sábado, 31 de dezembro de 2011

FELIZ 2012!

Zico dá camisa do Fla para Neymar


Na última quarta-feira, a pelada de fim de ano mais importante do calendário das férias aconteceu em São Paulo. A equipe dos Amigos do Zico venceu as Estrelas do Brasil por 7 a 5 no Morumbi, palco do evento pela primeira vez. Antes e depois do jogo, o repórter Régis Rösing acompanhou toda a movimentação dos vestiários, com os bastidores da partida e os encontros entre ídolos de ontem e de hoje do futebol brasileiro.
Quando encontrou Neymar, Zico agradeceu a presença dele no Jogo das Estrelas, se disse fã e aconselhou o craque do Santos:
- Que Deus te conserve assim, que você seja muito feliz. Tem um fã e um grande torcedor. Futebol é isso, um dia você está feliz e outro dia você está triste. Com profissionalismo, sua atividade fim é jogar futebol. E fazendo bem isso, nós estamos bem encaminhados para 2014 - disse o Galinho.
Presente
No encontro, o Galinho de Quintino também aproveitou para presentear Neymar com uma camisa do Flamengo, com dedicatória e autógrafo. Em troca do presente, Zico pediu para o jogador do Santos tirar uma foto com seu filho, Thiago, e seu neto, Antônio.
- Estou muito feliz. Essa aqui com certeza vai para um quadro - disse Neymar.
A cobertura completa do Jogo das Estrelas com o repórter Régis Rösing você acompanha domingo, no Esporte Espetacular.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

MC Serginho critica funk no futebol e pede saída de Luxemburgo

Por Thales Soares Rio de Janeiro
 

Jaila X-Tudão e Serginho na pelada promovida por Diego Maurício (Foto: Thales Soares/Globoesporte.com)
Jaila X-Tudão e Serginho na pelada de Diego
Maurício  (Foto: Thales Soares/Globoesporte.com)

A guerra dos funkeiros para compor a música ligada a um clube ou craque específico ganhou uma voz contrária. Frequentador das peladas de fim de ano, MC Serginho é contra as tais homenagens. Torcedor do Flamengo, ele compareceu ao evento organizado por Diego Maurício no campo do Colégio Futebol Clube e criticou a forma como seus companheiros usam do artifício para se promover.
Acompanhado de sua nova dançarina, Jaila X-Tudão, Serginho nunca compôs música em alusão ao Flamengo ou jogador do clube, como ele mesmo fez questão de dizer. A promoção dessa forma não o agrada.
- Esses MCs forçam a barra. Falam do clube ou do jogador só para aparecer. Eu sou apaixonado pelo Flamengo, mas nunca usei isso para me promover - disse Serginho, vestido com uma camisa em homenagem ao basquete do Flamengo. - O pior é que os caras se empolgam e vão para a noitada.
Torcedor fanático, ele fez questão de dar seus pitacos sobre o que vem acontecendo com o time para a próxima temporada. Até o momento, a única contratação feita pelo Flamengo foi o lateral-esquerdo Magal, ex-Americana. Na quarta-feira, a diretoria conseguiu confirmar a permanência de Ronaldinho Gaúcho em 2012.
- Estão demorando demais. Ficam falando no Vagner Love e se esquecem do Thiago Neves. Vamos ver o que vai acontecer, mas acho que os garotos deveriam ser mais aproveitados. Se fosse outro técnico, como o Muricy, certamente o clube teria mais revelações. Se eu fosse a Patrícia (Amorim), tirava o Luxemburgo e contratava o Andrade. Ele saberia trabalhar a garotada - afirmou Serginho.

Fla diminui número de parcelas, e Thiago Neves fica perto de acerto

Por Diego Rodrigues Rio de Janeiro
 

Thiago Neves no Flamengo (Foto: Maurício Val / Vipcomm)
Thiago Neves fica mais perto do acerto com o Fla
(Foto: Maurício Val / Vipcomm)

Depois de acertar a permanência de Ronaldinho Gaúcho, o Flamengo deu um passo importante para garantir outro jogador no elenco. Nesta quinta-feira, em contato por telefone, o empresário de Thiago Neves, Léo Rabello, disse que o clube chegou perto do que os árabes do Al Hilal pretendem como pagamento:
- O Flamengo mandou nova proposta oficial. Diminuíram bastante (o número de parcelas) e está chegando bem próximo do que eles querem. Acho que (os árabes) vão aceitar.
A ideia era parcelar em dois anos e meio os R$ 18 milhões pedidos pelo Al Hilal. Com as frequentes negativas dos árabes, o Fla resolveu renegociar o valor em um período menor de tempo, não revelado pelo empresário. O contrato de empréstimo de Thiago Neves vai até o próximo sábado. Se permanecer na Gávea, o novo compromisso será de quatro anos.
O orçamento rubro-negro para 2012 é de R$ 203 milhões. Deste valor, R$ 15 milhões serão destinados a contratações. Como o clube pretende investir em Vagner Love, os outros reforços devem ser adquiridos com a divisão de parcelas.
Fluminense e São Paulo são os outros interessados no atleta.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Zico comanda festa e homenagem a Sócrates no Jogo das Estrelas em SP

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
 
Pelo oitavo ano seguido, Zico organizou uma das peladas de fim de ano mais concorridas e prestigiadas pelos boleiros. Foi a primeira vez que o Jogo das Estrelas aconteceu fora do Rio e o local escolhido foi o Morumbi, em São Paulo, onde 35.123 pagantes compareceram ao evento beneficente. O Galinho colocou Neymar, Lucas, Ronaldo e Raí na sua equipe e venceu por 7 a 5 um combinado de atletas do passado e do presente. O craque do Santos pintou e bordou em campo, dando passes, fazendo um gol e, principalmente, dando dribles.
A noite começou com uma lembrança a Sócrates, craque do Corinthians e da Seleção Brasileira nos anos 80, que faleceu no último dia 4 de dezembro. Todos os jogadores entraram com camisa que trazia uma imagem de Zico abraçado ao Doutor. O Galinho ainda entregou uma placa para homenagear o saudoso amigo a Raí, irmão de Sócrates e ídolo são-paulino.
Os Amigos de Zico, de vermelho, contaram com o próprio dono da festa, Neymar, Lucas, Ronaldo, Raí, Junior, Zinho, Zetti, Fábio Luciano, Gabriel, Wladimir, Manoel Tobias, Milton Cruz, Amoroso e muitos outros. Nas Estrelas do Brasil, de branco, os destaques foram Djalminha, Marcelinho, Careca, Biro-Biro, Vampeta, Rincón, Emerson Sheik, Ralf, Ailton, Dinei e mais grandes jogadores de todos os tempos.
Times unidos no Jogo das Estrelas (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Estrelas do passado e do presente unidas no evento beneficente de Zico (Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com)
No primeiro tempo, a juventude de Neymar e Lucas fez a diferença. O primeiro gol, aos cinco minutos, saiu de jogada com a participação de ambos. O são-paulino tentou o chute, o goleiro Victor deu rebote, o santista dominou e deu para Zico driblar um marcador e abrir o placar. Já aposentados, os laterais das Estrelas do Brasil, Ailton pela direita e Rubens Júnior pela esquerda, foram os que mais sofreram com os garotos. O primeiro fez um pênalti em Neymar, que Ronaldo bateu e marcou. O segundo levou lençol, foi driblado e ainda teve que assistir ao craque do Peixe fazer embaixadinhas na sua frente.

Jogo das Estrelas - Zico e Neymar (Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com)
Zico e Neymar foram destaques da pelada realizada
no Morumbi (Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com)

Além de dar assistência a Zico, Neymar também deixou Raí na cara do gol e o ex-são-paulino não perdoou. O quarto foi marcado por Neymar, que só completou após uma linda tabela entre Lucas e Raí. O quinto teve o toque de genialidade do Galinho, que dominou no peito e serviu Lucas, que driblou Victor e fez um belíssimo gol. As Estrelas do Brasil fizeram dois gols de pênalti bem batidos por Djalminha.
No segundo tempo, Djalminha coordenou a reação da equipe branca, fazendo passe perfeito para Ailton diminuir e também dando um gol de presente para Marcelinho. Milton Cruz, auxiliar técnico do São Paulo, recebeu de Amoroso, e fez o sexto dos Amigos do Zico. Dinei, no quinto das Estrelas do Brasil, comemorou como Sócrates e foi ovacionado. Destaque também para Biro-Biro, que era aplaudido a cada toque na bola.
A festa terminou da mesma forma que começou: com gol de Zico. O ídolo do Flamengo pegou rebote do goleiro Victor e soltou uma bomba para fechar o placar em 7 a 5. A alegria ficou estampada no rosto do craque, que deu show em campo e fora dele ao fazer de um evento beneficente, que ajuda inúmeras instituições carentes, um sucesso de público.

