mas não evoluiu. Com o fechamento da janela na sexta-feira passada, o clube da Gávea decidiu reativar as conversas com o jogador. O interesse é mútuo.

Fora da partida contra o Santos em função de dores no joelho direito, Felipe participou normalmente do treino do Vasco nesta segunda-feira e deve ter condições de enfrentar o Botafogo, quarta, pela 12ª rodada. As equipes vão jogar no Engenhão, às 20h30m (de Brasília). Se ele entrar em campo, não haverá chance de negociação.

Felipe tem 34 anos e jogou no Flamengo entre 2003 e 2004. No Vasco, ele tem sido escalado pelo técnico Cristóvão Borges na lateral esquerda, o que não o agrada. Na semana passada, o meia oficializou a prorrogação de seu contrato com o clube, que inicialmente terminava no fim de 2012. O novo vínculo se encerra em 31 de dezembro de 2013.

Zinho justifica saída de Joel: ‘Foi conjunto da obra. Insustentável’

Por Richard SouzaRio de Janeiro
 
Zinho na coletiva do Flamengo (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)
Zinho quer anunciar novo técnico antes de encarar
a Lusa (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)
Em entrevista coletiva concedida na tarde desta segunda-feira, o diretor de futebol do Flamengo, Zinho, falou sobre a decisão de demitir Joel Santana. Quase seis meses depois de assumir o clube, o treinador foi comunicado sobre o desligamento na parte da manhã. Segundo o dirigente, uma série de fatores motivou a saída.
- Foi o conjunto da obra, já venho analisando o comportamento da equipe, o dia a dia do trabalho. Não foi especificamente o jogo do Cruzeiro. Como diretor de futebol, estou analisando o futuro, a posição da equipe na tabela, poder de reação do grupo, o poder da comissão técnica de conseguir resultados. Nada contra o Joel. Eu comuniquei. Colocaram vários treinadores do Flamengo com o Joel aqui. Estive aqui para dizer que ele era o treinador e que quando não fosse ele seria o primeiro a saber. A situação estava insustentável. Em outras situações eu segurei.
Zinho não quis falar sobre um possível substituto. Disse que pretende apresentar o novo treinador antes do jogo contra a Portuguesa, quinta-feira, pela 12ª rodada.
- Hoje não vou conseguir (anunciar). Foi dia de conversar com o Joel, conversar com a comissão técnica, com os jogadores, de colocar uma comissão interina. Espero anunciar antes do jogo. Vou buscar um treinador que se encaixe no meu perfil, que saiba trabalhar com um grupo mesclado, que tem muitos garotos. Queremos um treinador vitorioso. Não vou falar de nomes aqui. Queria colocar isso para vocês. Nomes serão especulados, nomes vão vazar. Longe de mim esperar que isso não aconteça no Flamengo, sei que não vou mudar isso. Mas pelo menos aqui no futebol vou trabalhar com profissionalismo.
 Jorginho, do Kashima Antlers, do Japão, era o nome favorito de Zinho, mas tem contrato até 2013. O dirigente disse que o nome já foi escolhido e afirmou que terá total autonomia da presidente Patricia Amorim.
 - A Patricia está me dando total apoio, comuniquei a minha decisão antes de ligar para o Joel, ela disse que estava comigo. Depois da conversa do Joel, encontrei com ela, é a hierarquia. A contratação do novo treinador também será assim. Já defini o nome. É a mesma coisa quando a gente procura jogadores. Você tem uma prioridade, mas pensa em outras opções. Você tem que sentar com ele e, se não ocorrer, parte para outras alternativas.
Zinho definiu o perfil do treinador que ele deseja contratar. Não garantiu reforços para o novo técnico, mas disse que caberá ao escolhido fazer uma reavaliação do elenco.
- Quero um treinador que entre na minha filosofia. Não contratei o Joel, mas gostei de trabalhar com ele nesses dois meses. Aprendi com ele também. Vou buscar um treinador moderno, profissional, que saiba trabalhar com esse grupo mesclado com jovens e experientes. Enfim, tudo que o futebol está pedindo no dia de hoje. O treinador que vier sabe que esse é o grupo. A chegada do treinador é importante para ver o elenco, opinar, ver o dia a dia do trabalho.
 
Segundo o diretor de futebol, não existe a possibilidade de ele próprio assumir o comando da equipe, como ocorreu com Fernandão no Internacional. O dirigente colorado virou técnico.
- Nenhuma hipótese. Estou aqui de diretor, sou diretor. Estava trabalhando com o Joel, não acho correto. E a minha função é diretor de futebol.
Antes da entrevista coletiva, o dirigente conversou com os jogadores e também cobrou um melhor desempenho de todos. Ele afirma que no momento o principal objetivo é chegar ao G-4 do Brasileirão.

- No Flamengo sempre buscamos o título, mas o momento é de tentar a recuperação para encostar no G-4. O Flamengo tem sempre que brigar lá em cima. Se eu escalar o elenco, nome por nome, não acho que esteja muito abaixo dos outros. Precisa jogar, estar mais entrosado. Precisa ter melhor postura dentro do campo. A vitória às vezes encobre a qualidade técnica e tática da equipe. Poderia ser uma coisa do momento. É uma decisão com tempo para a recuperação dentro do campeonato. Se aconteceu agora, foi bom que ainda há tempo para se recuperar no campeonato.
No contrato de Joel Santana está previsto o pagamento de uma multa rescisória de R$ 2 milhões. O diretor de futebol disse que essa questão teve de ser deixada de lado.
- O Flamengo vai cumprir o que está no contrato. Nesse momento não pensamos na parte financeira, mas no melhor para o Flamengo. Estamos discutindo a condição técnica da equipe. Vou tentar ajudar para que o Flamengo cumpra.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Adriano decide seguir recuperação por conta própria

Por Janir Júnior e Richard SouzaRio de Janeiro
 
Adriano no treino do Flamengo (Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)
Adriano no Ninho: faz parte do passado
(Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)
 
