Aos 15 anos de idade, o adolescente José Aldo Júnior ainda não sonhava ser o campeão dos pesos-pena do UFC, maior organização de MMA do planeta. No ano de 2001, ele ainda morava em Manaus e tinha uma vida humilde, como todos os seus amigos. Em comum com o cotidiano dos dias atuais, poucas coisas. Uma delas, no entanto, permanece totalmente inalterada: a paixão pelo Flamengo. Naquele dia 27 de maio de 2001, José Aldo estava tenso. Afinal de contas, o seu Flamengo disputava a final do Campeonato Carioca contra o Vasco e poderia conquistar o seu quarto tricampeonato estadual.
- No gol do Edílson eu comemorei muito, parecia que tinha sido campeão. O Vasco tinha um time muito forte, e o Flamengo estava abalado com a briga do Pet com o Edílson. Eles não se falavam, e a gente achava que isso podia atrapalhar o time. Quando o Vasco empatou, foi uma ducha de água fria. Passei o intervalo inteiro calado. Só mesmo com o meu pensamento positivo para não desanimar de vez. Eu acredito sempre. Foi o que deu força para torcer ainda mais no segundo tempo.
O segundo gol do Flamengo, novamente de Edílson, aos oito minutos do segundo tempo, deu novo ânimo ao manauara.
- Lembro que foi em um cruzamento do Pet de dentro da área. Foi na hora certa. Tinha tempo para fazer mais um, mas o jogo foi andando, e nada de o gol sair. Parecia que eu ia ter um negócio, estava nervoso demais.
Aos 41 minutos do segundo tempo, Edílson sofreu falta de Fabiano Eller próximo à grande área do Vasco. Para Aldo, era a hora.
- Saí de casa, não vi nem o Pet ajeitar a bola. Não aguentava de tanto nervoso. Fiquei do lado de fora. Sabia que, se fosse gol, ia sair todo mundo para a rua, comemorando. Fiquei esperando. Aquele silêncio demorou muito tempo para acabar. Acho que foi o tempo de a bola ir até o gol, mas demorou demais. Quando eu já achava que ele tinha chutado para fora, veio aquela gritaria, todo mundo correndo pro lado de fora. Ali o nervosismo virou euforia. Gritei como nunca na minha vida. Foi a maior felicidade. Quando o jogo acabou, descemos a rua comemorando. Foi um golaço do Pet, não tem como esquecer jamais.
Mas quem imagina que José Aldo é flamenguista por influência do seu pai, se engana.
- Virei Flamengo por causa de um amigo meu, flamenguista doente. Meu pai era botafoguense mas nunca influenciou nenhum filho a torcer para o time dele. Hoje eu também torço pelo Fogão, em homenagem ao meu pai.
Anos mais tarde, já morando no Rio de Janeiro, José Aldo teve a chance de se encontrar com Petkovic, mas se manteve distante.
- Não pedi foto. Andei ao lado dele, mas não pedi. Fiz papel de fã mesmo. Que eu tenha visto jogar, foi o meu grande ídolo. O Adriano também, pelo Brasileiro de 2009, mas foi só uma temporada. O Pet teve uma história maior no Flamengo, marcou mais. Na despedida dele, contra o Corinthians, jogou muito. Achei que poderia ter ficado mais um tempo. Mas decidiu encerrar ali, paciência... - encerrou o campeão.
José Aldo tem orgulho da paixão pelo Flamengo. Para ele, a final do Estadual de 2001, decidida com o famoso "gol do Pet" no fim foi o jogo que mais o marcou na vida. (Foto: André Durão/Globoesporte.com) |
- Naquele dia eu acordei nervoso. Lembro que fui cortar o cabelo à tarde e pedi para o barbeiro andar rápido, porque não podia perder o jogo. Todo mundo se reuniu na minha casa, e eu estava travado, tenso.
O primeiro gol do jogo, de Edílson, de pênalti, deu esperanças ao jovem torcedor rubro-negro. Mas o empate do Vasco, com gol de Juninho Paulista, no fim do primeiro tempo, quase tirou as esperanças do futuro astro dos octógonos.- No gol do Edílson eu comemorei muito, parecia que tinha sido campeão. O Vasco tinha um time muito forte, e o Flamengo estava abalado com a briga do Pet com o Edílson. Eles não se falavam, e a gente achava que isso podia atrapalhar o time. Quando o Vasco empatou, foi uma ducha de água fria. Passei o intervalo inteiro calado. Só mesmo com o meu pensamento positivo para não desanimar de vez. Eu acredito sempre. Foi o que deu força para torcer ainda mais no segundo tempo.
O segundo gol do Flamengo, novamente de Edílson, aos oito minutos do segundo tempo, deu novo ânimo ao manauara.
- Lembro que foi em um cruzamento do Pet de dentro da área. Foi na hora certa. Tinha tempo para fazer mais um, mas o jogo foi andando, e nada de o gol sair. Parecia que eu ia ter um negócio, estava nervoso demais.
Aos 41 minutos do segundo tempo, Edílson sofreu falta de Fabiano Eller próximo à grande área do Vasco. Para Aldo, era a hora.
- Saí de casa, não vi nem o Pet ajeitar a bola. Não aguentava de tanto nervoso. Fiquei do lado de fora. Sabia que, se fosse gol, ia sair todo mundo para a rua, comemorando. Fiquei esperando. Aquele silêncio demorou muito tempo para acabar. Acho que foi o tempo de a bola ir até o gol, mas demorou demais. Quando eu já achava que ele tinha chutado para fora, veio aquela gritaria, todo mundo correndo pro lado de fora. Ali o nervosismo virou euforia. Gritei como nunca na minha vida. Foi a maior felicidade. Quando o jogo acabou, descemos a rua comemorando. Foi um golaço do Pet, não tem como esquecer jamais.
Mas quem imagina que José Aldo é flamenguista por influência do seu pai, se engana.
- Virei Flamengo por causa de um amigo meu, flamenguista doente. Meu pai era botafoguense mas nunca influenciou nenhum filho a torcer para o time dele. Hoje eu também torço pelo Fogão, em homenagem ao meu pai.
Anos mais tarde, já morando no Rio de Janeiro, José Aldo teve a chance de se encontrar com Petkovic, mas se manteve distante.
- Não pedi foto. Andei ao lado dele, mas não pedi. Fiz papel de fã mesmo. Que eu tenha visto jogar, foi o meu grande ídolo. O Adriano também, pelo Brasileiro de 2009, mas foi só uma temporada. O Pet teve uma história maior no Flamengo, marcou mais. Na despedida dele, contra o Corinthians, jogou muito. Achei que poderia ter ficado mais um tempo. Mas decidiu encerrar ali, paciência... - encerrou o campeão.
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