sábado, 30 de maio de 2015

Com Laprovittola de MVP, Fla derrota Bauru e conquista tetracampeonato

Flamengo NBB 7 Campeão (Foto: Marcello Pires)
Jogadores do Fla comemoram o tetracampeonato (Foto: Marcello Pires)
Se o chocolate no primeiro jogo já havia causado um impacto grande, a exibição de gala do Flamengo neste sábado, no segundo jogo das finais do NBB 7, então, nem se fala. Mesmo numa temporada sem muito tempo para treinar, com altos e baixos e cheio de percalços, o time carioca mostrou a força de sua camisa e passou por cima dos adversários na hora da decisão. Sob os olhares do técnico da seleção brasileira, Rubén Magnano, e de mais de sete mil torcedores que lotaram o ginásio Municipal Neuza Galetti, os visitantes dominaram os donos da casa. Superiores do início ao fim, o Flamengo não deu a menor chance para Bauru, que novamente contou com Alex apagadíssimo no ataque - o ala anotou quatro pontos, pegou oito rebotes e deu duas assistências. Com a vitória por 77 a 67 (40 a 25), o Rubro-Negro fechou o confronto decisivo da temporada 2014/2015 do NBB em 2 a 0 e garantiu com sobras o tricampeonato. O Flamengo  chega ao seu quarto título em sete edições do NBB e supera Brasília, que tem três conquistas.

- É muito difícil se manter no topo. Estamos em um grande clube e isso nos motiva muito a continuar trabalhado. Só quem estava lá dentro sabe o quanto foi difícil essa temporada. A gente jogou mal em alguns jogos, mas sabíamos do nosso potencial e entramos com tudo nos playoffs. E no mata-mata jogamos um basquete digno de campeão. Isso é um time e isso é Flamengo - disse o capitão Marcelinho, único atleta a participar dos quatro títulos do time carioca no NBB.
Com 19 pontos, sete rebotes e quatro assistências, o armador Nico Laprovittola foi eleito o MVP das finais e recebeu o troféu das mãos do presidente da Liga Nacional de Basquete (LNB), Cássio Roque. O cestinha do jogo foi o americano Robert Day (Bauru), com 23 pontos. Ele foi o responsável pelo esboço de reação dos paulistas no período final, quando acertou quatro bolas de três pontos. Mas acabou eliminado com a quinta falta a pouco menos de cinco minutos para o fim da partida e o time paulista não teve forças para seguir pontuando.
Olivinha (17 pontos e oito rebotes) e Benite (15 pontos e seis rebotes) também se destacaram pelo lado carioca. Ricardo Fischer (14 pontos e cinco rebotes) e Larry Taylor (11 pontos, sete rebotes e seis assistências) responderam à altura pelo Bauru.
- Essa temporada não foi como a gente esperava na fase de classificação. A equipe foi montada para conseguir a primeira colocação, mas não conseguiu. Durante os playoffs, conversamos, crescemos e fizemos 3 a 0 em Limeira. Ganhamos muita confiança e, agora, dois jogos contra Bauru com total controle. A equipe se preparou muito bem para esses dois jogos e conquistamos o campeonato - disse Olivinha, um dos destaques da final.
A DECISÃO

Era o Bauru quem precisava desesperadamente da vitória, mas foi o Flamengo que entrou faminto disposto a liquidar logo a partida. Como no jogo 1, o time carioca conseguiu um incrível aproveitamento acima dos 60% nos arremessos de quadra e abriu 14 pontos no primeiro quarto. Guerrinha parou o jogo duas vezes, trocou três de uma só vez, mas nada adiantou. Bauru continuou "amassando o aro". Com o lotado Ginásio Neuza Galetti calado, os rubro-negros venceram o primeiro quarto por 25 a 11. A vantagem não era apenas numérica. Mas também moral. Era visível o abatimento e o desânimo dos jogadores do time paulista após cada erro. Parecia que o filme da primeira partida retornava com força na cabeça de cada um.

Com Alex apagado e uma defesa fácil de ser vazada, o time paulista estava entregue e não respondia aos pedidos do técnico Guerrinha. Sem necessidade, o Flamengo passou a forçar bolas de três. Mas o Bauru não aproveitou o único momento de descontrole dos cariocas. Uma bola de três de Laprovittola no estouro do cronômetro levou os visitantes para o vestiário vencendo por 15 pontos (40 a 25).
As duas equipes voltaram do intervalo cometendo muitos erros e passaram os dois primeiros  minutos sem pontuar. Hettsheimeir tirou o zero do placar no segundo tempo com um lance livre convertido, mas com uma bola de três de Marcelinho no ataque seguinte, o Flamengo abriu 17 pontos de frente. Guerrinha fazia o possível, mas seus jogadores erraram demais. Já Marcelinho não estava nem aí e acertou duas bolas de três seguidas. Mesmo as três faltas de Laprovittola, que o deixavam no banco, os visitantes não tiraram o pé do acelerador e terminaram o terceiro período com 23 pontos de vantagem (62 a 39).
Como na primeira partida da série, o desânimo tomou conta do time paulista. Mesmo com o jogo nas mãos e o título praticamente assegurado, o Flamengo voltou para o quarto período com a mesma intensidade e aumentou a vantagem, que chegou a 26. Mas Bauru era valente e com uma corrida de 19 a 8 diminuiu o prejuízo para apenas 12 pontos, após quatro bolas de três de Robert Day. Mas o americano cometeu sua quinta falta na sequência e saiu de quadra. As bolas de fora pararam de cair, e, sob a conduta refinada de Laprovittola, o Flamengo dosou os minutos finais para levar mais uma. A luta valeu, mas era tarde para tirar o tricampeonato do Flamengo. 

BAURU: Ricardo Fischer (14), Alex (7), Robert Day (23), Hettsheimeir (10) e Murilo (2). Técnico: Guerrinha. Entraram: Larry Taylor (11), Mathias (0) e Gui Deodato (0)
FLAMENGO: Laprovittola (19), Marquinhos (6), Benite (15), Olivinha (17) e Meyinsse (8). Técnico: José Neto. Entraram: Gegê (0), Cristiano Felício (3), Marcelinho (8) e Herrmann (1)
Por Direto de Marília, SP

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