Adriano não aparece no Ninho do Urubu para se tratar desde a semana passada. O Imperador deixou de realizar toda a programação feita para ele pela equipe médica do Flamengo desde a segunda-feira. Segundo informou a assessoria do jogador, ele decidiu seguir a recuperação por conta própria e tem se tratado numa academia da Barra da Tijuca. O jogador faz uso de um fisioterapeuta próprio e tomou a decisão, ainda de acordo com a assessoria, pela comodidade de a academia ser mais perto de sua casa.
Apesar de não aparecer desde a segunda, Adriano só avisou nesta quinta-feira ao Flamengo que resolveu tomar um caminho diferente. O responsável por informar ao clube que seus serviços não seriam mais necessários foi o empresário do Imperador, Luca, relatou uma vez mais a assessoria de imprensa do jogador. Circula no clube a informação de que parentes do atacante o pressionam para que ele abandone o futebol profissional.
Até o fim da tarde, o Flamengo não sabia sobre a decisão de Adriano. Em entrevista coletiva, o diretor de futebol, Zinho, disse só saber que o jogador não estava indo ao Ninho do Urubu. À noite, o vice de futebol, Paulo César Coutinho, comentou o assunto. Ele reiterou que o atacante não tem contrato com o Fla e que o clube segue de "braços abertos".
- Está treinando numa academia. É coisa dele. Continuo na torcida para que se recupere, mas ele não é funcionário do clube. No CT ou na academia, o Flamengo continua de braços abertos - disse Coutinho.
José Luiz Runco, chefe do departamento médico do Flamengo e responsável por supervisionar a recuperação de Adriano, está com a seleção brasileira que vai disputar os Jogos Olímpicos de Londres. Ele havia informado que o atacante tinha programação no Ninho do Urubu de segunda a sábado. A posição do clube, no entanto, sempre foi mantida: como não tinha contrato, o atleta não precisava cumprir regras. A diretoria apenas emprestava as instalações e o serviço dos profissionais para auxiliar Adriano.
Está treinando numa academia. É coisa dele. Continuo na torcida para que se recupere, mas ele não é funcionário do clube. No CT ou na academia, o Flamengo continua de braços abertos"
Paulo César Coutinho, vice de futebol do Fla
No último domingo, dia de folga do Imperador na programação feita pelo Flamengo, o atacante foi visto na Vila Cruzeiro, comunidade onde foi criado. Na segunda, não apareceu para se tratar. Nas duas noites seguintes, Adriano foi visto na casa de shows "Barra Music" e, novamente, não foi ao Ninho do Urubu durante o dia.
Depois de deixar o Corinthians, em março, Adriano foi recebido pelo Flamengo para tratar seu problema no tendão de Aquiles do pé esquerdo. Chegou-se à conclusão de que uma nova cirurgia se fazia necessária, e assim foi feito. Ultimamente, o atacante intensificava no Ninho do Urubu seu trabalho de fisioterapia. Ele já havia, inclusive, trabalhado com bola, ainda que sozinho, no CT do Flamengo.
Na semana passada, o técnico Joel Santana comentou com algum entusiasmo sobre a recuperação de Adriano. Após conversar com o jogador no café da manhã, o treinador disse ter percebido empolgação no atleta e chegou a dizer que valia a pena apostar em sua recuperação

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Joel usa erros individuais para justificar a derrota: 'Bobeamos muito'

O discurso de Joel Santana se repete. A cada partida ruim do Flamengo no Campeonato Brasileiro, o treinador usa como justificativa o pouco tempo de trabalho, quase seis meses, e a renovação do grupo rubro-negro. Nesta quarta-feira, na derrota por 3 a 0 para o Corinthians, no Engenhão, a culpa, segundo ele, foi das falhas individuais de Darío Bottinelli e Renato. Os dois primeiros gols da equipe paulista saíram de erros dos meias e deixaram o time refém do estilo de jogo do adversário.
- Nós jogamos até a hora do primeiro gol. Depois dos gols que tomamos, de dois erros incríveis, eles dominaram. Em jogo desse porte não podemos errar como erramos. Não é transferir culpa, mas depois não pode querer resolver os problemas. Você vai jogar contra uma equipe organizada, montada, campeã brasileira e de Libertadores. Quem errou primeiro, quem pecou, pagou pelo seu pecado. Pagamos um pecado pelos dois erros que tivemos, de dois jogadores experientes que nós temos. Quando estávamos na hora de combate, o jogo estava parecido. Bobeamos muito. Não podemos bobear da maneira que bobeamos.
Joel disse que tirou Bottinelli no intervalo por conta da perseguição da torcida, que passou a vaiar o argentino a cada toque na bola. A ideia também era substituir Renato, outro que foi muito criticado. No segundo tempo, Joel e a presidente Patricia Amorim também foram vítimas dos protestos. O treinador encarou tudo isso como algo normal. Segundo ele, por um único resultado ruim e não pela incorrigível falta de padrão de jogo e qualidade.
- Normal e natural. Uma torcida insatisfeita pelo resultado do jogo. Não é só a torcida do Flamengo. Ela incentivou até onde pôde. Pelo desenvolvimento do jogo, achei que a torcida teve até um comportamento exemplar. Foram segundos, minutos de cobrança, de insatisfação. Eu também fiquei insatisfeito. Tomamos dois gols do time que a gente sabe que é o melhor da competição.

Joel, Flamengo x Corinthians (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)
Joel pensativo na partida contra o Corinthians
(Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)

 
Com o resultado, o Flamengo fica em décimo na tabela, com 15 pontos. Na próxima rodada, o time visita o Cruzeiro, em Belo Horizonte, no domingo.
- Esse pesadelo a gente tem que passar para trás. O Brasileiro não dá tempo de ficar chorando. Erramos, falhamos, temos de reativar as forças.
Joel Santana, que viveu dias de calmaria nas últimas semanas, repetiu o velho discurso e disse que não teme demissão.
- É até cansativo toda vez que o time perder eu ter que responder se estou pressionado, que existe outro treinador. Desgasta demais. Não é cada resultado que vai colocar em xeque aquilo que você faz. Antes do jogo, estava tudo bem. Aí perdi para o Corinthians, estou ameaçado. Se eu ganho do Cruzeiro lá, vou voltar santo? Não dá para responder isso todo dia.
O grupo do Flamengo volta a treinar na tarde desta quinta-feira, às 15h, no Ninho do Urubu

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Fora de casa, Flamengo vence Bahia com um a menos e salva Joel

Em um jogo onde disputou um tempo inteiro com um jogador a menos e atuou quase toda a partida no campo defensivo, o Flamengo derrotou o Bahia por 2 a 1 no estádio de Pituaçu, em Salvador, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro.
Hernane e Renato Abreu marcaram os gols do time do Rio --salvando o emprego do técnico Joel Santana--, enquanto Kleberson, ex-Flamengo, descontou para o Bahia. Com o resultado, o Flamengo subiu para a nona colocação, com 15 pontos, a um ponto da zona de classificação para a Libertadores. Já o Bahia está com o técnico Paulo Roberto Falcão em posição difícil no cargo e na zona de rebaixamento, em 18º, com sete pontos.
Na próxima rodada, o Flamengo recebe o Corinthians no Engenhão, na quarta-feira, às 21h50. Já o Bahia visita o Fluminense no mesmo estádio, na quinta-feira, às 21h.
Divulgação/EC Bahia
Souza, do Bahia, é marcado por flamenguista em Pituaçu
Souza, do Bahia, é marcado por flamenguista em Pituaçu
O JOGO
Antes da partida, o técnico do Flamengo, Joel, que deixou o Bahia em fevereiro para assumir a equipe do Rio, foi bastante hostilizado e insultado pela torcida.
E quem começou jogando melhor foi o Bahia, que precisava da vitória para sair da degola --aos 6min, em disparada, Kleberson driblou pela direita e deixou o zagueiro no chão, invadiu a área e tentou cruzar para Souza, mas Marllon cortou na hora certa e cedeu o escanteio.
O Flamengo, por sua vez, chegava pouco no campo de ataque. E, quando chegava, parava na forte marcação do Bahia. Mas foi em uma dos poucos erros da defesa mandante que a equipe do Rio abriu o placar: aos 30min, Titi tentou cortar um cruzamento de Ramon, mas entregou a bola de presente para Hernane, que chutou de fora da área para abrir o placar.
O Bahia, no entanto, continuou jogando na pressão, e empatou a partida sete minutos depois, quando Gabriel recebeu lançamento de Mancini e cruzou para Kleberson, em posição legal, finalizar e empatar a partida, marcando contra seu ex-clube.
Aos 43min, o Flamengo teve Luiz Antônio expulso, após derrubar Mancini em contra-ataque e receber o cartão amarelo --como era o seu segundo, levou o vermelho.
No segundo tempo, o Bahia perdeu várias chances para virar a partida, sendo que, aos 13min, Danny Morais subiu em cobrança de escanteio e cabeceou em cima de Paulo Victor, que defendeu em cima da linha --no entanto, ele teria afastado a bola já dentro da meta, o que levantou dúvidas se teria ocorrido o gol.
No entanto, quando tudo indicava que os donos da casa conseguiriam o gol de desempate, quem desempatou foi justamente o Flamengo, em cobrança de pênalti aos 26min --Fabinho teria derrubado Ibson, mas o meia se jogou ao perceber a aproximação do zagueiro.
Na cobrança, Renato Abreu cobrou no canto direito de Marcelo Lomba, que quase alcançou a bola, mas não evitou o gol do Flamengo.
O Bahia ainda tentou empatar o jogo, no desespero, mas quando não parava na defesa adversária, tropeçava nos próprios erros: aos 30min, Souza estava pronto para aproveitar um cruzamento na grande área, mas Titi cabeceou na hora errada e mandou por cima do gol.
No final, o Bahia chegou a empatar a partida aos 49min, quando Vander aproveitou passe rasteiro de Júnior e chutou cruzado para fazer 2 a 2, mas a arbitragem havia pego a posição de impedimento do atacante.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Zinho espera resposta por Diego: 'Se não tiver solução até quinta, desisto'

