Mascote
O primeiro mascote do Flamengo foi o marinheiro Popeye, personagem de quadrinhos na década de 40, e posteriormente de desenhos animados. A ideia para o mascote partiu do chargista argentino Lorenzo Mollas, que viu no Popeye a força e a persistência do Flamengo, além de sua óbvia ligação com o mar. No entanto, não havia ainda uma verdadeira identidade entre o mascote e o clube.
Na década de 60, as torcidas rivais, como forma de provovação, chamavam os torcedores do Flamengo de "urubus". Era uma forma de ridicularizar uma torcida popular, formada em sua maioria por afrodescendentes e pessoas de baixa renda. Mas um grupo de torcedores rubro-negros decidiu subverter a provocação e levar um urubu para o Maracanã no dia de um Flamengo x Botafogo. A ave foi solta, voou sobre com uma bandeira do Flamengo presa ao corpo e pousou no gramado antes do jogo começar. Foi o bastante para a torcida fazer a festa, vibrar e gritar: "é urubu, é urubu!".
O Flamengo venceu o jogo por 2 a 1 e quebrou o tabu de nove jogos sem vitória sobre o rival. A partir daí, o novo mascote consagrou-se. Cartunista rubro-negro, Henfil tratou de humanizá-lo em suas charges esportivas em jornais e revistas, e desde então o urubu tornou-se um mascote popular.
O jogo da consagração do novo mascote:
Flamengo 2 x 1 Botafogo (RJ)
Campeonato Carioca, 2° turno
01/06/1969 - Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro
Time: Dominguez, Murilo, Guilherme, Onça, Paulo Henrique, Liminha, Rodrigues Neto, Doval, Dionísio, Luís Claudio e Arilson
Gols: Arilson e Doval
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