quinta-feira, 22 de maio de 2014

Alvo da torcida, Bandeira evidencia descontentamento: "Não vou falar"

Por Rio de Janeiro

No olho do furacão rubro-negro, Eduardo Bandeira de Mello preferiu o silêncio quase absoluto. Quase. Abordado pela imprensa, nesta quarta-feira, no vestiário do estádio Moacyrzão, em Macaé, o dirigente deixou claro que está descontente nas poucas palavras trocadas. Ficou no ar, entretanto, a dúvida se a insatisfação é com a equipe ou a arbitragem do empate por 1 a 1 com o Bahia, pela sexta rodada do Brasileirão.

Em rápido questionamento, o presidente do Flamengo disse:

- Não vou falar. Se eu for falar hoje, vou falar besteira. Melhor ficar calado.
Protesto Torcida Flamengo (Foto: Carlos Mota)
Protesto da torcida após o empate é direcionado a Bandeira de Mello (Foto: Carlos Mota)

Em seguida, Eduardo Bandeira de Mello foi perguntado se queria dar algum posicionamento a respeito dos protestos que recebeu do torcedor no domingo, após a derrota para o São Paulo, e novamente nesta quarta, em Macaé. A resposta também foi rápida:
- Isso eles (torcedores) têm razão. O problema é isso aí que vocês viram - disse apontando em direção ao campo e deixando o local acompanhado por seguranças.

Isso eles (torcedores) têm razão. O problema é isso aí que vocês viram
Eduardo Bandeira de Mello
A dúvida a respeito do descontentamento de Bandeira de Mello se dá pelos questionamentos dos rubro-negros sobre a arbitragem depois do empate. Em entrevista coletiva, Ney Franco disse que o gol de igualdade dos baianos saiu sem falta inexistente de Samir em Henrique. Há ainda quem cobre um pênalti não marcado de Titi em Alecsandro. Por outro lado, o Flamengo novamente teve uma atuação abaixo da média, com menos posse de bola e somente três finalizações, diante de 24 dos rivais.

Com cinco pontos em seis partidas no Brasileirão, o Flamengo pode terminar a rodada na zona de rebaixamento. Nesta quinta-feira, o elenco retorna para o Rio de Janeiro, onde inicia os trabalhos visando o jogo com o Santos, domingo, no Morumbi. Até a parada para Copa, há ainda compromissos com o Figueirense e o Cruzeiro. Nos próximos dez dias, o Rubro-Negro mais do que nunca tem que aprender a vencer, e a realidade já foi mostrada pelas arquibancadas: é de pressão.

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