Por Richard SouzaRio de Janeiro

Zinho, Flamengo (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)
Zinho, diretor de futebol do Flamengo
(Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)
 
A resposta que o Flamengo esperava do Wolfsburg sobre a proposta feita para contratar o meia Diego não chegou nesta terça-feira. Segundo o diretor de futebol Zinho, o clube alemão pediu mais tempo para dizer se aceita ou não negociar o jogador, de 27 anos. O dirigente rubro-negro disse que vai aguardar no máximo até a manhã da próxima quinta.

- Não teve resposta nem positiva nem negativa. Como ontem (segunda-feira) foi feriado em São Paulo, disseram que a Volkswagen não abriu, que amanhã vão se reunir lá, estão resolvendo e no máximo até quinta-feira de manhã vão dar uma resposta. Estou conversando diretamente com o responsável do Wolfsburg. Eles estão conversando com a patrocinadora e nos pediram esse prazo. Estamos aguardando, vale a pena aguardar. É um nome que seria ideal. Ou eu já teria desistido. O nome merece que a gente aguarde. É uma coisa que seria positiva para o Flamengo. Se não der certo, faz parte e vamos em frente.

Na proposta levada ao Wolfsburg, R$ 7,5 milhões seriam pagos pela Volkswagen, acionista do clube alemão que estamparia sua marca no espaço nobre da camisa do Flamengo pelo menos até o fim do ano. Outros R$ 7,5 milhões seriam bancados pelo Rubro-Negro. Com isso, Diego receberia R$ 15 milhões por um ano, contando os impostos. Ao fim do contrato, uma nova negociação com a Volkswagen discutiria valores para uma prorrogação do vínculo. O salário de Diego seria em torno de R$ 1,2 milhão, praticamente a mesma quantia que recebia Ronaldinho Gaúcho.
 
Opções, pela ordem: Conca e Riquelme
No início da tarde desta terça-feira, Zinho se reuniu com os vice-presidentes do Flamengo. A escolha do camisa 10 foi o tema principal do encontro. Três nomes estão em pauta. Pela ordem de prioridade: Diego, Darío Conca e Riquelme. Segundo o diretor, a única proposta oficial feita pelo clube foi pelo primeiro. Os argentinos foram sondados. Conca, hoje no Guangzhou Evergrande, da China, interessa e muito ao Fluminense, mas o Tricolor já vê como distante a contratação (saiba mais).
A janela de transferências do exterior vai ser fechada no próximo dia 20. Zinho ressalta que tem trabalhado muito com a direção atrás do reforço para o meio-campo e volta a dizer que não fará loucura. O dirigente, no entanto, admite a possibilidade de não conseguir uma contratação de peso.

- Não está fácil, não. Nós temos um limite (financeiro). Chegamos no limite lá (na negociação com os alemães). Se der, deu. Se não der, se não for possível, temos que ir com a solução caseira. Se não tiver uma solução até quinta-feira, aí desisto (de contratar Diego). Aí tenho que partir para outra situação.
O nome de Diego não é unanimidade entre os dirigentes. Há uma forte corrente na Gávea pró-Riquelme que aposta na ideia de que o argentino, que decidiu deixar o Boca Juniors, seria uma opção mais segura no momento e deixaria os torcedores mais satisfeitos. Há, porém, concorrência. No Brasil, o Cruzeiro já admitiu interesse pelo argentino. Os que defendem a contratação usam o baixo custo e a experiência do atleta como justificativas.
Diego, Atlético de Madrid x Athletic Bilbao (Foto: Reuters)
Diego jogou a última temporada no Atlético de Madri
(Foto: Reuters)
 
- O pessoal vai muito na minha opinião. Há planos A, B, C, D. Não é resistência. Hoje a reunião foi boa, um encontro muito bom com todos os vice-presidentes. A princípio fizemos a proposta nesse atleta (Diego) e temos que esperar uma definição. A princípio é esse nome. Se não der certo, estamos trabalhando paralelamente com outras situações. Tudo esbarra na parte financeira. Nomes renomandos são todos caros. Estamos tentando fazer uma operação menos custosa para o Flamengo. Assim mesmo não é baratinho. Mas a operação que estamos tentando fazer não se torna cara. Se torna até acessível. Eu acho que os valores que se falam hoje, para a minha realidade, sempre são caros. Nenhum jogador vale menos de R$ 100 mil, menos de R$ 200 mil. Acho um salário alto, mas são os números do mercado. Quanto o Botafogo vai pagar para o Seedorf (R$ 700 mil)?

O diretor de futebol espera que o torcedor compreenda o esforço do clube, ainda que o tão esperado dono para a camisa 10 não chegue.

- Não tem outro nome no mercado. Estamos tentando um baita de um jogador. A gente está trabalhando muito para depois não tomar porrada. Eu não temo nada. O prazo é até quinta-feira, mas a janela só fecha no dia 20. Fiz uma proposta para um grande jogador. Se não der certo, o que vamos fazer? Tenho que ser honesto com o torcedor. Se não conseguir trazer um meia de nome, será por questão financeira. Todos os nomes que vocês (imprensa) estão falando nós estamos tentando. Não foi falta de esforço. Mas é o momento, tem que ver se o jogador quer, se o clube libera. Não é falta de trabalho. Não é falta de empenho. Eu e a direção do Flamengo estamos trabalhando muito.

Ramon vai ser o camisa 6 do Flamengo, e Cáceres usará a 14

Por Richard SouzaRio de Janeiro
 
Os dois reforços mais recentes do Flamengo para a sequência da temporada já têm numeração definida. O lateral-esquerdo Ramon, que assinou contrato de empréstimo com o Rubro-Negro até o fim da temporada, vestirá a 6, disponível desde a saída de Junior Cesar para o Atlético-MG. O jogador, que pertence ao Corinthians, foi ao Ninho do Urubu na tarde desta terça-feira, conversou com os novos companheiros, com o diretor de futebol Zinho e será apresentado no CT na manhã desta quarta. A escolha do número também coincide com a data de nascimento de Ramon, que é do dia 6 de maio.
Ramon, Flamengo (Foto: Divulgação)
Ramon sorri em seu carro depois de deixar o Ninho do Urubu nesta terça-feira (Foto: Divulgação)
O volante Victor Cáceres vai usar a camisa 14, que era do zagueiro Marcos González no início do ano. O paraguaio não foi ao CT nesta terça, pois precisava finalizar a transferência para o Brasil. Ele viajou a Assunção no fim de semana, conseguiu regularizar o visto de trabalho e é aguardado no Ninho na manhã desta quarta.

