segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Ainda sem um 10, Fla confia em Cadu e garimpa mercado sul-americano

Por Rio de Janeiro

Carlos Eduardo camisa 20 Flamengo (Foto: Marcelo Moreira / Agência Estado)
Carlos Eduardo termina 2013 como titular de Jayme (Foto: Marcelo Moreira / Agência Estado)
A procura do Flamengo por um camisa 10 não cessa. Os últimos dias de 2013 se aproximam, e o clube tenta não terminar o ano da mesma forma como começou: sem uma referência criativa no meio-campo. Gabriel, dono do número que Zico eternizou no clube, não vingou. Muito irregular, está prestes a ser emprestado para ganhar experiência. A mítica camisa aguarda um protagonista: Cícero, do Santos, Diego, do Wolfsburg, da Alemanha, e Giuliano, do Dnipro, da Ucrânia, entraram em pauta. Os dois últimos estão descartados, enquanto o primeiro é considerado difícil.
Ainda sem conseguir um nome de peso, os dirigentes rubro-negros confiam em Carlos Eduardo. Contratado no início do ano para vestir a 10, o jogador, que veste a 20, não rendeu o esperado. É titular do técnico Jayme de Almeida, foi importante na conquista da Copa do Brasil, mas muito contestado pelos torcedores. A diretoria chegou a cogitar devolvê-lo ao Rubin Kazan, da Rússia, mas decidiu que ele cumprirá o contrato, que termina na metade de 2014.


- O Carlos Eduardo não foi o que todo mundo esperava, mas a melhora dele foi acentuada. É um jogador bom, de toque de bola refinado, precisa meter dois ou três gols para ganhar confiança. Ninguém pode esquecer que o gol contra o Cruzeiro (na derrota por 2 a 1, no Mineirão, pelas oitavas de final) fez com que o Flamengo chegasse na Copa do Brasil. Vamos contar com ele, tem contrato até junho, mas o Flamengo não tem ele em definitivo. É um semestre que vai ter pouca coisa, só Libertadores. O ano vai começar após a Copa do Mundo. É a posição difícil que tem (armador). Canhoto, dez, capitão, que bata falta, mande no jogo, é difícil. É um artigo de luxo – disse o vice de relações externas do Flamengo, Plínio Serpa Pinto, que tem participado das tratativas por reforços.  
 É a posição difícil que tem (armador). Canhoto, dez, capitão, que bata falta, mande no jogo, é difícil. É um artigo de luxo
Plínio Serpa Pinto, vice de relações externas 
Diante das dificuldades, os dirigentes rubro-negros abriram o leque, e o mercado sul-americano virou garimpo. É a tentativa de encontrar alguma peça de qualidade e baixo custo. Na passagem pelo Paraguai para o sorteio dos grupos da Libertadores, na última semana, o presidente Eduardo Bandeira de Mello e Plínio Serpa Pinto aproveitaram a ida a Assunção para se reunir com representantes de jogadores. Um deles, Régis Marques, ofereceu dois atletas paraguaios: o meia Wilson Pittoni, que jogou no Figueirense sem qualquer destaque, e o volante Eduardo Aranda. Ambos foram vice-campeões da Libertadores com o Olimpia e deixaram o clube neste fim de ano via ação judicial.
    
- As contratações têm de ser feitas até o dia 8 (de janeiro), quando o grupo se apresenta para a pré-temporada. Vamos fazer dispensas, vamos equilibrar a folha e vamos reforçar o time. A prospecção no futebol paraguaio e argentino é uma realidade, os salários são um terço dos praticados no Brasil. Tenho certeza de que, com prudência, vamos dar uma melhorada sensível no time – afirmou Plínio.
Além de um meia, o Flamengo busca um lateral-direito, um volante e um atacante.
- Na frente temos dois excepcionais jogadores, Hernane e Paulinho, mas precisamos de mais um homem de frente. Ainda mais que Moreno não ficou (voltará ao Grêmio). Estou muito animado. Temos tudo para ter uma performance legal. Não prometo sonho ou ilusão, mas pés no chão, cabeça no lugar e muito equilíbrio.
Com a iminente saída de Gabriel, a camisa 10 deve ficar vaga até a chegada de um reforço. Guardada no armário.   

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