Adílio é saudado por torcedores ao chegar em Juiz de Fora (Foto: Roberta Oliveira) |
Quando a van estacionou na Rua dos Guararapes, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, na tarde deste feriado do Dia do Trabalho, logo foi cercada por torcedores vestindo a camisa do Flamengo. Isso já era motivo suficiente para saber que dentro do veículo havia craques do clube carioca. Os torcedores queriam fotos - quem sabe uma selfie - tocar ou um simples olhar de alguns dos ídolos. Os primeiros a desembarcarem foram Andrade, que nasceu em Juiz de Fora, e Adílio. Os dois, acompanhados de Piá, Renato Carioca, Júlio César “Uri Geller”, Denilson e Marquinhos, estavam no time misto que enfrentou a equipe do Esporte Clube Benfica na festa de 78 anos do time mineiro. A principal atração de uma programação que incluiu momento cívico, homenagens e missa para o trabalhador.
Andrade e Adílio tiram foto com torcedores (Foto: Roberta Oliveira) |
– É um dia muito importante para nosso clube, com o destaque de ter a presença dos ex-jogadores que marcaram época no Flamengo. Trabalhamos para trazer o melhor para os moradores da região – contou a presidente Leila Ribeiro.
Um dos mais aclamados pelos torcedores presentes foi o juiz-forano Andrade, que jogou o primeiro tempo da partida festiva. Um dos craques da geração vencedora dos anos 1980 e que depois conquistou o Brasileiro pelo Flamengo como técnico em 2009, ressaltou que o retorno à cidade natal é marcado pela emoção do afeto que recebe dos torcedores.
– Onde nós vamos, sempre somos recebidos com carinho. Ainda mais na minha cidade, não é sempre que venho aqui. O carinho deles me enaltece como profissional por tudo que fiz. Eu parei tem uns 20 anos, e eles se lembram como se fosse hoje. Para mim, esse carinho, esse afago, isso não tem preço – comentou.
Com 615 jogos pelo Flamengo e as conquistas do Mundial Interclubes, da Libertadores de 1981 e de três títulos brasileiros em 1980, 1982 e 1983, o meio-campo Adílio afirmou que gosta muito de Juiz de Fora e agradece todo o afeto e respeito que recebe de torcedores, inclusive aqueles que não o viram jogar, mas sabem o que ele fez com a camisa rubro-negro
– Hoje ficou muito fácil, só procurar nosso nome na internet e a garotada fica sabendo de muita coisa, tudo aquilo que o pai contava. Fico muito feliz porque foi um trabalho que fizemos no passado e que está repercutindo no futuro. O Flamengo é um clube que aquece o coração de todos. A gente fica muito feliz de ter participado desta geração do Flamengo e ver que a cada ano que passa a torcida vai crescendo. A garotada nasce com uniforme, muitos deles fazendo homenagem aos nomes dos jogadores. O que foi feito no passado, foi muito bem feito – afirmou.
Na porta do vestiário, Robles Nery Lopes segurava o filho Matheus de Oliveira Lopes. Aos dez meses, devidamente a caráter, o bebê estava para encontrar o ídolo do pai.
– Quero mostrar para ele quem é o Júlio César. Matheus vai saber de tudo sobre o Flamengo e sobre estes craques. Sou fã deles. Só de imaginar que irei vê-los jogando aqui em Juiz de Fora dá vontade até de chorar. É tudo de bom – disse, emocionado, o pai de Matheus.
O ídolo do Robles e, em breve, do Matheus, Júlio César, agradeceu o carinho dos torcedor na cidade e da região.
– Nós estamos mesclados com o pessoal daqui, não é o máster completo, mas está valendo a pena, pelo social. Em todo o Brasil é assim, e eu destaco duas cidades do interior de Minas, Juiz de Fora e Uberlândia, onde todos são flamenguistas – comemorou.
A partida festiva, que encerrou as comemorações do aniversário do clube, terminou empatada em 1 a 1. Edvaldo abriu o placar para o Esporte Clube Benfica ainda no primeiro tempo, e Piá empatou no início da segunda etapa.
Por Roberta OliveiraJuiz de Fora, MG
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