Cáceres foi apresentado na sexta-feira passada sem númeração nem camisa oficial. Na ocasião, o volante beijou o escudo e concedeu sua primeira entrevista com o uniforme de treino, pois o número ainda não havia sido escolhido.

Ambos devem ter condições de jogo contra o Bahia, domingo que vem, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro. As equipes se enfrentam em Salvador, às 16h (de Brasília), no estádio de Pituaçu.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Renato assume papel de líder e alerta grupo para não se abater com derrota

O Flamengo foi derrotado pelo Fluminense, neste domingo, no Engenhão, na partida que festejou os 100 anos do clássico. Ao fim dos 90 minutos, o Flamengo teve 61% de posse de bola, mas acabou com o placar de 1 a 0 contra, gol de Fred. Na opinião de Renato, um dos jogadores mais experientes do elenco, o espiríto de luta da equipe merece ser exaltado. Capitão do Fla na ausência de Léo Moura, Renato reuniu os jogadores após o apito final e saudou a torcida rubro-negra.
- Chamei o grupo para dizer que não podemos nos abater com a derrota. Fizemos um grande jogo, mas o resultado não foi o que esperávamos. Essa derrota foi dura, mas podemos tirar coisas boas dela - avaliou.
Renato lamentou ainda o fato de o jogo ter sido decidido numa bobeada logo no início.
- O jogo foi decidido num detalhe de uma bola baixa, acabamos sofrendo o gol. O jogo todo foi com o Flamengo jogando no ataque e o Flu no contra-ataque. Um tinha de sair feliz daqui hoje, infelizmente não foi a gente, mas o time mostrou que tem qualidade para enfrentar de igual para igual qualquer um - disse o camisa 11.
jogadores flamengo reunidos ao final do jogo (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Chamados por Renato, jogadores se reúnem após o fim do jogo (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Renato, que fez três finalizações na partida e acertou todos os 52 passes que tentou, não baixou a guarda e prometeu brigar pelas vitórias nas próximas rodadas.
- É o que falo sempre, prefiro jogar mal e ganhar do que jogar bem e perder. Não é qualquer jogo, nesse centésimo ano de Fla-Flu, uma festa bonita. Tentamos fazer o máximo, mas um detalhezinho decide um clássico. O time foi guerreiro, passou 90 minutos correndo atrás para tentar o gol. O importante foi o espírito aguerrido, todo mundo correu junto por um só objetivo. Agora vamos tentar no próximo jogo buscar a vitória - finalizou.
Com 12 pontos, o Flamengo estacionou na nona colocação do Brasileirão. O time volta a campo no próximo domingo, contra o Bahia, em Pituaçu.

Tricolor vence preliminar festiva do Fla-Flu com golaço de Arthurzinho

Por Edgard Maciel de Sá e Richard SouzaRio de Janeiro
 
No primeiro duelo do centenário do Fla-Flu deu Fluminense. O Tricolor venceu a preliminar festiva do clássico, com a presença de ex-jogadores e artistas, neste domingo, no Engenhão, por 1 a 0, com um belo gol do ex-apoiador Arthurzinho já no fim do jogo. A partida teve apenas um tempo de 20 minutos, com direito a troca de lado na metade, por causa da chuva que caiu no Rio de Janeiro desde o início do dia. A preocupação era não estragar o gramado para a partida principal entre os profissionais.
Jogo festivo centenário FLA-FLU Romerito (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Romerito domina a bola durante o jogo festivo no Engenhão (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Em clima de amizade e muita nostalgia, alguns jogadores pareceram sentir o peso da idade. No gol da vitória tricolor, Arthurzinho bateu colocado no ângulo uma bola recebia na esquerda da grande área rubro-negra. Vagner Love e Ibson fizeram questão de ficar na beira do túnel acompanhando a festa de perto.

sábado, 7 de julho de 2012

Fla espera Diego, mas Zinho abre as portas para Riquelme

Por Janir JúniorRio de Janeiro
 
 
Riquelme, Boca Juniors (Foto: EFE)
Riquelme em partida do Boca Juniors (Foto: EFE)
Depois da proposta feita pelo Flamengo ao Wolfsburg, o clube espera por uma resposta dos alemães até segunda ou terça-feira. Caso a tentativa não avance, o nome de Riquelme, que se desligou do Boca Juniors, pode entrar na pauta do Rubro-Negro. Ainda não existe negociação em curso, mas Zinho, diretor de futebol, deixou as portas abertas para o ex-camisa 10 do time argentino.
- Devemos ter o sim ou não sobre Diego até segunda ou terça-feira. Enquanto isso, não vou partir para outra negociação, não seria nem ético. Claro que tem que ter plano B, C, D. Nosso objetivo é trazer o Diego. Mas temos um limite financeiro. Estamos esperando uma resposta do Wolfsburg.
Apesar de negar que tenha feito contato com Riquelme, Zinho elogiou o jogador e não descartou uma negociação caso não haja um final feliz com Diego.
- Riquelme é um belíssimo jogador. Se eu não concretizar o Diego, me interessa, é um nome que me agrada e muito. Belo jogador. Eu conheço o representante dele aqui no Brasil, é meu amigo, o Fabiano Farah. Se ele tem interesse em jogar no Flamengo, sentamos com o empresário dele da Argentina para conversar. Mas não existe proposta, nem contato. Mas as portas estão abertas para um grande jogador como Riquelme. Mas o que tem de oficial é apenas uma proposta pelo Diego.
Aos 34 anos, Riquelme anunciou sua saída do Boca Juniors depois da final da Libertadores com o Corinthians, na última quarta-feira. Com a camisa do Boca, o experiente jogador conquistou seis títulos argentinos, três Libertadores, uma Recopa Sul-Americana e um Mundial de Clubes. Ele defendeu o clube entre 1996 e 2002, quando se transferiu para o Barcelona. De lá, rumou ao Villarreal, onde ficou até 2007, quando retornou ao Boca por empréstimo. Depois de mais uma breve passagem pelo Villarreal, Riquelme chegou de volta ao Boca em 2008 e, desde então, não saiu mais do clube.

Fla divulga foto da camisa para o clássico, com patrocínio pontual

Por GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro
 
Camisa que o Fla usará contra o Flu (Foto: Divulgação / Site oficial doFlamengo)
Camisa que o Fla usará contra o Flu
(Foto: Divulgação / Site oficial doFlamengo)
 
O Flamengo divulgou nesta sexta-feira uma foto da camisa que o clube vai usar no Fla-Flu deste domingo. O Rubro-Negro vendeu o espaço nobre da camisa exclusivamente neste jogo para a Brasil Foodservice Group (BFG). O Flamengo vai receber R$ 1 milhão.
O acordo deve ser o primeiro passo de uma nova parceria. A BFG estuda firmar um contrato com o clube até dezembro, mas não para anunciar no espaço principal da camisa, como será no clássico. A marca seria estampada na parte frontal do calção, na perna esquerda, sobre o número. O acordo até o fim do ano renderia mais R$ 3 milhões. Esta proposta, no entanto, precisa passar pelo crivo do Conselho Deliberativo, já que supera o valor de R$ 1,2 milhão.
A BFG é uma holding do ramo alimentício que detém as marcas Porcão, Garcia & Rodrigues, Galeria Gourmet e Johnnie Pepper, todas com filiais no Rio de Janeiro. Em junho, ela firmou contrato de um ano com o Vasco, no valor de R$ 4 milhões, para exibir a marca no lado direito do peito.
Rubro-negros e tricolores se enfrentam às 16h. O confronto marca os 100 anos do clássico.

