O retorno de Everton ao Flamengo tem sido marcado por coincidências e a
oportunidade de passar o passado a limpo. Depois de estrear em um Fla-Flu,
assim como em 2008, o meia poderá, enfim, disputar uma Libertadores com a
camisa rubro-negra. Em 2010, então campeão brasileiro, ele abriu mão da
oportunidade de disputar a competição e trocou a Gávea justamente pelo futebol
do México, país para o qual retorna para enfrentar o León, quarta-feira, no Nou
Camp. A passagem pelo local fez com que o jogador recordasse o período no
Tigres e justificasse as atuações apagadas após ser comprado pela bagatela de
R$ 10 milhões.
- Na época que vim para o México, era muito novo. A expectativa era
muito grande. Tive duas contusões que me atrapalharam. A imprensa também tratou
de ajudar a dificultar, inventou muita coisa. Eles achavam que eu tinha que vir
e driblar os dez. Não é assim, a equipe não estava bem. Mas isso é passado.
Agora, é outra história.
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| Everton ainda guarda lembranças da passagem pelo México (Foto: Cahê Mota) |
O vínculo com o clube de Monterrey durou quatro anos, até o Flamengo
recomprá-lo por R$ 4 milhões. O período, no entanto, foi marcado por
empréstimos ao futebol coreano, ao Botafogo e ao Atlético-PR. No Tigres mesmo,
foram poucas atuações, todas em 2010, e muita cobrança. Do período no México,
Everton guarda pouca saudade, mas algumas informações que podem ser úteis
diante do atual campeão local.
- O grupo está muito focado. Sabemos da dificuldade que vamos
enfrentar, contra uma equipe bem armada, mas estamos preparados. O futebol
mexicano é muito rápido, que marca bastante. Tive um ano aqui. Eles jogam com o
torcedor, mas temos que saber que é o Flamengo que está aqui e temos condição
de conseguir a vitória. Imagino que o León vá marcar muito, marcar
pressionando. Temos que ser inteligentes e saber que eles foram campeões
mexicanos e têm muita qualidade.
Em León, o Fla deve enfrentar uma atmosfera de pressão, com um estádio
lotado, sem alambrado e com a arquibancada próxima do campo. Ainda assim,
Everton acredita que é preciso entrar em campo com ousadia para abrir a
Libertadores com vitória.
- Onde o Flamengo jogar, tem que vencer. A pressão é grande, a cobrança
também. Estamos jogando fora de casa, tivemos muita dificuldade para chegar
aqui, mas é o Flamengo. Estamos representando uma torcida gigantesca e
esperamos vencer.
Flamengo e León se enfrentam na quarta-feira, às 22h (de Brasília) -
18h, horário local -, no Estádio León, apelidado de Nou Camp, pela primeira
rodada do Grupo 7 da Libertadores. Emelec e Bolívar completam a chave, e jogam
sexta-feira, no George Capwell, em Guayaquil.
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