Flamengo chega a acordo verbal com a Traffic e R10 segue na Gávea

Por Janir Júnior Rio de Janeiro
 
Flamengo e Traffic chegaram a um acordo nesta quarta-feira para tentar encerrar a crise na parceria que atrasou os pagamentos de salário de Ronaldinho Gaúcho. Com isso, o jogador continua na Gávea na próxima temporada.
- A situação está verbalmente concluída. A partir de amanhã (quinta-feira) começa a celebração do contrato. Como os escritórios da Traffic no Rio e em São Paulo estão em recesso, a assinatura deve acontecer no dia 9 de janeiro - declarou Fernando Gonçalves, diretor da Traffic.
O vice de finanças rubro-negro, Michel Levy, festejou o fim da negociação.
- É o presente de Papai Noel atrasado que estamos dando para a Nação. É um dia de muita alegria. Trabalhamos muito e no final deu tudo certo.
ronaldinho gaúcho vasco x flamengo (Foto: Maurício Val/VIPCOMM)
Ronaldinho Gaúcho fica no Flamengo (Foto: Maurício Val/VIPCOMM)
No próximo dia 5, completará cinco meses que a Traffic não deposita os R$ 750 mil da maior parte dos salários de Ronaldinho. Com isso, quando fizer o depósito previsto para o dia 9 de janeiro, a empresa terá que pagar um total de R$ 3,75 milhões. Segundo Fernando Gonçalves, Assis, irmão e procurador do camisa 10, está ciente do prazo e da operação financeira.
- Isso já está combinado com Assis, sem problemas - afirmou Fernando Gonçalves.
Onze meses depois da chegada de Ronaldinho, é um memorando assinado em janeiro que sustenta o vínculo. Quando sentaram para assinar um contrato, a Traffic quis renegociar questões técnicas ligadas a patrocínios, licenciamento de produtos e ao futuro programa de fidelidade para o torcedor. A partir daí, não houve mais acordo.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Fla admite flerte e tenta reatar casamento com o zagueiro Juan

Por Janir Júnior Rio de Janeiro
 

Juan comemorando e Philippe Mexes - AS Roma x AS Bari (Foto: Getty Images)
Juan, abraçado por Philippe Mexes, comemorando
um gol pelo Roma (Foto: Getty Images)

O Flamengo tentou o mexicano Rafa Márquez e o colorado Bolívar, mas as negociações esfriaram e agora o grande sonho para a zaga voltou a ser um velho conhecido: Juan, do Roma-ITA. O vice-presidente jurídico rubro-negro, Rafael de Piro, confirmou que já conversou com o zagueiro, formado nas categorias de base do clube da Gávea.

- O Juan é aquele namoro antigo, estamos sempre flertando com ele. Já tentamos outras vezes, tomara que a hora seja agora. Estamos ainda apenas conversando, mas não há nada concretizado - disse De Piro.
O vice jurídico conduz a negociação com Juan, porque além de terem jogado juntos na base rubro-negra, eles são compadres em duas mãos: um é padrinho do filho do outro. De Piro afirmou que haverá nova conversa com o zagueiro, mas não revelou quando. A confiança rubro-negra aumentou porque a família de Juan está fazendo força para ele voltar para o Brasil.
Juan deixou o Flamengo em 2002 para o Bayer Leverkusen, da Alemanha. O zagueiro, que pela Seleção Brasileira disputou as Copas do Mundo de 2006 e 2010, está no Roma desde 2007.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

É Natal!

Confira a mensagem de fim de ano do jogador do master do Mengão Renato Carioca!

O valor real: Flamengo corre atrás de R$ 14 mi para contratar Vagner Love

Por Eduardo Peixoto Rio de Janeiro
 

Vagner Love comamora gol do Flamengo (Foto: EFE)
Vagner Love comemora gol do Flamengo
(Foto: EFE)

O site russo Tden apostou alto e informou que o Flamengo ofereceria € 9 milhões (R$ 21,7 milhões) ao CSKA por Vagner Love. A realidade, porém, é mais pé no chão. Segundo uma fonte rubro-negra, o clube corre para viabilizar o dinheiro e chegar aos € 6 milhões (R$ 14,4 milhões). A oferta será enviada nos próximos dias.

Love curte férias no Brasil e alterna entre viagens curtas para o Nordeste e o Rio de Janeiro. Semana passada ele recebeu outra ligação do técnico Vanderlei Luxemburgo e reafirmou o desejo de jogar no Rubro-Negro. Entretanto, para evitar frustração semelhante à de 2011 - quando o Flamengo fez esforço mínimo para repatriá-lo - o Artilheiro do Amor adotou a tática de dizer em entrevistas que "não há preferência para ninguém".

Há otimismo de que os russos aceitem conversar e fechar negócio - não sem antes longas reuniões. O ponto básico é a vontade de Love retornar ao Brasil depois de sete temporadas no CSKA. Em declarações recentes, os dirigentes locais ressaltaram o profissionalismo do atleta, de 27 anos, no período em que esteve no Brasil e aceitam negociar de forma mais maleável.
Vagner jogou no Flamengo entre janeiro e junho de 2010 e marcou 23 gols em 27 jogos. Ele formou o Império do Amor com Adriano, mas apesar dos gols – e da artilharia do Carioca – não conquistou título.

Fla dá novo passo rumo a acerto com Traffic, mas novela continua

Por Janir Júnior Rio de Janeiro
 
ronaldinho gaucho  10 gols mais bonitos do Brasileirão (Foto: VIPCOMM)
R10 deve receber atrasados em breve
(Foto: VIPCOMM)
Na longa caminhada de reuniões para solucionar o impasse entre Flamengo e Traffic, o clube deu nesta segunda-feira mais um passo para tentar resolver a questão que envolve diretamente Ronaldinho Gaúcho. Mas ainda não foi colocado um ponto final no imbróglio. Em reunião no início desta tarde, representantes do Rubro-Negro e o diretor da empresa, Fernando Gonçalves, discutiram mais alguns pontos e discordâncias do contrato. A expectativa é de que a novela tenha final feliz na sexta-feira. Assim que for assinado o contrato, a Traffic depositará os R$ 3 milhões na conta do camisa 10, referentes a quatro meses de salários atrasados.
- Fizemos uma reunião, evoluimos mais um pouco. Acredito que até sexta-feira tudo estará resolvido. Faltam apenas detalhes do contrato, que geram ponderações de ambos os lados. Mas estou confiante de que tudo seja resolvido e a Traffic permaneça. Assim que for assinado o contrato, a empresa depositará o dinheiro do Ronaldinho - afirmou o vice-presidente de finanças do Flamengo, Michel Levy.
O diretor de Traffic teve uma reunião pela manhã com Bernardo Amaral, que foi cogitado para ser o novo vice de futebol do clube. Mas, na verdade, o nome do dirigente que ajudou a comandar o futebol na gestão de Hélio Ferraz, em 2003, foi escolhido pelos presidentes dos Conselhos do clube apenas para tratar da relação Flamengo e Traffic.
Além de Bernardo Amaral e Michel Levy, o vice de marketing, Henrique Brandão, e o responsável pelo departamento jurídico, Rafael de Piro, também participaram da reunião com Fernando Gonçalves.
A permanência de Ronaldinho Gaúcho no Flamengo em 2012 é dada como certa, mesmo sem a Traffic, mas com a provável manutenção da empresa na relação com o clube, a garantia é ainda maior.
Onze meses depois da chegada de Ronaldinho, é um memorando que sustenta o vínculo entre as partes. Quando sentaram para assinar um contrato, a Traffic quis renegociar questões técnicas ligadas a patrocínios, licenciamento de produtos e ao futuro programa de fidelidade para o torcedor. Por estar insatisfeita com a postura do clube, a empresa de marketing esportivo parou de pagar os R$ 750 mil mensais que são de sua responsabilidade.
Desde então, começaram as reuniões e discussões para que clube e empresa cheguem a um denominador comum e Ronaldinho Gaúcho, enfim, possa somar mais R$ 3 milhões de atrasados em sua conta bancária.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Festa de funcionários é um sucesso no Flamengo

