Guerrero foi expulso contra o Grêmio, e time perdeu por 2 a 0 (Foto: GUSTAVO GRANATA / AGIF / ESTADÃO CONTEÚDO) |
A derrota por 2 a 0 para o Grêmio praticamente encerrou, de forma melancólica, o ano do Flamengo. Matematicamente ainda há chance, mesmo que mínima, de alcançar o G-4 do Campeonato Brasileiro, mas até o matemático Tristão Garcia projeta que o Rubro-Negro não tem mais nada a fazer na competição. Em análise em seu site, o Infobola, que leva em conta a campanha e os próximos adversários, Tristão considera o Fla como figurante nas últimas cinco rodadas, sem brigar por vaga na Libertadores nem correr risco de rebaixamento.
O revés em Porto Alegre foi o sétimo nas últimas oito partidas. O time que chegou a ficar duas rodadas na zona da Libertadores hoje está a nove pontos do quinto colocado, já contando com a possibilidade de o G-4 virar G-5 por conta da Copa do Brasil. A torcida, que chegou até a sonhar com título após seis vitórias seguidas no início do segundo turno, vai fechar 2015 bastante frustrada e bem longe de ter comemorado um título. Com performances no máximo de um coadjuvante, o Flamengo foi eliminado do Carioca na semifinal e da Copa do Brasil nas oitavas, ambos para o Vasco, e é apenas 11° no Brasileirão.
Após perder para o Grêmio, o técnico Oswaldo de Oliveira disse que ainda precisaria estudar a tabela e os resultados da rodada para ver o que será feito nas últimas partidas.
- Sinceramente ainda não pensei nisso. Ainda tenho que analisar a tabela, ver todos os jogos de hoje. Enquanto tivermos alguma condição (de G-4), vamos lutar por isso. Vamos trabalhar para reerguer a equipe. Em primeiro lugar, tentar vencer a próxima partida. Partindo desse ponto, vamos ver o que pode ser feito - afirmou, em coletiva de imprensa.
Insatisfação com o elenco
Assim como acontece com a torcida, o sentimento da diretoria rubro-negra em relação ao Brasileiro é de frustração. Nos bastidores, os dirigentes acreditam que o campeonato foi favorável ao Flamengo, com os concorrentes diretos pelo G-4 perdendo muitos jogos, mas que o clube da Gávea não soube aproveitar e tropeçou nas próprias pernas. Algumas partidas, como contra Coritiba (0x2 em Brasília) e Figueirense (0x3 em Florianópolis), foram consideradas cruciais para a derrocada da equipe.
A principal insatisfação é com o elenco, que passará por reformulação. Dos jogadores que estão afastados por terem participado de uma festa na última terça, o atacante Paulinho é um dos primeiros que devem ser negociados. O meia-atacante Everton, por sua vez, tem proposta do Tianjin Songjiang, time da segunda divisão da China que contratou recentemente o técnico Vanderlei Luxemburgo, e está com a transferência bem encaminhada para a próxima janela. Quanto aos demais, os laterais Armero e Ayrton, por exemplo, têm seus contratos de empréstimo terminando no fim deste ano e dificilmente permanecerão. E outros mais devem sair.
Diretoria deve tirar Oswaldo e manter Caetano
Se uns vão, outros vêm. O Flamengo neste momento tem negociações avançadas com dois jogadores para reforçar o time em 2016: o volante Willian Arão, do Botafogo, e o lateral-direito Yago Pikachu, do Paysandu. As conversas com o zagueiro Cleber, do Hamburgo, chegaram a progredir bem, mas esfriaram após novas pedidas financeiras do clube alemão e da empresa que gerencia a carreira do jogador. O Rubro-Negro irá atrás de mais nomes no mercado.
No comando técnico, a tendência é que Oswaldo de Oliveira não permaneça para a próxima temporada, apesar de ter contrato até o fim de 2016. O trabalho dele, que teve início arrasador, passou a ser muito questionado internamente após a sequência negativa de resultados. O nome de Muricy Ramalho, flerte antigo que está sem clube, é o que aparece mais forte entre as possibilidades. Já o caso do diretor executivo Rodrigo Caetano é diferente. Ele tem contrato até o fim deste ano e tem vontade de ficar, e a diretoria tem se manifestado a favor da renovação.
As cinco últimas partidas podem servir para que sejam feitos testes na equipe, já projetando 2016. A torcida não vê a hora de começar uma nova temporada, de preferência totalmente diferente. Com decepções aos montes, de fato foi um ano para esquecer.
Por Ivan RauppPorto Alegre
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