A vida de Zico virou samba e foi contada no início da
madrugada desta terça-feira, na Marquês de Sapucaí. Quarta escola a
entrar na avenida, a Imperatriz Leopoldinense homenageou o eterno camisa
10 do Flamengo com o enredo "Arthur X - O Reino do Galinho de Ouro na
Corte da Imperatriz”. Amigos e ex-companheiros de Zico participaram do
desfile e reverenciaram o craque. Roberto Dinamite, Rivellino, Edmundo,
Gonçalves, Deco, Amarildo e Júnior foram alguns dos convidados.
Zico, o grande homenageado do segundo dia de desfiles no Rio de Janeiro (Foto: André Durão) |
Roberto Dinamite, presidente do Vasco:
-
É uma homenagem a um grande ídolo, grande jogador e um grande homem.
Isso é motivo de orgulho, essa é minha retribuição, participando do
enredo da Imperatriz, como gratidão por tudo que ele fez dentro do
campo, como grande adversário que foi e ao mesmo tempo por ter
participado da minha partida de despedida. Sem sombra de dúvida foi um
grande jogador por quem eu tinha e tenho o maior respeito e que me
motivou e muito nos grandes clássicos entre Vasco e Flamengo. Tenho uma
lembrança bastante positiva de tudo que conseguimos proporcionar aos
torcedores, levando mais de 100 mil, 150 mil torcedores. Não poderia
estar ausente nessa homenagem para ele.
Roberto Dinamite posa com o presidente rubro-negro, Eduardo Bandeira de Mello (Foto: André Durão) |
Gonçalves, ex-zagueiro de Flamengo e Botafogo:
-
É uma honra, uma alegria muito grande, porque o Zico foi um grande
espelho na minha carreira. Quando comecei no Flamengo em 1987, ele
estava no Flamengo, pude aprender muitas coisas com ele, um exemplo de
profissionalismo, de dedicação, de amor à camisa. E um dos grandes
jogadores do futebol brasileiro que eu vi jogar de todos os tempos. Não
só pelo Flamengo e pela Seleção, mas treinando todos os dias. Foi
importante na minha formação, tive o prazer de tê-lo do meu lado no
começo da minha carreira.
Rivelino: 'Só o Galo para me tirar da minha casa' (Foto: André Durão) |
Roberto Rivellino, tricampeão do mundo:
-
Um camisa 10 que marcou a história do futebol brasileiro e fico muito
feliz de estar participando dessa homenagem para ele. Eu gosto de
carnaval, mas paulistano não é muito do samba, né? Eu gosto de ver,
aprecio samba no pé. É minha estreia. Só o Galo para me tirar da minha
casa para fazer o que estou fazendo. Se fosse outra pessoa,
sinceramente, não viria, não.
Deco, ex-jogador do Fluminense e da seleção portuguesa:
-
É uma honra. Zico é uma referência, é um símbolo mundial. É uma geração
que vi jogando, esse fenômeno. Só tenho que agradecer pelo convite
estou muito feliz. Nasci em 77, dos meus sete anos até os 15, 18, foi
onde vi ele jogando. Era um momento de moleque, meu ídolo de infância.
Dá para imaginar o quanto é um orgulho para mim.
Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo:
Junior desfilou no carro em homenagem aos campeões de 1981 (Foto: André Durão) |
-
Zico merece qualquer homenagem, é o maior ídolo do Flamengo, o
personagem mais ilustre da história do Flamengo, tem mais é que ser
homenageado sempre. Fico muito feliz de estar aqui participando.
Júnior, ex-lateral do Flamengo e da Seleção:
-
Emoção de mais de 40 anos de amizade. Como amigo me sinto privilegiado
de estar aqui, ainda mais que a gente teve tantas aventuras juntos. Mais
uma na Sapucaí.
Leandro, ex-lateral do Flamengo e da Seleção:
-
Muito emocionante, me sinto honrado por participar dessa homenagem ao
Zico, homenagem justíssima, meu ídolo. Passamos por muitas emoções
juntos e hoje mais uma aqui. Zico representou tudo na minha vida. Foi
praticamente o responsável por me levar ao Flamengo. Pedi para treinar
no clube porque vi que seria uma oportunidade maior de conhecer o Zico.
Irmão de Zico, Edu desfilou logo no início (Foto: André Durão) |
Edu, irmão de Zico:
-
Zico é o caçula, o mais mimado, paparicado, e aquele que aprendeu tudo.
Teve a inteligência de tirar dos irmãos mais velhos as virtudes e não
usou os defeitos. Daí se tornou perfeito no futebol. O fato de não ter
sido campeão do mundo não diminui em nada aquilo que foi para o futebol
brasileiro e mundial. Deveria ter sido, mas azar da Copa, que não teve
Zico como campeão do mundo.
Amarildo, campeão do mundo em 1962:
- Primeira vez que desfilo, uma coisa emocionante. Quem dera se a Imperatriz fosse campeã.
Edmundo, ex-atacante de Vasco, Flamengo e Fluminense:
-
Zico é um ídolo, sempre foi uma inspiração. Foi muito lindo. Demais ver
o pessoal vibrando nas arquibancadas. Mas deu para cansar, viu. A idade
chegou!
Nenhum comentário:
Postar um comentário