Foi muito mais emocionante e difícil do que o Flamengo esperava. Mas
em tempos que o futebol figura na zona de rebaixamento do Brasileirão de
futebol, como a própria torcida gritou em alto e bom som, o basquete é o
orgulho da nação. O Rubro-Negro, mais na garra e no coração do que na
técnica, venceu o Paulistano por 78 a 73, na Arena da Barra, no Rio de
Janeiro, e faturou o tricampeonato do NBB. Para completar a festa, a
provocação durante a comemoração dos no meio da quadra com o canto:
"Isso aqui não é Vasco, isso aqui é Flamengo".
Capitão do Flamengo, Marcelinho levanta o troféu de campeão do NBB 6 (Foto: André Durão / Globoesporte.com) |
Aos
39 anos, Marcelinho foi o cestinha da partida com 16 pontos ao lado do
pivô americano Jerome Meyinsse. Marquinhos, que neste sábado completou
30 anos, viveu um dia especial. Foi um dos mais abraçados pelos
companheiros e escutou um caloroso "parabéns pra você" da arquibancada.
Nico Laprovittola, um dos mais queridos da torcida, também parecia uma
criança pulando e correndo de um lado para o outro durante a festa. Ao
Paulistano, restou o orgulho de ter lutado bravamente até o fim. A
equipe paulista, que pela primeira vez chegou à decisão do NBB, teve em
Holloway e Dawkins seus principais jogadores. Mas mostrou ser muito mais
do que a dupla americana. Pilar, Renato e César podem não ser tão
habilidosos, mas têm muita garra. E valorizaram ainda mais a vitória
rubro-negra.
O título coroa a bela temporada dos cariocas, que,
além de igualar a marca do Brasília com três títulos do NBB em seis
edições, venceram o Campeonato Estadual e a Liga das Américas. O
Flamengo ainda vai disputar, em setembro, o Mundial de Clubes contra o
Maccabi Tel Aviv, de Israel.Jogadores do Flamengo comemoram no centro da quadra e provocam o Vasco (Foto: André Durão / Globoesporte.com) |
equilíbrio e bola entre as pernas
Foi
um início nervoso. Sozinho, Marcelinho errou um arremesso de três
pontos para o Flamengo. Mineiro desperdiçou dois lances livres para o
Paulistano. O primeiro ponto só veio com Olivinha, com quase dois
minutos de jogo. Mas o Rubro-Negro dominava o garrafão e deixava o
técnico Gustavinho irritado à beira da quadra.
saiba mais
- Quer sair? Quantos rebotes você já pegou? - gritou para Renato.
Quando o Flamengo abriu 15 a 4, Gustavinho pediu tempo. E resolveu trocar. Tirou Mineiro e colocou Labbate. Não adiantou muito. Olivinha e Meyinsse seguiam dominando os rebotes. A diferença é que Holloway começou a jogar. O americano fez 11 dos 17 pontos dos paulistas no primeiro quarto, que terminou 22 a 17 para o Flamengo, embalado pelos cerca de 15 mil torcedores presentes na Arena da Barra.
Antes do início do segundo quarto, Oscar Schmidt entrou em quadra para entregar o troféu, que leva o seu nome, ao cestinha da sexta temporada do NBB, o americano Shamell, do Pinheiros, que teve uma média de 20,77 pontos por jogo. O maior jogador brasileiro de todos os tempos, que por muitos anos defendeu o Flamengo, foi ovacionado pelos torcedores.
Quando o Flamengo abriu 15 a 4, Gustavinho pediu tempo. E resolveu trocar. Tirou Mineiro e colocou Labbate. Não adiantou muito. Olivinha e Meyinsse seguiam dominando os rebotes. A diferença é que Holloway começou a jogar. O americano fez 11 dos 17 pontos dos paulistas no primeiro quarto, que terminou 22 a 17 para o Flamengo, embalado pelos cerca de 15 mil torcedores presentes na Arena da Barra.