Esta sexta-feira (23.12) foi especial para todos os funcionários do Flamengo. Na festa de confraternização deles, realizada na sede náutica do clube, muito samba, abraços, fotos e brindes deram o tom da animada comemoração. Com a presença da presidente Patricia Amorim, dos vices do clube, do técnico Vanderlei Luxemburgo e dos ídolos Andrade, Adílio e Julio Cesar "Uri Geller", a festa comoveu os funcionários, que animados sambaram e degustaram um bom churrasco oferecido pelo clube.
Marcaram presença na festa funcionários de todos os setores do clube. Todos os esportes também foram representados por treinadores e membros das comissões técnicas. Entre os sorteios de brindes e a música da bateria da Mangueira, os rubro-negros conversaram e se divertiram podendo trocar ideias sobre aquilo que eles mais amam, o Flamengo.
Feliz com o sucesso em 2011, Patricia Amorim distribuiu sorrisos e autógrafos, além de tirar fotos com os funcionários. Ela teve seu nome gritado e foi muita aplaudida ao chegar no local.
"Fizemos a nossa parte e 2011 foi muito bom. Ano passado, na festa, que também foi bacana, sabíamos que tínhamos tido um ano complicado, com muitas surpresas Este foi bem melhor e sei que será ainda melhor em 2012. Gosto muito do Flamengo. Fui atleta e fui funcionária antes de ser presidente. Sempre sonhei em ver o clube muito melhor. Ainda está longe do meu sonho, mas estamos evoluindo. Quero agradecer aos funcionários que me ajudaram a fazer o Flamengo melhor", disse Patricia Amorim, para em seguida lembrar.
"O que me propus a fazer era motivar um pouquinho mais e vocês (funcionários) corresponderam bem. Somos todos uma só equipe. Com a ajuda de vocês posso estar em todos os lugares. Sei que parece meio loucura a minha vida, mas acho que tenho de estar acompanhando tudo. Estou nas vitórias, mas também estou nas derrotas. Nunca vou me esconder. O Flamengo é o meu combustível. Quando ele melhora, eu melhoro também", falou emocionada a presidente.
O momento alto da tarde foi o sorteio de um Renault Clio 2011. O carro chegou ao local sendo dirigido pela própria presidente. O mestre de cerimônia foi o repórter e humorista rubro-negro Smigol, que animado e com o seu tradicional "Ê laiá" anunciou a vencedora do carro. O prêmio ficou com a funcionária de serviços gerais do clube, Sebastiana Claudina da Silva, que muito emocionada, comemorou muito esta conquista.
A festa foi organizada pelo Vice-Presidente de Administração e Social do Flamengo, Cacau Cotta e sua equipe. 
"Trabalhamos muito para fazer um bom 2011 e vamos seguir trabalhando ainda mais. Um feliz Natal e um bom 2012. Vamos seguir trabalhando firme, pois quem ganhará com isso é o Flamengo", encerrou a presidente Patricia Amorim.

@CR_flamengo já é o segundo twitter mais seguido da Libertadores

Thomás segue o Fla no twitter e também no Facebook Thomás segue o Fla no twitter e também no Facebook
A maior torcida do Brasil sempre fez a diferença dentro dos estádios e nesta Libertadores a expectativa é que ela empurre o time ao tão sonhado título da competição, que não acontece desde 1981. Nas redes sociais, os rubro-negros também estão mostrando a sua força e o exemplo disso é o twitter oficial do Flamengo, que atualmente é o que mais cresce entre os clubes brasileiros. A força do @CR_flamengo é tão grande que hoje em dia o clube já tem o segundo twitter mais seguido da Libertadores.
Com 663.101 seguidores, o @CR_flamengo já deixou para trás clubes importantes das Américas como o Chivas Guadalajara, o Boca, entre outros. O objetivo agora é alcançar o líder Corinthians que possui 762.359 seguidores. Para isso, o Flamengo conta com a força da Nação, para mantermos o nosso clube na posição que ele merece.
Entre os clubes do Rio, o Flamengo é o primeiro disparado. O vice é o Vasco com 129.049 seguidores. O Fluminense vem em terceiro e o Botafogo na quarta colocação.
Só no twitter oficial do Mengão (@CR_flamengo) o torcedor encontra fotos e informações exclusivas e oficiais sobre os bastidores do futebol do clube. Lá, os rubro-negros também podem acompanhar os jogos em tempo real e fazer perguntas aos craques do Flamengo.
Entre os jogadores, Ronaldinho Gaúcho (@10Ronaldinho) é o segundo jogador mais seguido da América do Sul com 2.669.966. Ele só perde para o atacante do Santos e ídolo das adolescentes, Neymar, que soma 2.932.119 seguidores. Outro jogador rubro-negro com um bom número de seguidores é o lateral-direito Léo Moura (@Leomoura2) com 360.482 seguidores.
Confira os nove twitters de clubes com mais seguidores na Libertadores 2012:
1° Corinthians, 762.359.
2° Flamengo, 663.101. (@CR_flamengo)
3° Chivas Guadalajara, 493.000.
4° Santos, 218.016.
5° Vasco da Gama, 129.049.
6° Boca Juniors, 120.240.
7° Universidad de Chile, 100.509.
8° Internacional, 77.370.
9° Caracas FC, 68.272.
(A pesquisa foi realizada no dia 21 de dezembro e por isso já pode ter modificações nos números)
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Feliz da vida, Felipe comemora novo contrato de quatro anos

Muita emoção, felicidade e a certeza de que um nasceu para o outro. A contratação de Felipe, por quatro anos, deixou o arqueiro rubro-negro pulando de alegria em Salvador, onde passa suas férias com sua família. A negociação se desenvolveu no Rio de Janeiro e acertou a permanência do atleta, mostrando que a diretoria segue trabalhando para montar um bom elenco para 2012. 
O goleiro descansava em sua casa quando o telefone tocou, no visor, o nome da presidente Patricia Amorim. Animado, o goleiro atendeu o telefone e recebeu a notícia da própria presidente de que ele continuaria no clube. Momentos antes da ligação, a mandatária rubro-negra havia concordado com os números da negociação apresentado para ela e para a diretoria de futebol, pelo vice de finanças do clube, Michel Levy, que havia negociado com os representantes do atleta.
Animado com o acerto, Felipe disse que recebeu um verdadeiro presente de Natal e confessou que já estava confiante de que tudo daria certo.  
"Era o presente de Natal que eu mais queria. Fiquei um pouquinho ansioso até terminar a negociação, mas sabia que tudo ia dar certo. Acreditava no acordo entre o Flamengo e meus empresários. Estou muito feliz de continuar no clube, ainda mais por quatro anos", disse o goleiro ao Globoesporte.com.
Com a cabeça mais tranquila, o arqueiro sabe que logo no início do ano terá uma complicada tarefa contra o Real Potosí na temida cidade boliviana que fica a 4.000 metros de altitude.
"Mais do que nunca vou me concentrar na minha carreira para começar o ano bem, ganhando do Potosí. Temos de avançar. Precisamos dessa classificação na Libertadores para trazer a torcida para junto do time", encerrou o goleiro.
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Histórias de um ‘bad boy’ convicto: ‘Santinhos só não adiantam’, diz Beto

Por Márcio Iannacca e Richard Souza Rio de Janeiro
 
A história jamais foi manchete na imprensa. A cena: dois jogadores do Flamengo deixam a concentração na véspera de uma decisão contra o Vasco e rumam para o prédio vizinho. Passam a noite fora, tudo por conta de uma mulher. O ano? O ex-jogador Beto prefere não divulgar. Foi entre 1999 e 2001. E, segundo o ídolo rubro-negro, os fujões foram os destaques da decisão, vencida pelo time da Gávea. Essa foi apenas uma das histórias que o ex-meia contou ao GLOBOESPORTE.COM em sua cobertura no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

- Os nomes? Não falo. Eu não estava envolvido. A diretoria queria afastar os dois, mas não deixamos. Ia vazar ainda mais coisa que já tinha acontecido – contou.
beto entrevista especial (Foto: André Durão/Globoesporte.com)
Beto e o filho caçula, Pedro, que, segundo ele, leva jeito com a bola (Foto: André Durão/Globoesporte.com)
Sob o olhar atento da esposa Marcela, de 28 anos, e do filho caçula, Pedro Henrique, de oito, Beto não fugiu de nenhum tema durante o bate-papo. Na ampla sala de seu apartamento, decorada com camisas do Flamengo e da Seleção Brasileira e fotos da carreira, o ex-jogador, de 36 anos, falou do atual momento da vida, do futuro e do pequeno buffet aberto pela amada, o Viva Eventos. E é justamente com a mulher que surgem as primeiras brincadeiras na entrevista. O casal chega a falar da relação, brinca com as idas e vindas e de como estão juntos há quase dez anos.