Sem numeração nem camisa oficial, Cáceres é apresentado no Fla

Por Janir JúniorRio de Janeiro
 
 
Caceres flamengo coletiva (Foto: Janir Júnior / Globoesporte.com)
Cáceres é apresentado no Flamengo
(Foto: Janir Júnior / Globoesporte.com)
Cáceres, 27 anos, foi apresentado de forma oficial como novo reforço do Flamengo na manhã desta sexta-feira. Depois de conhecer os jogadores, o volante beijou o escudo e concedeu sua primeira entrevista, com uma curiosidade: ainda com camisa de treino, pois não foi escolhida a numeração que o jogador usará no Rubro-Negro.
- Flamengo é uma equipe muito grande mundialmente. Estou acostumado com pressão e preparado para enfrentar isso - afirmou Cáceres, ao ser questionado sobre a pressão que ronda o clube.
O volante, que teve seu contrato com o Libertad-PAR encerrado em 30 de junho, afirmou que começará uma nova fase na sua carreira.
- É uma mudança de vida - admitiu.
Diretor de futebol, Zinho explicou o fato de Cáceres não ter vestido a camisa oficial na apresentação.
- Ainda não escolheu a numeração. Quando escolher, vai posar com a camisa oficial. Ele volta ao Paraguai para tirar o visto de trabalho e, na terça ou quarta-feira, começa a treinar com o grupo - afirmou Zinho.

caceres treina normalmente (Foto: Janir Junior / Globoesporte.com)
Cáceres corre no gramado antes da apresentação
(Foto: Janir Junior / Globoesporte.com)

 
Antes da apresentação oficial, Cáceres correu no gramado do Ninho na manhã desta sexta-feira. A estreia deve ocorrer no dia 15, contra o Bahia, em Salvador, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro.
- Estou bem fisicamente, meu último jogo foi há oito dias. Acredito que não perdi nada na parte física - disse o jogador.
Cáceres revelou que já conhecia alguns integrantes do elenco e lembrou de um jogador que admira no futebol.
- Conhecia Léo Moura, Ibson, Vagner Love, vários jogadores. Ídolos eu não tenho, mas admiro o Paredes.
Revelado no modesto Atlántida, o volante foi contratado pelo Libertad aos 18 anos para jogar nas categorias de base. Logo passou para o profissional e fez sua estreia em 2006. Em 2010, ele defendeu a seleção paraguaia na Copa do Mundo da África do Sul.
Destro, Cáceres caiu nas graças da torcida do Libertad em 2007, ao marcar os dois gols no jogo decisivo contra o Sportivo Luqueño - a vitória por 2 a 0 resultou no título paraguaio. Em 2008, ele ajudou na conquista dos torneios Apertura e Clausura.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Maior artilheiro, Zico conta 'segredo' da força e revela 'casaca' para o irmão

Num Fla-Flu, o menino Zico viu o Flamengo ser campeão pela primeira vez. Num Fla-Flu, o torcedor Zico sofreu quando o atacante tricolor Wilton ajeitou a bola com a mão antes de marcar o gol da vitória e o juiz nada marcou. Num Fla-Flu, Zico ainda viveu a louca experiência de, numa preliminar, ter torcido pelo Fluminense por causa do irmão Antunes, atacante tricolor do time de aspirantes, para depois trocar de lado na arquibancada e poder pular nos gols rubro-negros. Num Fla-Flu, juvenil, Zico começou a fazer seus gols e sentir a vibração da torcida e a beleza do Maracanã colorido pelo clássico. Também num Fla-Flu, antes de ser o consagrado Zico, disputou a única final carioca contra o rival e sentiu o gosto amargo da derrota. Num Fla-Flu, já temido, viveu momento mágico e de reafirmação ao marcar quatro gols na recém-surgida e poderosa Máquina e ganhou, de lambuja, consagradora manchete de jornal: "Zicovardia". Num Fla-Flu, após retornar da Itália para o Brasil, respondeu aos gritos de "bichado" com show e três gols na estreia do amigo Sócrates (assista acima). Num Fla-Flu, despediu-se oficialmente dos rubro-negros com mais um gol e muita emoção. E num Fla-Flu, viveu diferente e saborosa história de super-herói. Tal como o ex-mascote do clube, o marinheiro Popeye, teve o seu "espinafre" para lhe dar "superpoderes".
 
E haja "espinafre". Como jogador, o ex-torcedor Zico, que assistira a incontáveis Fla-Flus da arquibancada, disputou 44 partidas. Dezenove gols marcados. É o maior artilheiro da história do seu clássico favorito e vivido intensamente. Além da beleza do colorido das arquibancadas, o eterno camisa 10 da Gávea guarda algumas das melhores lembranças. É bom que ele mesmo conte uma das mais divertidas, passada no ano de 1978, quando o time do Flamengo começava a embalar para ser o papão de títulos entre o fim dos anos 70 e o começo dos 80.
- A dos morangos é muito boa. Entre os jogadores, a gente criou a história de que quando tinha morango eu fazia gol. Eu gostava dessa pilha. Todo domingo. Aí, tinha que ter morango na concentração de sobremesa, lá em São Conrado. Eu adoro morango. Numa semana, tinha Fla-Flu. O seu Zé e o seu Emílio (funcionários) sempre procuravam pelo morango e avisavam ao Domingos Bosco, nosso supervisor, que tinham conseguido. Quando chegamos à concentração naquele fim de semana, um deles chegou para o Bosco, nosso supervisor, e disse: "Bosco, eu procurei pelo Rio de Janeiro inteiro. Não tem morango."
Aqui, abre parênteses. Domingos Bosco era um supervisor que funcionava como um paizão, muito querido pelos jogadores. Tanto os do Fluminense, onde começou a carreira - cuidou da Máquina que tinha Rivellino, Paulo Cezar, Doval e Carlos Alberto, entre outros -, quanto os do Flamengo, para onde partiu em 1977. Rubro-negro de coração, uma de suas marcas era não deixar faltar nada aos jogadores, principalmente aos craques. E quando Adílio, Toninho Baiano, Cláudio Adão e Júnior souberam que não tinha morango para a sobremesa... Bosco sofreu.
ESPECIAL FLA-FLU zico morango (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Os morangos foram o "espinafre" de Zico, que fez Bosco sofrer... (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
 
- Eles descobriram e gritaram: "Pô, tem que dar um jeito, descobrir, senão não vai ter gol." Aí eu aproveitei e falei: "Ah, não vai ter mesmo. Sem morango, não tem gol!" O Bosco era fogo. Se faltasse alguma coisa assim, ele ficava desesperado. Domingo de manhã, ele chegou e nada de o morango aparecer. Eu estava dormindo, sempre acordei tarde. Ele pegou, deu meia volta. Quando chegou lá para meio-dia, voltou, ficou quieto. Lá por volta de uma hora, fomos almoçar. Eu comecei: "Cadê esse morango? Assim não vai ter gol...". Todo mundo pilhando. Aí, quando acabamos de comer, veio o Bosco com um pacote pardo, de supermercado. Vira com aquele monte de moranguinho silvestre de beira de estrada.... Foi uma gritaria, vibração geral. Ele ainda pegou o chantilly e disse: "Toma, tu vai ter que fazer gol de todo jeito. Não é por falta de morango que você não vai fazer" - disse o Galinho, às gargalhadas.
 
