Gabriel apela para psicologia e evita pensar em Z-4: ‘Puxa para baixo’

Por Cahê Mota Rio de Janeiro

Gabriel tenta manter postura otimista no Fla
(Foto: Alexandre Vidal / Flaimagem)

 

Tudo é uma questão de ponto de vista. É desta maneira que Gabriel fundamenta sua posição de sequer pensar em zona de rebaixamento para o Flamengo. Na 15ª colocação no Brasileirão, Rubro-Negro tem 22 pontos, três a mais do que a Portuguesa, primeiro time no Z-4. A distância, por outro lado, é a mesma para o Santos, nono. E entre olhar para cima ou para baixo, o camisa 10 não tem dúvidas. Até mesmo por uma questão de superstição.

- Na minha opinião, o objetivo é vencer o máximo de jogos e deixar o Flamengo na parte de cima da tabela. Acredito que não pode ser falado, nem pensado, em rebaixamento. Temos que alcançar o grupo lá de cima. Temos noção do que está acontecendo. Não vivemos um bom momento, mas quanto mais você pensa, mais vai ser puxado para baixo. Temos que pensar em quem está na frente e, consequentemente, conseguir o resultado. Pensar no que está embaixo, puxa para baixo.

Se a zona da degola ainda não assusta, Gabriel também é comedido ao comentar as ambições rubro-negras no Brasileirão e deixa claro que o mais importante no momento é “virar a página”, como diz Mano Menezes, e passar a integrar o grupo dos dez primeiros. Meta modesta para o tamanho do Flamengo, mas o meia-atacante prefere esperar uma estabilidade maior para pensar em novos objetivos.

- Primeiro, vamos pensar em estar entre os dez primeiros, nesse bloco. Depois, poderemos pensar em outras coisas. Falo isso porque a tabela mostra isso. No caso de um empate com o Cruzeiro, já passaríamos alguns. O Vasco é o décimo e tem 25 pontos (Nota da redação: tem 24, na verdade). Os três pontos que estamos de quem está atrás também são os que estamos do décimo. Tem que pensar na frente, ter confiança.

O discurso de Gabriel vai ao encontro do de André Santos. Um dia antes, o lateral havia declarado que o Fla pensa alto no Brasileirão e Z-4 é assunto proibido. Para cumprir as expectativas do lateral e do camisa 10, porém, o Rubro-Negro precisa melhorar o poder de fogo. Com 19 gols marcados, o time tem média de um por partida e o quinto pior ataque do Brasileirão.

Gabriel admite a carência e aponta apenas treinamentos mais intensos como o caminho para solucionar o problema.

- É preciso melhorar. Os números falam que não estamos fazendo os gols que necessitamos, mas acredito que com treinamento, no dia a dia, podemos melhorar o mais rápido possível.

Com três gols marcados no últimos seis jogos do Brasileirão, o Flamengo tenta mudar sua sorte a partir de quinta-feira, quando recebe o Santos, às 21h (de Brasília), no Maracanã, pela 20ª rodada, a primeira do returno.