- A minha esposa tem uma empresa que está começando, um buffet. Ela está indo devagar, temos um contato, temos que divulgar mais com os amigos. Ela crescendo, eu cresço também, e será a minha vez de ficar deitado e ela trabalhando (risos) – brincou o jogador, elogiando o filho Pedro, que faz escolinha no Fluminense e, de acordo com Beto, tem futuro no futebol.

Mas a conversa com Beto não foi leve. Fama de boêmio, baladeiro... O ex-jogador falou de tudo. Revelou casos que ainda não tinham sido noticiados pela imprensa, contou como se sente frustrado por não ter disputado uma Copa do Mundo e de como os “bad boys” de hoje se comportam. Na opinião do ex-meia de Fluminense, Vasco, Botafogo e Napoli, muitas vezes os santos têm apenas a fachada. Na verdade são “lobos em pele de cordeiro”, como diz o ditado.

- Faz falta. Tem que ter um bad boy. Os santinhos só não adiantam. Às vezes, os caras têm aquela máscara de bom moço, mas por trás são os que mais fazem besteira. Por trás deles existe uma boa assessoria, que blinda todas as suas merdas. Acaba não saindo nada na imprensa. Nós fazíamos, falávamos... Às vezes, por trás, os caras fazem até mais do que nós.

De Ronaldinho Gaúcho a Adriano... De conselhos para Jobson, recentemente reintegrado ao Botafogo após problemas de disciplina durante o seu empréstimo ao Bahia, a ida à favela para salvar um amigo jogador. Beto não deixou perguntas sem respostas. E, no fim, a impressão que ficou é que o último dos “bad boys” deixou o futebol de forma prematura, em 2008, aos 33 anos.

Confira abaixo a entrevista completa do ex-jogador Beto:

GLOBOESPORTE.COM: Como está a vida?

BETO: Parei em 2008, no Vasco. Cheguei a jogar em 2009, em Florianópolis, e resolvi parar porque estava desanimado com o futebol. As pessoas te oferecem uma coisa e não cumprem no fim. Quando parei, conheci um pessoal da Holanda que queria que eu fizesse a intermediação de jogadores, mas não deu certo por conta da maneira que eles trabalhavam. Pediam um jogador, encontrávamos o atleta, e os negócios não se concretizavam. Acabei parando. Estou mais com a família, curtindo a vida, os meus filhos, a minha esposa, jogando minhas peladinhas. Além disso, eu tenho feito alguns jogos com o Zico, no projeto Zico 10. Temos feito esses jogos de inauguração das escolinhas do projeto. Estou querendo levar para o Mato Grosso - Cuiabá, que é a minha cidade, onde nasci. Quero conversar com o pessoal neste fim de ano, para mostrar como é feito, e levar pronto.

Foi convidado para participar do desenvolvimento da Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá, que é uma das sedes do torneio?
Fiquei feliz por minha cidade ser uma sede da Copa. Estive lá recentemente para receber uma homenagem que fizeram para os atletas do estado. Como estou mais próximo das pessoas, quero levar esse projeto e mais algumas coisas para lá. Moro no Rio, mas tenho familiares em Cuiabá, amigos. Seria ótimo fazer algo pela cidade onde nasci, onde comecei a carreira. Quero ajudar essas pessoas mais próximas. Será uma honra grande.

Já pensou em seguir a carreira política?Fui convidado, mas não fui pela minha esposa. Tive convite para me filiar ao PSC. Não sei se fizeram uma pesquisa e viram que eu tinha a chance de vencer, mas fizeram o convite. Uns três mil votos eu teria (risos). Não passaria em branco nas eleições do Rio de Janeiro. Não descarto essa possibilidade.

Pensou em ser treinador ou dirigente?Isso não. Para intermediar a negociação de algum jogador, eu até vou. Tenho entrada nos clubes. Isso facilita. Topo fazer isso. Treinador, só fora do país. No Brasil, você toma duas porradas e cai fora. Não compensa fazer isso aqui.
 

beto entrevista especial (Foto: André Durão/Globoesporte.com)
Beto posa com a camisa da Seleção Brasileira ao
fundo (Foto: André Durão/Globoesporte.com)

Você saiu de Cuiabá para o Botafogo... Além disso, a sua carreira é cheia de boas histórias. Qual é a mais marcante?Lembrança maior foi quando eu vim para o Botafogo trocado por 50 pares de chuteira. Foi tudo muito rápido. Cheguei em 1993. Em 1994, eu estava na equipe principal do Botafogo. Em 1995, na Seleção Brasileira, campeão brasileiro... Logo em seguida fui vendido para o Napoli. Tive uma boa passagem, apesar do pouco tempo. Com apenas três meses de Itália, eles renovaram por mais três anos. Disputei uma final de Copa Itália e depois fui para o Grêmio. Em seguida, a realização de um sonho que foi jogar no Flamengo, quando fui contratado em 1998. Joguei ao lado do Romário e foi ótimo. Fiquei de 1998 a 2001, mas em 2000 fui emprestado ao São Paulo. Retornei depois para ficar mais um ano no Flamengo. Não posso reclamar da vida, principalmente do futebol. Só tenho a agradecer.

Jogou com a camisa 10 no Napoli, que foi de Maradona. Como foi a experiência na Itália?Foi bem bonita. O pessoal depositava uma esperança muito grande em mim. Assinei o contrato e voltei para o Brasil porque estávamos nos preparando para as Olimpíadas. Acabei me machucando e depois voltei ao clube. Tivemos um jogo de estreia, de apresentação dos jogadores, e eu era o mais esperado. Usava a camisa 10 e não estava 100% para jogar. Lembro que participei apenas de 15 minutos porque eles queriam me ver. Eu estava no banco, levantei, e a torcida começou a cantar a música dele (Maradona) para mim. Estive bem no Napoli, correspondi bem, e ficou marcado na vida do pessoal também.

Como é a atmosfera da cidade por conta do Maradona?O nome dele lá é muito forte. A torcida napolitana, se não for a maior, é uma das maiores do país. Comparo com a do Flamengo em termos de torcida, de paixão, de incentivo. Eles só jogam contra quando percebem que o time está mal, que não está se dedicando. É o tempo todo jogando a favor.

Você disse que é flamenguista de coração. Pode falar um pouco desta paixão?Com certeza é o time que eu torço. Sou Flamengo desde a infância. Sofro mais como torcedor, passo mal, me tranco no quarto para ver os jogos. Vejo os jogos com o meu filho, fico nervoso... Não perco um jogo do Flamengo e de outros clubes, mas principalmente do Flamengo.

E como vê o futebol de hoje? Os jogadores...Hoje em dia nós vemos jogadores vestindo a camisa de grandes clubes, e eles não têm condições para isso. Os clubes viraram empresas. Um jogador veste a camisa de determinado clube e rapidamente está sendo vendido, ninguém sabe como. Antigamente, os atletas tinham bem mais qualidade do que hoje.

A passagem pelo Flamengo foi a mais marcante de sua carreira?Foi um sonho realizado atuar ao lado do Baixinho. Sempre vi o Romário como um dos meus maiores ídolos do futebol. Dificilmente teremos um novo Romário. Essa é a verdade. Convivi com ele um bom tempo. Tive três anos de Flamengo, oito títulos. É muita coisa em pouco tempo. Tem jogador que passa cinco anos, seis, e não conquista tanta coisa. O que mais marcou foi o tricampeonato (2001), principalmente por ter sido em cima do Vasco, do jeito que as coisas estavam naquela partida. Foi emocionante. Estávamos dando como perdido, com o título indo embora.

Alguma boa história de bastidor daquela época?Nós tivemos momentos difíceis, principalmente o atraso de salários. Ficávamos três ou quatro meses sem receber. Era difícil. Essas coisas marcam. Eu cobrava muito. Às vezes, nem por mim, mas por outros companheiros. Um mês nosso poderia significar dois ou três de outros. Isso atrapalhou um pouco o nosso desempenho.

Falando de histórias do Flamengo... Em uma oportunidade, em 2001, você e o Edilson teriam chegado alterados no aeroporto para um embarque da delegação. Lembra dessa história?Foi em um jogo contra o Coritiba, fora de casa. As pessoas sabiam que essas histórias não eram verdadeiras. Nós éramos abertos, falávamos o que tínhamos que falar. Não tinha necessidade de esconder nada, porque éramos muito cobrados. Viajamos, vencemos o jogo, com um gol meu, e eu fui o melhor em campo. A resposta foi dada dentro de campo, com o meu trabalho. As pessoas falam até hoje daquele episódio, mas não aconteceu nada (na ocasião, Beto chegou atrasado, e o atacante Edilson perdeu o voo).

