Deivid concede entrevista coletiva no Ninho do Urubu (Foto: Janir Junior /globoesporte.com) |
Deivid foi o único a dar entrevistas na reapresentação do Flamengo.
Algo comum em momentos difíceis da temporada. Na tarde desta
terça-feira, o grupo voltou a treinar depois da eliminação na Taça Rio.
Os jogadores terão um longo tempo sem jogos. Agora, só vão entrar em
campo no Campeonato Brasileiro, dia 20 de maio, contra o Sport. Férias
forçadas que servirão para tentar reorganizar a casa ou, como o atacante
disse, jogar fora tudo aquilo que é ruim no clube.
Para o camisa 9, a queda na primeira fase da Libertadores e o fracasso
no estadual começaram em janeiro, na pré-temporada. Naquele momento,
jogadores estavam em crise com o vice de finanças Michel Levy, e
Ronaldinho Gaúcho travava uma guerra fria com o então técnico Vanderlei
Luxemburgo. Deivid acredita que isso também provocou um primeiro
semestre desastroso.
- Tudo que começa errado termina errado. Mas temos de nos preocupar em
jogar futebol, em dar alegria ao torcedor. Não adianta a gente ficar
tentando entender o que rola, isso não cabe a nós. Tudo começou lá atrás
e veio estourar agora. A lição é que nós temos que jogar o segundo
tempo como jogamos o primeiro. Não adianta ter altos e baixos no meio do
jogo. Sabemos que a culpa é de todo mundo, todos nós que entramos em
campo somos culpados por esse começo de ano. Agora, é ver o que vai
acontecer da parte da comissão técnica, diretoria, para que no
Brasileiro a gente possa entrar para ganhar.
Ele vê a necessidade de contratar reforços para a sequência na temporada.
- Acho que é necessário reformular. Não adianta ter 11 jogadores, tem
de ter elenco forte. Para que quando alguém esteja suspenso ou
machucado, outro possa entrar para dar conta do recado. A gente precisa
de reforços para entrar forte na competição. Sem grandes jogadores, não
ganha a competição. Uma competição de Brasileiro é de alto nível, tem
que entrar para ganhar. Sabemos que fracassamos.
Depois da derrota por 3 a 2 para o Vasco, domingo passado, alguns
jogadores desabafaram. Renato e o goleiro Felipe foram os mais
enfáticos. O meia pediu respeito ao clube.
- Cada um tem uma opinião. Que faltou algo, faltou. Sabemos que faltou.
Se tivéssemos dado algo mais teríamos passado de fase. O Renato falou e
eu concordo com ele. Agora, é juntar tudinho, pegar as coisas boas que
fizemos, também fizemos coisas boas, e pegar as coisas ruins e jogar
fora. Não tenho nem saído. Tenho mais ficado em casa, visto o jogo de
novo, analisando. É triste porque você sabe que tem uma equipe forte,
mas acabou ficando para trás.
Deivid disse que o grupo se reencontrou abatido. Na volta do grupo ao
trabalho, no entanto, os jogadores disputaram um treino técnico
descontraído, sorriram, tiveram um comportamento normal.
- Ficamos abatidos por saber que temos time para isso (conquistar
títulos) e não conseguimos ganhar nada. É a primeira vez que acontece
isso comigo, de não poder conquistar nada no meio do ano. Mas não
adianta vir para cá triste, de cara emburrada. Tem que saber separar.
O grupo volta a treinar na manhã desta quarta-feira, no Ninho do Urubu, às 10h.
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