quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Soberano, Flamengo vence Minas na Gávea e leva o bicampeonato da LDB

Flamengo é campeão da LDB (Foto: Fabio Leme)
Flamengo é campeão da LDB (Foto: Fabio Leme)
A expectativa era de um jogo disputado, até por ser uma final de Liga de Desenvolvimento de Basquete (LDB). Mas não foi isso que se viu na quadra do ginásio Hélio Maurício, na Gávea. O que aconteceu foi uma garotada do Flamengo muito mais ambiciosa e com mais vontade de celebrar a virada de ano do que a do Minas. Em mais de 30 minutos de partida, os mandantes, empurrados pela sua fanática torcida, que compareceu em grande número, foram absolutos, nunca ameaçados e faturaram o bicampeonato em três edições do torneio, com a vitória por 51 a 42 (28 a 14).
A conquista do forte plantel rubro-negro veio muito pelas individualidades do rápido Gegê, passando pelas mãos calibradas de Diego e terminando com a força debaixo da tabela de Cristiano Felício, todos destaques da finalíssima. O pivô foi o cestinha da decisão com 16 pontos, além de pegar 11 rebotes, alcançando um duplo-duplo. Gegê anotou com 11 pontos e oito assistências, enquanto Diego teve os mesmos 11 pontos e quatro rebotes. Pelo lado mineiro, destaque para o ala Rafael com 13 pontos e sete rebotes.
- Vencemos porque temos o melhor grupo. São jogadores fechados, unidos, que trabalham sempre e sabem o que querem. Temos dois atletas para cada posição e mais o Gegê, que é o comandante, o capitão - analisou o técnico Paulo Chupeta, que também é coordenador da base rubro-negra e que tem 18 anos de clube.
Flamengo campeão da LDB 2013 (Foto: Divulgação/LNB)
Presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello entrega o troféu aos campeões (Foto: Lucas Figueredo/LNB)
Para o capitão Gegê, o título coroa um ano maravilhoso para ele. Além de ser campeão da LDB, também beliscou os títulos carioca e do NBB no meio do ano, sem contar que é titular da equipe principal. Mais especial ainda é por dar a volta olímpica diante da torcida da qual é apaixonado.
- Cara, dia 30 de dezembro, véspera de ano novo, chovendo forte e esta torcida lota nosso ginásio para nos incentivar. Não tem o que falar deles, até porque eu sou um deles. Sou suspeito para falar. Quando há esta união, é difícil parar - declarou o jogador que, ao lado dos companheiros, entoou o novo cântico das arquibancadas que faz provocação ao arquirrival Vasco.
Fla se impõe no início
O jogo começou com os dois times com posturas bastante diferentes. Enquanto o Flamengo brigava por todas as bolas como se fosse um animal com fome, o Minas aceitava passivamente a iniciativa rubro-negra, que vinha através de bons contra-ataques puxados por Gegê, a mão calibrada de Chupeta, além da força de Cristiano Felício, soberano no garrafão. Para completar, os mandantes contavam com o apoio de sua fanática torcida, que após a primeira cesta pelas mãos do armador, restando 6m40s para o fim, não parou mais de cantar. Dono do jogo, os cariocas foram abrindo vantagem sem serem incomodados, até fecharem o período em 18 a 9.
Gegê basquete Flamengo x Minas (Foto: Fabio Leme)
Destaque da partida, Gegê chuta para dois pontos (Foto: Fabio Leme)
Diferentemente dos dez minutos iniciais, os mineiros mudaram de personalidade e começaram a incomodar mais o Flamengo com uma defesa forte. O êxito pode ser visto no placar dos rubro-negros inalterado até a metade do quarto, quando, de três, Diego acertou a cesta. Porém, se os cariocas não conseguiam pontuar, os mineiros também não. Cometendo muitos erros por nervosismo e afobação, os visitantes perderam quase todas as bolas de rebote e foram para o vestiário 14 pontos atrás no marcador (28 a 14). 
 A sensação de que o Minas poderia crescer na segunda etapa, após o papo no vestiário, foi descartada logo nos primeiros minutos do terceiro quarto. Abatidos, os visitantes viram o Flamengo ampliar a vantagem com Gegê, Diego e Felício, chegando a colocar 19 pontos de frente. A distância no placar permitiu ao técnico Paulo Chupeta tirar o seu armador. Foi neste período que o time mineiro cresceu, muito por causa das bolas de longa distância do ala Rafael. Entretanto, o bom momento não foi suficiente para descontrolar os rubro-negros, que logo voltaram a dar as cartas, quando Gegê retornou à quadra. 
Com 13 pontos de vantagem, o Flamengo foi para o quarto final mais para administrar o placar do que qualquer outra coisa. E soube fazer isso, razoavelmente, bem. Fortes na defesa, mas desconcentrados no ataque, os cariocas viram o adversário diminuir, mas de maneira tímida. Uma bola de Douglas, restando 2m40s para o fim, colocou a diferença em nove pontos (este fora, apenas, o quarto ponto do Rubro-Negro até então no período). A vitória já estava assegurada. Daí para frente foi só esperar os segundos passarem para soltar o grito da garganta. E soltaram. Agora resta esperar mais um dia para o estourar da champagne rubro-negra, que será ainda mais festejada do que o convencional.


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