Você se recorda do episódio da saída do Romário do Flamengo, no fim de 1999? Estava envolvido na festa em que os jogadores estiveram no Sul?Estava no elenco, mas fiquei no hotel. Tínhamos sido eliminados de uma competição e ia acontecer um jogo no Sul. Por conta daquele episódio, eu tive uma desavença com o Gilmar Rinaldi. Fomos desclassificados, e o time ia jogar em Porto Alegre. Depois do jogo, o Romário foi liberado, e todos sabiam. Estourou só para ele. Eu estava no quarto fazendo tratamento, e o telefone tocou por volta das duas da manhã. Era o (supervisor José) Chimelo achando que eu estava também no grupo. Quando eu atendi, ele disse que era engano. Tinham ido o Fábio Baiano, o Leandro Machado... O Índio, zagueiro que jogou no Flamengo, disse no dia seguinte que todos estavam na festa e queria saber porque eu não tinha ido. E aí deu aquela merda toda. Ninguém faz nada se não quiser. Todo mundo é maior de idade.

Essa fama de baladeiro, de gostar das noitadas, lhe incomodava?Eu nunca escondi nada de ninguém. Era claro para os meus treinadores. Vou dar um exemplo: tínhamos dois períodos de treino, eu conversava com o treinador para ser liberado do treino da manhã porque compensaria no trabalho da tarde. Se fosse um físico, eu fazia. Funcionava assim. Eu dizia que tinha uns problemas para resolver e sempre fui honesto. Eu não queria dar motivo para falarem que eu cheguei atrasado e tal. A imprensa sempre martelava por conta da maneira que eu agia e o meu jeito também não ajudava. Eu não dava entrevistas. A imprensa escrevia o que ela queria, e eu falava o que eu queria. Fui levando dessa maneira.

Aconteceu com você perseguição como a que Fred, do Fluminense, sofreu da torcida? Ou, algo como o disque-dentuço. para delatar noitadas de Ronaldinho Gaúcho no Fla?Na nossa época não tinha muito isso, agora está demais. O jogador não pode ter uma vida como uma pessoa comum. O jogador é cobrado dentro de campo, fora de campo, e isso precisa mudar. Nós treinamos todos os dias debaixo de chuva, debaixo de sol, viajamos. Quando você tem um tempo de lazer, está liberado para sair, você não pode porque é perseguido. Isso não pode. Eu não aceitava naquela época, imagina agora. Cada um precisa ter o seu limite, o seu controle, e fazer da melhor maneira. Não pode deixar de trabalhar. Chegar no dia seguinte à farra e alegar uma dor, isso complica. Acho que é por isso que existem essas cobranças. Nós saíamos, mas no dia seguinte estávamos puxando fila nos treinos, estava lá correndo, suando a camisa. Não fui santinho, nunca escondi nada. Sou o que eu sou, fui o que eu fui. Já me esbaldei muito. Não deixo de fazer nada do que fazia quando jogava, mas hoje diminui um pouco porque tenho família.

Quando você diz “sou o que eu sou, fui o que eu fui”, o que quer dizer com isso?Eu era um bad boy, era solteiro. Na rua, eu discutia com os torcedores. Dizia que eu era Flamengo, o outro dizia que era Vasco e a porrada comia. Hoje, isso não acontece. Tenho o carinho dos torcedores dos quatro grandes clubes do Rio. Aonde eu vou pode ter todas as torcidas que o carinho é grande. Sou grato porque o que eu fiz foi reconhecido. Os torcedores me conhecem bem. Se eu tivesse a cabeça que eu tenho hoje, eu teria muito mais.

O Adriano Imperador, que viveu problemas no passado, seria o Beto de antigamente?Acho que não. Está pior do que eu. Falei para ele outro dia: “Vocês me engoliram”. Antigamente, nós fazíamos, mas aparecíamos, treinávamos. Hoje em dia, os caras nem aparecem, não dão satisfação de nada. A nossa vida particular hoje em dia ficou muito direcionada. Até mais do que o nosso trabalho. Se você está numa churrascaria com a família, tomando um chope, já vira alvo de críticas. A solução é montar um time de presidiários. Não sai, só dorme, come e descansa. Se for colocar no papel, o tempo que ficamos com a família em um ano é bem menor do que aquele que ficamos no clube treinando.

O mesmo Adriano admitiu em entrevista problemas com álcool. Já sofreu com isso em algum momento da sua carreira?Eu sabia me controlar. Poderia até extrapolar um pouco, mas não excessivamente como o Adriano tem feito. Fico triste porque começou junto comigo, no Flamengo. É chato porque é um cara que eu aprendi a gostar.

É um dos seus amigos no futebol?Conto nos dedos os amigos que eu fiz no futebol. Dificilmente frequento casa de jogador de futebol porque é muita fofoca. Procuro evitar. Prefiro ficar na minha casa. Se quiserem vir para cá, eles podem vir. Quando saem as manchetes, fotos na internet, nós percebemos que são as próprias pessoas que ele coloca em casa que divulgam essas fotos.
beto entrevista especial (Foto: André Durão/Globoesporte.com)
Orgulho do passo de bad boy 'às claras', mas hoje mais caseiro (Foto: André Durão/Globoesporte.com)
Quem são seus amigos no futebol?Adriano, Ronaldinho Gaúcho, que eu vi começar no Grêmio, o Fernando (ex-zagueiro de Fla e Vasco)... Mas nem vou muito à casa deles. O Adriano esteve no aniversário do meu filho. Estive com o Adriano quando ele voltou da Itália e queria parar. Ele se dizia decepcionado, mas na verdade ele estava decepcionado com ele mesmo. Na casa do Ronaldinho eu nunca fui. Já me chamaram, mas a festa lá é muito pesada (risos). Temos que dar uma segurada porque é fogo. Fora do futebol são poucos. Tenho o Tubarão, o Niltinho... O Tubarão se eu tivesse conhecido há mais tempo, eu estaria com uma doutrina melhor. Ele me cerca de tudo o que é lado. Se eu fizer algo errado, ele vem em cima. Conheço o Tubarão há muito tempo. Era segurança do Eurico (Miranda) no Vasco. Sabe de tudo o que eu vou fazer. É um cara que está sempre do meu lado.

Algum arrependimento na carreira?Não sei dizer se foi arrependimento, mas a empolgação, as amizades. As amizades que eu tenho hoje são diferentes das que eu tinha antes. Isso fez com que eu mudasse, pensasse mais. Se eu tivesse a família de hoje, a cabeça de hoje, eu tinha tido muito mais história para contar no futebol. Deus me colocou onde me colocou e não foi à toa. Como o Romário diz: Deus o escolheu, e eu também fui escolhido a dedo. Onde eu passei fui ídolo, fui bem, e só tenho a agradecer.

Perdeu algo por conta dessas amizades?Em 1998, eu estava de sobreaviso para a Copa. Como eu não tinha um empresário para me ajudar, não tinha cabeça, acabei me prejudicando por conta dessas amizades. Minha única frustração foi essa. Se eu tivesse tudo isso, eu teria disputado uma Copa. Teria ido a duas delas.

E por que você não tinha empresário?Por opção. Fiquei decepcionado com um empresário que eu tive. Tive várias propostas que não se concretizaram. Blindavam as pessoas de chegar aqui e conversar comigo. Tive duas chances de ir para o Corinthians e não aconteceu. Tive uma chance de ir para o Porto, almocei com o Mourinho no Rio, e ele fez o contrato à mão. Ele voltou para Portugal, disse que estava 99% fechado e acabou não acontecendo porque o meu empresário brigou com ele. Antes, o meu empresário era o Léo Rabello, que foi um cara que me ajudou muito, me colocou em grandes clubes, como o Napoli e o Grêmio.

Como foi o contato com o José Mourinho?Conheci o Mourinho naquele momento e só hoje eu vejo o trabalho dele. É um dos melhores do mundo da maneira como trabalha, como vê o jogo. Ele sabia de tudo de mim. Fiquei até surpreso. Ele vinha me acompanhando, e eu nem sabia. Ele disse que sabia da minha maneira, que não tinha problema. Disse que me ajudaria. Fez o contrato de quanto eu ia receber, saiu da reunião dizendo que estava tudo certo. No ano seguinte, o Carlos Alberto foi para lá e disse que o Mourinho falava muito de mim, que chegou a afirmar que queria ter trabalhado comigo, mas que não tinha acontecido. Fico feliz de um treinador como ele ter me reconhecido.

Mas que tipo de amizades prejudicaram a sua carreira?Aquelas amizades que quando acabavam os treinos me chamavam para ir a um churrasco. Elas não perguntavam o que eu tinha para fazer. Hoje busco amizades produtivas. Não busco aqueles que querem me levar para furada ou para o fundo do poço.