Zico lembrou que o supervisor morava na Estrada das Canoas, onde havia muitos morangos silvestres. E foi lá que os encontrou para lhe servir após o almoço.
- O pessoal até chamava aqueles moranguinhos de comida de cobra. Ele foi lá, catou na beira da estrada e trouxe. Aí, eu tinha a obrigação de fazer gol, né? Quando chegamos ao Maracanã, chovendo... Mas deu tudo certo. Foi 4 a 0, dois gols meus e dois do Cláudio Adão. Aí deitamos, né? "Viu como o morango tem que ter?" Era muito engraçado...
O eterno ídolo rubro-negro gosta tanto de morango que, na hora das fotos, reclamou da gafe da reportagem por não ter levado o chantilly.
- Vocês trouxeram creme de leite? Pô, era com chantilly!! - disse o Galinho, entre uma garfada e outra, bem-humorado, enquanto contava outras histórias de boas lembranças do Fla-Flu.
Irmão no Flu
Uma que poucos rubro-negros sabem: na arquibancada, Zico já ficou no lado do Fluminense em jogo contra o Flamengo. Antes que qualquer torcedor pergunte se o Galinho chegou a ser tricolor, é bom esclarecer: a torcida na verdade era pelo irmão. O saudoso Antunes, mais velho, também jogador - e dos bons -, atuava pela equipe rival na preliminar do jogo principal.
- Fui ver muitos Fla-Flus, e alguns até contra o Flamengo, porque o Antunes era do Fluminense. Uma vez, no jogo de aspirantes, eu fiquei no lado do Fluminense, e no profissional pulei para o do Flamengo. Dei a volta (risos). Sem querer, você se pega torcendo... Vai o Flamengo ao ataque e.... gol do Flamengo! Tu vai comemorar com a mão, já vem logo o grito. "O seu filho da p...!".
 
Nas outras vezes em que foi como torcedor - do Flamengo mesmo -, Zico vibrou e sofreu. Em 1963, ficou espremido no maior público da história de um clássico - 177.020 pagantes -, no 0 a 0 da final Carioca que deu o título aos rubro-negros. Em 1968, saiu na bronca com a arbitragem.
- Estava lá em 1963, naquele recorde de público de 177 mil. Ali eu estava no lado do Flamengo mesmo. Meu irmão, no juvenil. Eu ficava nas cadeiras, meu pai tinha duas. Estávamos eu, Edu e Tonico. Meu irmão mais velho foi jogado até sentar lá, de tão cheio que ficou o estádio. Como torcedor, foi meu Fla-Flu mais marcante. O empate era do Flamengo, o Fluminense pressionou mas saímos com o empate e o título. Mas teve também o do gol do Wilton, com a mão. Engraçado: quando eu ia para a arquibancada, ficava sempre bem atrás do gol, ali pelo lado da torcida do Flamengo. Lá em cima. Nesse dia, estávamos com outro grupo de amigos, batia muito sol, fomos mais para a quina, do lado do bandeira. Quando a bola foi lançada e o Wilton esticou a mão, tudo parou e ficou aquele silêncio. ..Ele seguiu com a jogada porque o Samarone insistiu com ele para continuar. O Wilton nem ia fazer o gol de tão escandaloso que foi o lance. Não é possível que o bandeira não tenha visto.
Os anos passaram. O torcedor virou jogador e entrou em campo. Seja nas arquibancadas, seja no campo, o Fla-Flu sempre teve um gosto especial para Zico. Não só por ter feito gols em períodos importantes, ainda que não tenham decidido campeonato. O clima que envolvia o clássico era sempre diferente.
- Em campo, minha história com Fla-Flu vem desde o juvenil. No Maracanã, joguei dois. Um foi 2 a 1 e eu marquei dois gols, e o outro foi 1 a 0 e eu fiz um gol. O Fla-Flu passou a ser o meu clássico preferido. Eu gostava de entrar em campo e olhar para a arquibancada, ver as cores. Era um grande espetáculo. Charme. Eu já tinha aquela imagem de você entrar lá no último andar nas cadeiras, aí ver aquela torcida vermelha e preta, e aquela verde, branca e grená... Era muito bonito, muito.. Não sei se pelo fato de, no caso de Flamengo e Fluminense, um veio do outro, a rivalidade não era tão forte. Com o Botafogo era maior. Fla-Flu era aquele charme. A própria imprensa fazia daquele jogo um espetáculo diferente. O Nelson Rodrigues. Eu o lia, claro. Nelson Rodrigues foi o primeiro a dizer que eu era o melhor jogador. Fui lá entregar a camisa pra ele. Muito bacana... Meu irmão jogou lá... Eu batia bola com o Carlos Alberto Torres com 10 anos de idade. Ia muito nas Laranjeiras. Vi lá Carlos Alberto, Gilson Nunes, Jorginho, aquele time campeão de 1964.
Zico Flamengo x Fluminense 1986 (Foto: Eurico Dantas / O Globo)
Zico faz, de peixinho, o primeiro dos três gols nos 4 a 1 sobre o Flu em 1986 (Foto: Eurico Dantas / O Globo)
 
No campo, show e muitos gols
O começo de Zico como profissional nos Fla-Flus não foi dos bons. Na única final que disputou, ainda tentando se firmar no time, saiu derrotado por 4 a 2. Foi em 1973. Depois, no Fla-Flu do troca-troca, quando os dois clubes estrearam os seis jogadores envolvidos, marcou quatro gols na vitória por 4 a 1 e ganhou a manchete de jornal: "Zicovardia." A despedida oficial com a camisa rubro-negra, em 1989, em Juiz de Fora, quando marcou de falta o primeiro gol na goleada por 5 a 0, também é lembrada com carinho.
 
Mas o jogo favorito de Zico contra o Fluminense, de atuação praticamente perfeita, foi a do seu reencontro com a torcida após se recuperar de cirurgia no joelho devido à entrada desleal do zagueiro do Bangu Márcio Nunes. Na estreia de Sócrates no Maracanã, em 16 de fevereiro de 1986, a torcida rubro-negra se deliciou foi com o momento inesquecível do Galinho. Os gritos de "bichado" da torcida tricolor acabaram sendo o "espinafre" naquela ocasião.
- Era o primeiro jogo do Campeonato Carioca de 1986. Foram três gols meus e um do Bebeto. Foi o único jogo do Sócrates comigo no Brasil. Nesse Fla-Flu do "bichado", tomei um susto. A torcida do Fluminense nunca tinha feito isso. Aí, quando eu entro em campo, começaram: "Bichado! Bichado! Bichado!"... Foi o Fla-Flu que eu mais joguei bola. Fiz tudo o que você possa imaginar. O coro do "bichado" me deu mais gana de ganhar. Dei passe de calcanhar entre as pernas do zagueiro. Dei passe de bicicleta... Eu quis fazer tudo... E dava tudo certo. Se você tenta um calcanhar e erra... Eu tentava e caía certinho no pé do outro cara. E fui fazendo os gols... Dois foram golaços.
Zico garante que não ficou magoado com os tricolores. Para o Galinho, a culpa foi dos próprios dirigentes rubro-negros.
- Não fiquei chateado com a torcida do Fluminense. Aquilo foi manchete de um ex-presidente do Flamengo. Ele botou: "O Zico tá bichado!" Foi o primeiro jogo depois disso..."Se o cara do Flamengo tá falando, vamos deitar...", pensaram os tricolores. Só que, quando deu 30 minutos do segundo tempo, o lado direito estava todo vazio. E eu não fui fazer um sinal para a torcida do Fluminense, não abri a boca para a torcida do Fluminense durante a entrevista, não falei nada. Sempre aceitei legal essas brincadeiras. Você vai lá, encaçapa um, dois, três, não tem coisa melhor...Tanto é que quando eu fazia gol, virava para a torcida do Flamengo. Não queria nem papo. Isso eu aprendi desde cedo, a não desrespeitar.
'Zicovardia' e a despedida
Dez anos antes de devolver com gols as provocações, Zico teve outra atuação de gala num Fla-Flu. Foi no jogo do troca-troca. O então presidente tricolor, Francisco Horta, que no ano anterior levara para as Laranjeiras Roberto Rivellino, resolveu agitar o futebol carioca. E propôs ao Flamengo, que aceitou, mandar o goleiro Roberto, o lateral Toninho e o ponta Zé Roberto em troca do goleiro Renato, o lateral Rodrigues Neto e o atacante Doval. Para promover a estreia dos seis jogadores, bolou a Taça Nelson Rodrigues. E o Flamengo, que levara desvantagem na negociação, goleou por 4 a 1 com quatro gols do Galinho. A manchete do "Jornal dos Sports" qiue fez sucesso na época fez jus à atuação: "Zicovardia".
 
