terça-feira, 21 de julho de 2015

Demissão de caseiro que mora há 26 anos no Ninho do Urubu gera comoção no Flamengo

O presidente Eduardo Bandeira de Mello acompanha o treino no Ninho do Urubu: clube diz que demissão foi uma decisão administrativa.
O presidente Eduardo Bandeira de Mello acompanha o treino no Ninho do Urubu: clube diz que demissão foi uma decisão administrativa. Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo / 26.05.15

Apesar das duas vitórias seguidas (Náutico, pela Copa do Brasil; e Grêmio, pelo Brasileiro) o clima no CT do Ninho do Urubu é de apreensão. Não entre os jogadores, que estão com a corda mais frouxa no pescoço; mas entre os funcionários, pegos de surpresa com uma demissão.
Na sexta-feira, Seu Geraldo, caseiro do terreno do CT, foi chamado para uma conversa com o seu superior, encarregado de informar-lhe que o clube não conta mais com seus serviços. Ele trabalha há 26 anos para o Flamengo e mora no Ninho do Urubu pelo mesmo período. Segundo funcionários, a notícia o pegou de surpresa.

— A gente tem procurado conversar com ele. Até para se acalmar e saber como agir. Podem querer dar qualquer dinheiro na mão dele, e isso não compensa os anos que viveu na casa — disse um companheiro de trabalho.
Aos 66 anos, Seu Geraldo vive no local com a família. Como só deve comparecer ao departamento de recursos humanos hoje, ainda não sabe a causa da demissão e nem o que o clube tem a oferecer.
— Eu não posso sair assim. Tenho filho e esposa. Não podem me jogar na rua — disse.
A assessoria de imprensa do Flamengo informou que a decisão foi administrativa, após uma avaliação do desempenho dele.

Rafael Oliveira
extra.globo.com

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