Chegou perto do fundo do poço?Não, isso não.

Mas já se meteu em alguma furada?Já. Eu estava perdendo tudo por conta de farra, de sair demais. Para eles era bom estar ao meu lado. Eles pensavam: “estamos com o Beto”. Era um status estar ao meu lado, não pagavam entrada, não pagavam a conta. Tenho três amigos que são de verdade e estou construindo outras amizades. São pessoas que pensam no futuro. Quando acaba o futebol, você precisa fazer renda. Esses meus amigos sempre conversam comigo, eles têm os negócios dele. Sempre perguntam se eu quero participar dos negócios. E hoje nós temos que pensar dessa maneira.

Quando achou que poderia perder tudo?No Flamengo, em 2000. Naquele momento eu achei que poderia perder tudo.

Já conviveu com pessoas ligadas ao crime organizado?Não. Mas vai da cabeça de cada um. É ruim para nós? É. Você está indo a um lugar em que você sabe que tem drogas, armas... Só de ir lá, o pessoal já acha que você está envolvido. Eu nunca tive esse tipo de problema porque eu nunca gostei de ir. Na minha época do Flamengo, os jogadores foram, mas o mais esperado pelo dono da favela era eu. Mas eu não fui. No outro dia, eu recebi um telefonema de uma pessoa falando que tinha uma filmagem minha com outros jogadores e o dono da favela. Eu falei para ele: “Então temos duas filmagens, a sua e outra minha com a família em um restaurante. Vamos ver qual vai bater?”. Ele ameaçou de colocar no jornal, mas nada aconteceu. Falei com o pessoal do Flamengo que tinha acontecido isso, mas não rolou nada. Nunca esqueço essa história.

Algum companheiro já passou por essa situação?Um exemplo é o Régis Pitbull, que jogou no Vasco. Ele foi pego na saída da Rocinha, e eu que tive que conversar com os caras (policiais) porque ele seria banido do futebol. Ele já tinha sido pego no doping por maconha. Eu falei com os caras que iam acabar com a vida dele, convenci que acabariam com ele. Ajudei a evitar que não saísse na imprensa, não sair nada. Eu saí de casa de madrugada. O Régis foi pego com maconha dentro do carro e poderia ser enquadrado como traficante. Ele foi liberado na condição e hoje está internado em uma clínica de reabilitação. Um grande jogador, que tinha um ótimo futuro, mas perdeu tudo. Se eu não tivesse cabeça, eu não estaria onde estou e não teria o que eu tenho. Bem ou mal, eu sabia me resguardar. Mas muitos não sabem.

Você conviveu com o Eurico Miranda como rival e como “companheiro” quando defendeu o Vasco. O que pode falar das duas faces do dirigentes?Se o Flamengo tivesse um dirigente como o Eurico, o Flamengo não estaria nessa situação. Teria mais torcedores, o seu estádio... Ele brigava pelo clube. Quando eu o enfrentei, ele provocou muito o Flamengo. Dizia que o nosso time era horrível. Aquele dia do tricampeonato, os jogadores do Vasco se aquecendo, ele dizia para os caras pararem porque o Vasco já era o campeão. Ele estava fumando um charuto e com aquele gol do Petkovic (aos 43 do segundo tepmo) eu nem sei onde ele colocou o charuto. Quando eu fui para o Vasco foi bem difícil. Ele peitou todo mundo e forçou a minha contratação. O tempo que eu estive lá eu nunca tive problema com ele e sempre fui muito bem tratado.

O Eurico foi o melhor dirigente que conheceu?Foi, com certeza.

E o pior?Os do Flamengo. Dirigentes, eles não foram quase nada. Só fachada. Não preciso nem citar os nomes (nos tempos de Flamengo, Beto trabalhou com os seguintes presidentes: Kleber Leite e Edmundo Santos Silva).

E quem é o melhor dirigente da atualidade?O trabalho que o Maurício Assumpção está fazendo no Botafogo é ótimo. Se tivéssemos esse trabalho naquela época, nós teríamos mais títulos. No Rio, o Maurício Assumpção é o melhor dirigente da atualidade. Eu o vejo centrado em metas para o clube. Em São Paulo também existem bons dirigentes.

Você comentou anteriormente que a rejeição era grande no Vasco. Como foi a sua chegada a São Januário?A rejeição no Vasco era de 80% quando surgiu o meu nome. Quando fui apresentado oficialmente, os torcedores estavam na sede da torcida, que era próxima de São Januário, e eu passei lá antes de ir para a apresentação. Eram uns 40 e eu estava no meio deles. Só ouvia os gritos: “Nós te odiamos. Você é flamenguista. Não gostamos de você”. Eu só pedi para eles não me agredirem e não arranharem o meu carro. Eles entenderam e disseram que não gritariam o meu nome, que eu teria que conquistar a torcida. Eu disse que conquistaria o pessoal no dia a dia. No jogo de estreia, eu fui mais ou menos. No segundo jogo, eu joguei bem e ganhei os torcedores. Acabei caindo nas graças dos vascaínos.
beto entrevista especial (Foto: André Durão/Globoesporte.com)
Beto e filho com quadro de algumas das medalhas conquistadas (Foto: André Durão/Globoesporte.com)
Já passou por essa situação na sua carreira de ser recebido pela torcida antes de ser apresentado de forma oficial pelo clube?Foi a primeira vez que eu passei por isso para jogar em um clube. Nenhum jogador que saiu do Flamengo e foi para o Vasco passou por tal situação. Por que eu? Deve ter sido pela declaração de que preferia jogar no Madureira e não no Vasco e por ter vencido tudo em cima deles. Joguei pelo Vasco a final contra o Flamengo e fui vice. Uma pena... Eu podia ficar fora de todos os jogos, menos dos clássicos contra o Flamengo. A torcida poderia achar que eu estava fazendo corpo mole, pensariam que eu era flamenguista mesmo.

Teve um episódio em que você apareceu com uma camisa do Flamengo no CT do Vasco. Você se recorda desta história?Troquei de camisa com o zagueiro Fernando. No dia seguinte, eu peguei a camisa na rouparia para dar para uns amigos da PM que foram ao Vasco-Barra. Tiraram fotos e isso deu uma repercussão muito grande. Chegaram a afirmar que eu estava devendo alguma coisa e estava pagando com a camisa. Do outro lado, o Fernando com a camisa do Vasco. Os torcedores queriam pegar ele. Acaba o jogo, todo mundo troca de camisa. Chegaram a falar que nós tínhamos feito de propósito. Temos amigos vascaínos, flamenguistas, que pedem camisas e nós fazemos isso direto após as partidas.

Ainda no Vasco você teve o Romário como treinador. Como foi a experiência?Como treinador ele é muito chato. É pior do que quando jogava. Ele só via você. Eram os mais experientes que tinham que falar. Quando você fazia algo errado, ele reclamava. Tenho viajado com ele atualmente, fiz uns dois jogos beneficentes com o Romário em Belém. Tem uma coisa nova nele que eu admiro que é o comprometimento. Está se comprometendo com tudo. Na época de treinar, ele não ia. Nós tínhamos que treinar por ele. Hoje, não. Quer dormir cedo, diz que não pode faltar aos compromissos, que não pode decepcionar as crianças.

Assim como você que deixou Cuiabá para atuar no Rio, o Botafogo teve outra revelação que é natural de Conceição do Araguaia, no Pará. Porém, no caso de Jobson, ele não soube aproveitar as oportunidades. Como vê o caso do jogador?Vejo com muita tristeza. É um jogador com futuro brilhante. As amizades e a cabeça fraca fizeram com que ele voltasse ao mesmo erro. Teve uma chance, a segunda chance, a terceira... Ele está tendo outra oportunidade e acho que, depois dessa, se cair no mesmo buraco ele não tem como sair. Ele mesmo vai fechar o mercado para ele. As pessoas que cercam o Jobson é que o derrubam. As pessoas que me cercavam é que tentavam me derrubar, mas não conseguiam. Eu via que estava no caminho errado e mudava o rumo. Se eu fosse para o mesmo caminho, eu não teria o que eu tenho, o meu patrimônio. Agradeço aos meus amigos e à minha família.

Que conselho daria ao Jobson?Afaste-se dessas pessoas e tente encontrar amigos que queiram ajudar. Coloque na balança quem quer te ajudar e quem quer te afundar. Não temos como discutir o futebol dele. Se ele tiver cabeça, vai longe.

