A maneira como Guerrero mostrou suas armas na vitória por 2 a 1 do Flamengo sobre o Internacional, quarta-feira, causou um impacto ainda mais forte aos corações de flamenguistas mais saudosos (e supersticiosos). Ao marcar um gol e dar um passe providencial para outro gol, o atleta peruano iniciou seu ciclo no clube da mesma forma que um centroavante que marcou época: Nunes.
Assim como Guerrero, Nunes desembarcou com a responsabilidade de suprir a carência da equipe em um artilheiro - único "empecilho" que o esquadrão de Zico, Júnior, Andrade e Adílio encontrava para engatar de vez na busca pelo (então inédito) título brasileiro. E, após poucos dias de treinamento, o centroavante (que vinha de boas passagens por Santa Cruz e Fluminense) já estava em campo pela primeira vez, em 30 de março de 1980, contra a Ponte Preta, no Maracanã.
Logo de início, o João Danado foi lançado por Tita e estufou a rede na saída de Carlos. A Ponte Preta reagiu, e igualou o marcador em seguida, com Serginho.
Só que Nunes ainda guardava fôlego e futebol para os rubro-negros. Após driblar quatro adversários, o centroavante serviu Zico, que finalizou com precisão. Odirley ainda fez a Macaca obter um empate em 2 a 2 no Maracanã. Mas o Flamengo "descobrira" um fazedor de gols e, contando com o "Artilheiro das Decisões", partia rumo ao seu primeiro título brasileiro.
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