Antes do início do segundo quarto, Oscar Schmidt entrou em quadra para entregar o troféu, que leva o seu nome, ao cestinha da sexta temporada do NBB, o americano Shamell, do Pinheiros, que teve uma média de 20,77 pontos por jogo. O maior jogador brasileiro de todos os tempos, que por muitos anos defendeu o Flamengo, foi ovacionado pelos torcedores.
Mas
veio o segundo quarto, e o jogo mudou. Os “barbudos” do Paulistano
começaram a ajudar mais Holloway. Pedro, Pilar, Pedro, Labbate e Renato,
os jogadores que deixaram de fazer a barba no início dos playoffs como
uma promessa pelo título, cresceram na defesa e no ataque. Gegê tentou
usar a velha catimba para desconcentrar Pilar, mas o camisa 11 do
Paulistano não caiu na armadilha. Tudo isso depois de um dos poucos
lances de habilidade, e não força, do segundo quarto, quando
Laprovittola jogou a bola entre as pernas de Labbate. A torcida, lógico,
vibrou. Assista ao vídeo!
Faltando seis
minutos, a equipe paulista passou pela primeira vez à frente: 27 a 25.
Isso sem Holloway em quadra, já que o americano descansou boa parte do
período. Mas vibrava a cada ponto dos companheiros.
Laprovittola comanda o ataque rubro-negro contra o Paulistano (Foto: Luiz Pires / LNB) |
José
Neto resolveu promover a volta de Benite, que se recuperou de uma séria
lesão no joelho esquerdo e voltou a jogar depois de seis meses longe
das quadras. O ala só tinha disputado três jogos neste NBB. Mas sem
ritmo não conseguiu fazer muita diferença. A torcida rubro-negra, que
cantava animada antes, se calou por alguns instantes. Era o sinal de que
o jogo, até então com um início tranquilo para o Flamengo, estava mais
equilibrado e tenso.
Os donos da casa falhavam muito nos lances livres. No primeiro tempo, tiveram aproveitamento de apenas 55,8%, acertando 10 em 18. E foram superados também nos rebotes. O Fla pegou 15 contra 20 do Paulistano. Com isso, a equipe paulista foi para o vestiário dois pontos na frente: 40 a 38.
Os donos da casa falhavam muito nos lances livres. No primeiro tempo, tiveram aproveitamento de apenas 55,8%, acertando 10 em 18. E foram superados também nos rebotes. O Fla pegou 15 contra 20 do Paulistano. Com isso, a equipe paulista foi para o vestiário dois pontos na frente: 40 a 38.
torcida acorda. flamengo também
O
jogo seguiu equilibrado no terceiro quarto. Mas a torcida rubro-negra
acordou após uma cesta de três de Marcelinho. E começou a gritar em alto
e bom som. A Arena da Barra virou um caldeirão. Porém, o Paulistano não
sentiu a pressão. O jogo ficou lá e cá. Nervoso e com muitas faltas. O
que acabou complicando para os visitantes. Faltando seis minutos,
Mineiro e Pilar saíram de quadra com quatro faltas. A equipe paulista
perdeu força no garrafão. Meyinsse passou a dominar os rebotes. Felício
fez seis pontos.
Jogo duro: Olivinha briga com Dawkins pela bola (Foto: André Durão / Globoesporte.com) |
Mas
o Flamengo continuou falhando nos lances livres. O baixo aproveitamento
(apenas 50% no terceiro quarto) evitou que a equipe abrisse no placar. A
partida passou a se concentrar no garrafão. Os dois times tentavam
infiltrações em busca de faltas. Gustavinho reclamava a cada falta
marcada a favor do Flamengo. E foram muitas. Marcelinho reclamou com o
árbitro:
- Vai deixar ele falar assim com você? Eu ouvi o que ele disse - gritou.