Como você percebeu que estava se afundando?Você começa a ter um desempenho ruim nos jogos. As pessoas começam a falar mal no jornal, na TV. As portas vão se fechando. Depois que as portas se fecham, elas dificilmente voltam a se abrir. Coloquei a cabeça no lugar e comecei a me afastar, vi que as coisas estavam andando. Estava nas convocações de 95, 96, 97. Parei de ser chamado. Não fui para 1999, 2000... Quando vi uma matéria no “Jornal Nacional” da Seleção Brasileira participando da Copa, eu estava em casa bebendo cerveja, jogando pelada com os amigos. Lembro que fiquei triste... No ano seguinte, eu fui para a Copa América de 1999 com o (Vanderlei) Luxemburgo. O Leonardo (hoje dirigente do PSG da França) pediu dispensa, eu fui convocado. O Edilson (ex-atacante) foi cortado pelas embaixadinhas, e o Ronaldinho (Gaúcho) foi chamado. A partir dali, as coisas começaram a abrir. É badalação toda hora. Liga para o fulano, levam quem querem e é tudo na tua conta. Hoje, nós saímos com a esposa, com amigos...

Conheceu o Ronaldinho no início da carreira. Imaginava que ele seria o melhor do mundo?Quando eu cheguei ao Grêmio, os caras diziam que eu precisava ver um moleque da base. Diziam que o moleque era um fenômeno, só que estava com a Seleção. Quando ele chegou, vi que ele era chato, bom de bola. O futebol é assim. O Neymar disparou, e o Ganso ficou. Houve a época de Diego e Robinho. O Diego deslanchou na Alemanha, e o Robinho sumiu. Com o Ronaldinho era a mesma coisa. Só que ele não caiu.

É verdade que o Ronaldinho faz o sinal de reverência quando o encontra?Sempre ajudei o Ronaldinho no início, e ele nunca esqueceu isso. Ele diz para eu falar nas entrevistas. Onde eu estou, ele me abraça, gosta de ficar com o meu filho. Ele me trata com o maior carinho. São coisas que ficam marcadas. São poucos amigos que eu tenho, e o Ronaldinho é um deles.

O que acha do Neymar?Ele é diferenciado. Ainda não é parecido com o Ronaldinho daquela época. O Neymar joga demais, mas ainda tem uma diferença. O Neymar a cada dia está progredindo. Mas o que atrapalha um pouco é a pressão em cima dele, de que ele vai ter que resolver, vai fazer isso ou aquilo. Ele só tem 19 anos. Todos esperavam que ele fosse destruir na Copa América, mas não foi o que aconteceu no torneio. E isso gera críticas, rola aquela história de que joga bem no Santos e não no Brasil. Acontece com o Messi na Argentina e no Barcelona. Mas é preciso lembrar que ele não está cercado pelos mesmos jogadores.

Você foi companheiro do Túlio no Botafogo, na conquista do Brasileiro de 1995. Como vê a obsessão do atacante em chegar ao milésimo gol? O ajudou em quantos?Falei para o Túlio que depois que ele começou a fazer a propaganda dos carros, ele vai chegar aos mil vendendo automóveis. Até de amistoso de confraternização ele está contando os gols. Tenho participação em uns 20 gols do Túlio. Nos do Baixinho também (risos).

RECORDANDO!

Recordando
Década de 1980. Treino do Flamengo no Estádio Castelão. A partir da esquerda: Zico, Eli Maradona e Nunes. Época de ouro do Flamengo. Zico no Auge. O Mengo conquistou o título mundial de clubes no Japão. (Colaboração de Jurandy Neves).

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

É NATAL!

Flamengo tem a maior torcida na internet!

O Flamengo, com 15,54% dos votos, tem a maior torcida na internet, com larga margem sobre o Vasco (10,82%), segundo colocado. Corinthians (9,65%), e São Paulo (7,26%), vêm logo a seguir.
O resultado foi colhido após três dias de votação no iLanHouse, que promoveu um levantamento online para medir a popularidade dos times brasileiros na internet.
A enquete, encerrada no último minuto do dia 21/12/2011 recebeu mais de 266 mil votos de internautas de todo o país, respondendo a uma simples pergunta:

Qual é o seu time do coração?

Só era possível votar uma vez por máquina, repetições não foram computadas.
Veja abaixo o resultado final:

Após impasse, goleiro Felipe renova contrato por quatro anos com o Fla

Por Carlos Augusto Ferrari São Paulo
 

Felipe no treino do Flamengo (Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)
Felipe no treino do Flamengo
(Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)

Felipe vai continuar no Flamengo. Depois de uma reunião nesta quinta-feira com os representantes do jogador, no Rio de Janeiro, o Rubro-Negro acertou a compra de 100% dos direitos de seu camisa 1. O jogador, de 27 anos, permanecerá no clube por mais quatro temporadas. Para mantê-lo, o Fla vai desembolsar R$ 3 milhões.
- Acabo de receber meu presente de Natal: sou do Mengão até 2016 - escreveu o goleiro no Twitter.

O futuro de Felipe estava incerto desde o fim do Campeonato Brasileiro. O Flamengo tinha até o dia 31 de dezembro para exercer a preferência na compra dos direitos do jogador, vinculado ao Olé Brasil, clube de Ribeirão Preto. Neste período, ele chegou a ser sondado pelo Atlético-MG, mas as negociações não avançaram.
Felipe chegou ao clube no fim do ano passado cercado por desconfiança por conta do estilo polêmico e com a responsabilidade de usar a camisa 1 que era de Bruno, ídolo da torcida. A presidente Patricia Amorim telefonou para então presidente do Corinthians, Andrés Sanches, para pedir informações sobre o jogador. Como o goleiro e o dirigente são desafetos, a mandatária não ouviu boas referências, mas o Rubro-Negro firmou contrato de empréstimo com ele por uma temporada.
A identificação com o clube não demorou. Felipe conquistou a torcida ao ser decisivo em disputas de pênalti no Campeonato Carioca e teve participação importante na conquista do título invicto. No Brasileirão, mostrou-se seguro e praticamente não falhou. Das 69 partidas da equipe em 2011, entrou em campo 65 vezes. Ninguém do grupo jogou mais. 
Em nota oficial, os agentes confirmaram o acordo:

"A Think Ball & Sports Consulting, através de seus sócios (Marcelo Goldfarb, Marcelo Robalinho e Bruno Paiva), vem por meio desta anunciar a permanência do goleiro Felipe no Flamengo por mais quatro anos.

Confessamos que até poucos dias atrás estávamos pessimistas com o desfecho das tratativas. Porém, com a intervenção do vice-presidente financeiro, Michel Levy, que tomou a frente das negociações, as coisas mudaram de rumo e, felizmente, chegamos ao acerto.

Enfim, foi feita a vontade de Felipe, rubro-negro desde os primeiros passos".

Entrevista com Zico




O vídeo acima é uma possibilidade de Zico poder falar de muita coisa que anda errada lá na Gávea. Boa parte delas a gente evita comentar porque, convenhamos, não é um assunto que a gente goste. Mas é um assunto que o Flamengo precisa.

Atenção nos 33 min e em especial aos 35 min quando o maior ídolo do Flamengo diz o óbvio - que precisa ser explicado a algumas pessoas: que não precisa pedir permissão para falar do clube.

"O Vanderlei pode recuperar a relação com você"
Zico: "Todo mundo pode".

"E a Patrícia?"
Zico: "Acho difícil".

Ninguém precisa dizer "amém" para o que Zico - repito, o maior ídolo que o clube já teve - diz. Mas respeito é o mínimo. Pena que seja artigo em falta para muita gente da Gávea. Tristes tempos em que quem fez em campo precisa pedir "licença" para quem sempre fez tão pouco fora dele.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Mais um capítulo: Fla e Traffic tentam encerrar crise nesta quinta-feira

Por Richard Souza Rio de Janeiro
 

ronaldinho gaúcho vasco x flamengo (Foto: Maurício Val/VIPCOMM)
Ronaldinho está de férias e vai voltar a treinar em
3 de janeiro (Foto: Maurício Val/VIPCOMM)

A intenção é dar fim ao imbróglio que envolve os salários atrasados de Ronaldinho Gaúcho e acabar com a crise na parceria. Flamengo e Traffic têm um novo encontro marcado para esta quinta-feira, no Rio. O vice de finanças Michel Levy vai se reunir com o diretor Fernando Gonçalves. As partes buscam o entendimento para normalizar o pagamento do camisa 10. O jogador não recebe a maior parte do salário há quatro meses (R$ 3 milhões). A empresa de marketing esportivo parou de pagar os R$ 750 mil mensais que são de sua responsabilidade por estar insatisfeita com a postura do clube.
Na terça, Michel Levy falou com otimismo sobre o caso. Segundo ele, o acordo selado será um presente de Natal para os rubro-negros, que ainda não sabem se o atacante continuará no clube e cumprirá o contrato até o fim de 2014.
Na segunda, Levy se reuniu com a presidente Patricia Amorim e passou para a mandatária os detalhes da conversa que teve com o dono da empresa, J. Hawilla, na quinta passada, em São Paulo. O dirigente acredita que a crise com a empresa parceira na contratação de R10 será resolvida.