- Aquele jogo do troca-troca, da Taça Nelson Rodrigues, também foi muito bom. Fiz os quatro gols e fui para a Seleção. No quarto gol, o Geraldo (meia habilidoso que morreu aos 22 anos em 1976 após ter sofrido choque anafilático numa operação de amígdalas) me deu um passe de letra.
Zico lembra que durante os duelos com a Máquina o Flamengo estava em formação. Pouco depois, foi criada a base que seria campeã de tudo, culminando com a conquista do Mundial Interclubes de 1981. Quando o time rubro-negro estava afiado, a Máquina já fora desfeita.
- Eu lembro de ter perdido um jogo só para eles, que foi um gol do Gil, 1 a 0, aquela jogada em que o Rivellino metia o lançamento e o Gil fazia o facão (houve outra derrota, por 2 a 1, em 1977). No mais, teve alguns jogos que ganhamos, era sempre pauleira enfrentar a Máquina. Nosso time era muito jovem, estava começando. Tanto que naquele período não ganhamos nada. Fomos campeões em 1974 e depois só em 1978. O Rivellino era demais. Quando eu o enfrentei no Corinthians, fiquei três dias com a marca da bola na perna. Ele chutava muito.
Na partida do troca-troca, Rivellino não jogou. E Zico aproveitou. O lance mais marcante para o Galinho foi de bola parada, uma de suas maiores especialidades.
- Nesse jogo fiz o meu gol mais bonito de falta. O Renato, que foi para o Flu, sabia como eu batia, treinava comigo. Aí, pela primeira vez, um goleiro armou a barreira ao contrário. Botou a barreira do lado oposto ao que eu ia bater e ficou de frente para mim. Então, eu tive que caprichar para meter a bola por fora lá na gaveta. Meti assim por cima (gesticulou), o Renato foi mas não conseguiu pegar. Ele me surpreendeu. Mas eu já treinava assim. A bola pegou direitinho, foi lá no ferro. Foi um pouco parecido com o último gol, no jogo em Juiz de Fora.
 
Longe da torcida rubro-negra, em Juiz de Fora, Zico fez o seu jogo oficial de despedida do Flamengo. Contra quem? O Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro. Os dois estavam mal, por isso resolveram jogar fora do Rio. Mas o jogo, para a torcida rubro-negra, tornou-se inesquecível. E foi do Galinho o primeiro gol da partida - e último com a camisa do Flamengo - na goleada por 5 a 0. Na época, os tricolores pegaram no pé do goleiro Ricardo Pinto, que na saída se sentia honrado por ter levado o último gol do camisa 10 da Gávea.
- Não é que ele vibrou. O problema com o Ricardo Pinto foi o seguinte: sem mais nem menos, ele soltou na véspera que nunca tinha levado gol meu. Era totalmente desnecessário. Ninguém perguntou e ele foi falando: "Ah, eu nunca levei gol do Zico..." Pô, tinha um jogo ainda... Aí, o cara vai, toma o gol. Foi todo mundo em cima dele... Ficou meio perdido e aí soltou. "Ah, é uma honra...". Complicou mais. Esse jogo foi um jogo também que eu joguei pra caramba no período em que fiquei em campo. Em Fla-Flu eu tenho muitas histórias.

As lembranças continuam. Na derrota em 1973, na única final carioca que disputou com o Fluminense, Zico ainda tentava se firmar como titular com 20 anos. Zagallo, técnico na ocasião, optou por sua escalação como meia-direita. O Galinho lembra com detalhes até das alterações no segundo tempo para tentar mudar o resultado.
- Na frente estavam o Dario e o Sérgio Galocha, e o Vicentinho na ponta direita. Liminha e eu no meio-campo, Paulo Cezar na ponta esquerda. O primeiro tempo terminou 2 a 0 para o Flu. Aí ele tirou o Vicentinho, me botou para a ponta direita e o Paulo Cezar para o meio, entrando o Arílson na esquerda. Empatamos o jogo, mas tínhamos que ganhar para ter outro no domingo. Aí estava 2 a 2, uma pressão nossa no finalzinho do jogo. O Marco Antônio rebateu uma bola, e ela caiu no pé do Lula, que mandou pro Manfrini. Saíram o Renato, o goleiro, e o Fred, zagueiro. A bola parou numa poça d'água. Os dois furaram e se chocaram. A bola sobrou para o Manfrini, ele fez o gol. Pouco depois, o Dionísio fez um gol, 4 a 2, o Fluminense foi campeão. Foi numa quarta à noite, chovia muito - lamentou o Galinho.
Dez anos depois, Zico, já consagrado, deixava o Flamengo e ia para o futebol italiano. No seu período no Udinese, o rival cresceu. O Casal 20 formado por Washington e Assis, num time que tinha também Romerito e Delei, levou a melhor. Assis, inclusive, virou o carrasco rubro-negro por dois anos seguidos, em 1983 e 1984. Em 1985, Zico voltou. O time do Flu já não era o mesmo... As vitórias da equipe rubro-negra sobre o rival voltaram. Já no fim da entrevista, o atual técnico do Iraque, que neste domingo estará bem longe do clássico preferido, aproveitou para brincar com a rivalidade e os números.
- Eu sacaneio o Edinho até hoje dizendo que ele me levou para o Udinese para o Fluminense poder ser campeão naquela época - disse, com aquela risada de saudade dos bons tempos de Maracanã colorido de vermelho, preto, verde, branco e grená.