A
arbitragem não deu bola para o rubro-negro. E no jogo pegado, o
Flamengo saiu vencendo. Terminou o terceiro quarto na frente: 60 a 57.
Veio
o último e decisivo quarto, e o Flamengo conseguiu abrir seis pontos
após Dawkins errar uma bandeja fácil. Benite entrou no jogo e fez cinco
pontos seguidos, que deram um gás ao Rubro-Negro. O jogo passou a ser
mais no coração do que na técnica. E isso o Flamengo tinha. Ainda mais
apoiado pela torcida.
O Fla conseguia manter a vantagem. Pilar saiu da partida com cinco faltas. Por outro lado, Olivinha e Meyinsse voltaram para quadra. Nico chamou os dois. Falou para a dupla forçar mais o jogo no garrafão. Mas em um apagão rubro-negro, o Paulistano conseguiu se aproximar com uma bandeja de André.
Faltando 1min40s para o fim da partida, a vantagem rubro-negra era só de um ponto: 72 a 71. Marcelinho sofreu falta e acertou apenas um lance livre. Holloway fez o mesmo em seguida. Partiu para cima e sofreu falta de Shilton. Mas acertou os dois e o jogo ficou empatado: 73 a 73.
O Paulistano tentou apertar a marcação. Dawkins fez falta em Laprovittola. Mais dois lances livres. Que o argentino converteu. Renato arriscou uma bola de três, mas errou. Marcelinho fez o mesmo. Errou, mas o rebote ficou com o Flamengo. E em seguida o próprio Marcelinho cavou uma falta faltando 14 segundos para o final. A torcida começou a gritar “seremos campeões”. E o camisa 4 acertou os dois tiros livres, abrindo quatro pontos de frente.
Tempo para Gustavinho. Ao Paulistano restava arriscar. André tentou de três desequilibrado. Errou. Marcelinho pegou o rebote e sofreu falta. Faltavam oito segundos no cronômetro. E a torcida já gritava sem medo: tricampeão!
O Fla conseguia manter a vantagem. Pilar saiu da partida com cinco faltas. Por outro lado, Olivinha e Meyinsse voltaram para quadra. Nico chamou os dois. Falou para a dupla forçar mais o jogo no garrafão. Mas em um apagão rubro-negro, o Paulistano conseguiu se aproximar com uma bandeja de André.
Faltando 1min40s para o fim da partida, a vantagem rubro-negra era só de um ponto: 72 a 71. Marcelinho sofreu falta e acertou apenas um lance livre. Holloway fez o mesmo em seguida. Partiu para cima e sofreu falta de Shilton. Mas acertou os dois e o jogo ficou empatado: 73 a 73.
O Paulistano tentou apertar a marcação. Dawkins fez falta em Laprovittola. Mais dois lances livres. Que o argentino converteu. Renato arriscou uma bola de três, mas errou. Marcelinho fez o mesmo. Errou, mas o rebote ficou com o Flamengo. E em seguida o próprio Marcelinho cavou uma falta faltando 14 segundos para o final. A torcida começou a gritar “seremos campeões”. E o camisa 4 acertou os dois tiros livres, abrindo quatro pontos de frente.
Tempo para Gustavinho. Ao Paulistano restava arriscar. André tentou de três desequilibrado. Errou. Marcelinho pegou o rebote e sofreu falta. Faltavam oito segundos no cronômetro. E a torcida já gritava sem medo: tricampeão!
escalações
Flamengo: Laprovittola, Marquinhos, Marcelinho, Olivinha e Meyinsse. Depois: Shilton, Gegê, Washam e Benite. Técnico: José Neto.
Paulistano: Dawkins, Holloway, Pilar, Renato e Mineiro. Depois: Gemerson, Pedro, César, Labbate e André. Técnico: Gustavo De Conti.
Paulistano: Dawkins, Holloway, Pilar, Renato e Mineiro. Depois: Gemerson, Pedro, César, Labbate e André. Técnico: Gustavo De Conti.
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