Onze meses depois da chegada de Ronaldinho, é um memorando que sustenta o vínculo. Quando sentaram para assinar um contrato, a Traffic quis renegociar questões técnicas ligadas a patrocínios, licenciamento de produtos e ao futuro programa de fidelidade para o torcedor. A partir daí, não houve mais acordo.

Bolívar: ‘Luxemburgo me colocou entre os primeiros da lista do Fla’

Por Luiz Antonio Barbará Santa Cruz do Sul, RS
 

Bolívar no treino do Internacional (Foto: Jefferson Bernades / Vipcomm)
Bolívar tem duas opções para 2012: ficar no Inter ou
ir para o Fla(Foto: Jefferson Bernades / Vipcomm)

Uma coisa é certa: em 2012, Bolívar jogará a Libertadores da América. Pelo Inter ou pelo Flamengo. Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, realizada em Santa Cruz do Sul, onde passa as férias com a família, o zagueiro colorado confirma o interesse do clube carioca e a conversa com Vanderlei Luxemburgo. Embora tenha afirmado que seu primeiro desejo ainda seja de permanecer no Beira-Rio, o zagueiro reconhece que gostou do contato com o técnico rubro-negro.
- Ele me colocou entre os primeiros da lista de contratações do Flamengo - conta. - Mas eu tenho dois anos de contrato com o Inter ainda e preciso sentar com o pessoal do Inter para poder conversar. Que seja uma coisa boa para o Inter e para mim
A decisão do destino do jogador deve ocorrer ainda no final deste ano. Confira mais trechos da entrevista:
GLOBOESPORTE.COM - Um dos assuntos que dominaram a semana é a sua saída do Inter rumo ao Bolívar Flamengo. Essa informação procede?
Bolívar -
Procede. Faz uns dias já que eu recebi uma ligação do próprio Luxemburgo, e a gente conversou por uns 20 minutos. Ele me contou o projeto que está montando para o Flamengo em 2012. Ele me colocou entre os primeiros da lista de contratações do Flamengo. Foi uma conversa bacana, mas eu tenho dois anos de contrato com o Inter ainda e preciso sentar com o pessoal do Inter para poder conversar. E que seja uma coisa boa para o Inter e para mim. Não tem nada definido ainda, mas é claro que eu fico feliz pelo interesse de uma grande equipe do Brasil. É muito importante quando as pessoas valorizam o seu trabalho e você poder atuar em um grande clube como o Flamengo, e ainda ser prioridade de um treinador considerado um dos melhores do Brasil.

E qual é o seu desejo? É ir para o Flamengo? Chegou a hora de avaliar que o momento no Inter acabou?Tenho contrato com o Inter, todos sabem do carinho e do respeito que tenho. São dois anos sendo capitão da equipe. Tenho admiração por todos e todos por mim. O próprio torcedor tem muita admiração por mim e pela história que construí no clube. A minha vontade é de permanecer, mas é claro que as condições que os outros clubes oferecem, de repente, o clube não consegue segurar o jogador. Mas, se for da minha vontade, eu quero permanecer. Quero cumprir o meu contrato, mas isso é um acerto entre as direções. Falei muito com o meu empresário (Neco Cirne). Durante essas duas semanas, ele esteve no Rio de Janeiro conversando com o pessoal do Flamengo e depois disso a gente senta para conversar com a direção para ver qual vai ser a ser a vontade deles.

A definição será uma notícia de ano novo ou pode vir antes?
Isso pode acontecer até o final desta semana ou início da outra semana.
saiba mais
Qual o balanço de 2011 para ti e para o Inter, foi um ano de altos baixos?
O início de temporada foi muito importante pela conquista do Campeonato Gaúcho. Pela situação, conseguimos dentro do Olímpico o título gaúcho. Logo depois veio a Recopa, ou seja, dois títulos importantes no ano não é para qualquer equipe. Tive meus problemas dentro de campo, e eu pedi o afastamento e, graças a Deus, estando em um bom momento eu pude retornar. Foi um ano positivo, de dois títulos e com a conquista da vaga para a pré-Libertadores.

O jogo contra o Santos no Campeonato Brasileiro deste ano, aquele 3 a 3, de certa forma foi um jogo emblemático na sua carreira e vida?
Eu acho que sim. Eu tinha marcado um gol, sofrido um pênalti, e acabaram me colocando a culpa por um gol feito pelo Santos. As pessoas, de repente, não viram o toque que o Nei deu. Parecia que estava errando com o pé em bola, mas não foi, foi um toque que o Nei deu. Mas isso é muito normal no futebol. Você vai ver várias situações de pessoas falhando. Todo mundo é ser humano. Nínguem erra por acaso, e a gente sempre tenta fazer o nosso melhor. Mas eu dei a volta por cima e retornei jogando. Entrei numa fase que a equipe não estava bem, precisando de resultados. E os resultados expressivos vieram, contra o Bahia, Botafogo - que nos deram condições de ir para a pré-Libertadores. Então, eu fico muito feliz por ter terminado o ano jogando, e ter colocado o Inter em mais uma Libertadores.

Quando você pediu o afastamento, onde foi o seu apoio, a base para superar o momento difícil? Foi com a família, com amigos, com os colegas de Inter?
A minha família. Sempre minha família em primeiro lugar. Quando eu pedi para parar, o Dorival não queria deixar, ele querida que eu continuasse jogando. A comissão técnica do Inter tem total confiança em mim. Mas eu pedi para parar também por questões pessoais. São coisas que acontecem no futebol. É como eu falei: tem que ser homem na hora que erra, e ser homem na hora de assumir uma decisão. Foi o que eu fiz. Se eu estou no lugar onde estou hoje, é porque sou um cara de personalidade, de característica muito forte.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Fla vai fazer oferta ao CSKA, mas antes quer conversar com Love

Por Richard Souza Rio de Janeiro
 

vagner love pelada Diego Souza Vasco (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)
Vagner Love está de férias no Brasil
(Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)

O Flamengo tem acompanhado as entrevistas de Vagner Love e entende a insatisfação do atacante com o clube. Internamente, é consenso que em algum momento o Artilheiro do Amor não recebeu a atenção que esperava do Rubro-Negro quando demonstrou interesse em voltar ao Brasil e à Gávea. A diretoria elabora uma proposta para apresentar ao CSKA Moscou, mas antes quer conversar com o jogador, que está de férias no Rio.
Os russos têm contrato com ele até 2014, mas não pretendem impedir os planos de Love e aceitam negociá-lo.
- O Love sempre foi algo que o Flamengo desejou. Fizemos uma proposta no primeiro semestre (em abril), mas os russos nem deram bola. Mas agora parece que ele está decidido a voltar. Vamos elaborar uma proposta, mas depende muito muito da conversa que vamos ter com ele, do acerto com o jogador. Hoje, o jogador é muito importante na negociação com os clubes, ainda mais com os russos, que são muito difíceis – disse o vice de finanças Michel Levy.
Em abril, o Flamengo enviou um fax ao CSKA e se propôs a pagar € 5 milhões (R$ 12 milhões) parcelados por 70% dos direitos econômicos do atleta. A oferta foi considerada muito baixa.
Como não foi procurado pelo Rubro-Negro, clube que defendeu em 2010, Vagner Love não descarta nenhuma opção. No último domingo, durante uma pelada organizada por Diego Souza, do Vasco, disse que não há preferência pelo Fla.
- Quero voltar, todos já sabem, mas tenho contrato, não é fácil. Vamos ver os próximos dias... Não há proposta, que eu saiba. Nada mesmo. Mas não tenho preferência. Qualquer um grande, mesmo o Vasco – disse o atacante, que teve passagem pelas categorias de base da Colina.
Em novembro, o Grêmio iniciou negociação para juntá-lo a Kleber no ataque para a próxima temporada, mas esbarrou nas dificuldades impostas pelo CSKA, que já recusou propostas de mais de R$ 40 milhões pelo jogador. O Tricolor gaúcho optou por contratar Marcelo Moreno. A equipe russa surpreendeu e avançou às oitavas de final da Liga dos Campeões, mas nem isso seduz Vagner Love a permanecer.