Thuram visita o ‘clube do povo’ e leva camisa de recordação

Por GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro
 
Enquanto os jogadores treinavam no Ninho do Urubu, a sede da Gávea recebia uma visita ilustre na manhã desta quarta-feira. Campeão do Mundo pela França em 1998, o ex-jogador Lilian Thuram, que está no Brasil com a família, conheceu o clube e ainda levou para casa uma camisa rubro-negra com o seu nome e o número 15 nas costas.
O francês definiu o Flamengo como “clube do povo” e afirmou que se fosse brasileiro, certamente seria rubro-negro.
Thuram no flamengo (Foto: Divulgação / Site Oficial do Flamengo)
Thuram fez visita à Gávea nesta quarta-feira (Foto: Divulgação / Site Oficial do Flamengo)
- Se eu tivesse nascido aqui ou se morasse aqui, seria torcedor do Flamengo. Sei que é o clube de futebol mais popular do Brasil, é o clube do povo. Sempre gostei mais de jogar futebol do que assistir, mas o futebol brasileiro eu gosto de ver. Sempre gostei. Desde pequeno, ainda em Guadalupe (Ilha de Guadalupe - território francês no Caribe), sempre tive o futebol brasileiro como referência. Tenho essa preferência pela cultura do futebol daqui - disse em entrevista ao site oficial do Flamengo.
Thuram relembrou a final da Copa de 1998 contra o Brasil e disse que foi “estranho” enfrentar uma Seleção que tanto admirou:
- Quando menino, sempre falava, jogando futebol nos campos de areia, que eu estava defendendo o Brasil. Depois de anos, no dia 2 de julho de 1998, me vi diante do mesmo time, só que do outro lado. Foi estranho, mas estava com a França 100%. Realmente foi um paradoxo, pois sempre gostei muito do Brasil.
Além do Rio de Janeiro, Thuram ainda visitará outras cidades brasileiras, mas vai levar na bagagem lembranças especiais da Cidade Maravilhosa.
- O Rio de Janeiro é fantástico. Daqui do Flamengo, estamos do lado da praia, mas temos as montanhas do lado. Isso é realmente incrível. Algumas paisagens me trazem recordações de minha terra natal. Lá também tínhamos muito contato com a natureza - finalizou.
Thuram encerrou a carreira há quatro anos, aos 36. O último clube do jogador francês com mais partidas pela seleção foi o Barcelona.

Michel Levy vai à Alemanha e reforça confiança do Fla em ter Diego

Por Janir Júnior e Richard SouzaRio de Janeiro
Diego Atlético de Madri (Foto: AFP)
Diego se reapresentou ao Wolfsburg, mas não
treinou com o grupo (Foto: AFP)
O vice de finanças do Flamengo, Michel Levy, está na Alemanha para tentar contratar Diego. O meia, de 27 anos, é um desejo do diretor de futebol Zinho para vestir a camisa 10. O problema é o preço. Após boa passagem por empréstimo pelo Atlético de Madri na última temporada, o jogador se reapresentou ao Wolfsburg. O vínculo entre as partes tem duração de mais dois anos. O Rubro-Negro fez um contato inicial com o atleta, mas para contratá-lo em definitivo teria de investir cerca de R$ 30 milhões, algo inviável para o clube. Agora, o dirigente fará uma tentativa pessoalmente.
O alto salário também é um obstáculo. Diego recebe € 5 milhões (R$ 12,9 milhões) anuais, quase R$ 1,1 milhão por mês, valor bem próximo do que recebia Ronaldinho Gaúcho (R$ 1,25 milhão). Apesar de todas as dificuldades, o interesse continua forte. A viagem de Levy gerou uma corrente de confiança no clube.
Nesta terça-feira, Diego não treinou com o elenco do Wolfsburg na reapresentação dos jogadores para o início da pré-temporada. O brasileiro chegou a ser visto no centro de treinamento do clube alemão distribuindo autógrafos, mas não foi ao gramado para realizar as atividades físicas. Ele sentia dores no joelho.
Questionado se havia chances de Diego seguir no Wolfsburg no restante da temporada, o técnico Felix Magath foi pragmático.
- Acredito que sim. Ele ainda tem um contrato válido - declarou.
Diego foi um dos destaques do Atlético de Madri na conquista da Liga Europa e pretendia continuar na Espanha. No Wolfsburg, ele teve uma saída tumultuada. Na ocasião, ao tomar conhecimento que ficaria no banco de reservas na última rodada do Campeonato Alemão, contra o Hoffenheim, recusou-se a participar da partida na temporada 2010/2011.
Além do Flamengo, o próprio Atético de Madri e um clube russo têm interesse em contar com o jogador.
Como não tem condições de arcar com os valores pedidos, o Flamengo vai tentar encontrar uma forma de tentar reduzir consideravelmente tanto as cifras da contratação como as referentes aos salários.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Morre Benedito, pároco que usava camisa do Fla por baixo da batina

Por GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro
Rubro-negro de carteirinha e responsável por diversas rezas para o time do Flamengo em momentos difíceis, o padre José Benedito Reis morreu na tarde desta segunda-feira vítima de câncer. O pároco, que ficou conhecido por rezar missas com a camisa do seu time de coração por baixo da batina, será enterrado nesta terça, às 17h, no Cemitério do Caju. O Rubro-Negro mandará uma bandeira para ser colocada sobre o caixão.
 Padre Benedito abençoa o atacante Deivid. Flamengo (Foto: Jorge William / Agência O Globo)
Padre Benedito esteve na Gávea em 2010 e orou por Deivid. (Foto: Jorge William / Agência O Globo)
 
Bené, como era chamado carinhosamente pelos mais próximos, foi pároco durante muitos anos da Igreja de São Judas Tadeu, padroeiro do Flamengo e santo das causas impossíveis. Benedito, porém, foi transferido para a igreja de Santo Cristo, mas sempre era convocado para benzer a Gávea. Em setembro de 2010, o pároco foi ao clube em meio a um momento ruim e benzeu Deivid. Ele também apareceu em outros momentos adversos, como nas campanhas dos brasileiros de 2003 e 2007.
A missa de corpo presente acontecerá nesta terça-feira, às 15h, na Igreja Santo Cristo.
No site oficial, o Flamengo lamentou a morte de Benedito:
- É com imenso pesar que o Clube de Regatas do Flamengo comunica o falecimento do Padre Benedito. Ficou conhecido por abençoar o time profissional do Flamengo no Dia de São Judas Tadeu, padroeiro do Mais Querido. O Flamengo enviará uma bandeira oficial para a cerimônia.

Tímido, mas sorridente, Cáceres chega ao Rio ‘pronto para jogar’

Por Janir JuniorRio de Janeiro
Cáceres desembarcou no Aeroporto Internacional Tom Jobim na manhã desta terça-feira para assinar contrato de quatro anos com o Flamengo. Tímido, mas receptivo, o volante revelou sua felicidade e garantiu estar pronto para vestir a camisa rubro-negra.
- Estou muito feliz por chegar ao Flamengo. Vir para o Brasil era um projeto antigo. Estou pronto para jogar - afirmou Cáceres, logo depois do desembarque, ao lado do pai e do irmão.
Cáceres chega ao Rio para assinar com Flamengo (Foto: Janir Junior / Globoesporte.com)
Cáceres desembarca no Rio: "Vir para o Brasil era um projeto antigo" (Foto: Janir Junior / Globoesporte.com)
Cáceres tem exames médicos previstos para a manhã desta quarta-feira. Logo depois, assinará contrato de quatro anos. A apresentação está prevista para o treino da tarde desta quarta no Ninho do Urubu. Caso os detalhes burocráticos sejam resolvidos e o jogador consiga o visto de trabalho, ele já ficará à disposição de Joel Santana para o clássico de domingo, contra o Fluminense, no Engenhão.
Segundo um amigo brasileiro que foi recepcioná-lo no aeroporto, o jogador gosta de praia, mas não é fã de noitadas e tem um jeito tranquilo, avesso à badalação. Há alguns anos, Cáceres esteve perto de fechar com o Vasco, mas o Libertad dobrou o seu salário.
No Rio, além do suporte para facilitar sua adaptação, ele terá a companhia do pai e do irmão. O jogador não tem filho, a princípio passará 15 dias em um hotel na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, mas se mudará para um apartamento em breve. No elenco do Flamengo, Cáceres conhece o zagueiro González, que jogava no Universidad de Chile.
Cáceres chega ao Rio para assinar com Flamengo (Foto: Janir Junior / Globoesporte.com)
Cáceres é recepcionado por amigo brasileiro no aeroporto (Foto: Janir Junior / Globoesporte.com)