Na mão: Léo Moura espera, enfim, erguer taça como capitão do Fla

Por Cahê Mota e Richard SouzaRio de Janeiro

Em oito anos de Flamengo, Léo Moura tem 457 jogos disputados e seis títulos conquistados. Campeão da Copa do Brasil, tetracampeão carioca e campeão brasileiro, jamais teve o privilégio de erguer uma taça como capitão do clube. O camisa 2 assumiu a braçadeira na metade de 2010, depois que o goleiro Bruno foi preso. Em 2011, com a chegada de Ronaldinho Gaúcho, ficou fora do posto, mas voltou a liderar a equipe com a saída do ex-camisa 10, no início de 2012. Aos 35 anos e em fim de contrato, Léo disputará mais uma decisão pelo Rubro-Negro. E pode ser bicampeão da Copa do Brasil.

Nesta quarta-feira, o time derrotou o Goiás por 2 a 1 e vai à final contra o Atlético-PR. Significa que o camisa 2 terá pela primeira vez a chance de levantar um troféu com a braçadeira. Um sonho que ele cultiva há tempos.

O capitão Léo Moura voltou a ser fundamental para o Fla e sonha com o momento de consagração (foto: Ivo Gonzalez / Agência O Globo)

- É uma coisa que eu sempre sonhei em ter na mão. Já tive a oportunidade de ser campeão em outras ocasiões, inclusive da Copa do Brasil, mas dessa vez como capitão desta equipe. Sem dúvida, se conquistarmos o título, terá um gosto especial para mim. Agora é descansar e se preparar para chegar pronto nesta decisão com o Atlético - disse. 

No clube desde o segundo semestre de 2005, Léo viu o volante Jônatas erguer a Copa do Brasil de 2006, o meia Renato Abreu o Carioca de 2007, o zagueiro Fábio Luciano os Cariocas de 2008 e 2009, o goleiro Bruno com o Brasileiro de 2009 e Ronaldinho Gaúcho com o Carioca de 2011. O lateral esteve em todas essas conquistas, mas jamais teve tal honra.

Após a classificação contra o Goiás, o técnico Jayme de Almeida destacou que Léo Moura e Elias exerceram liderança importante para o time no segundo jogo da semifinal. O Rubro-Negro sofreu o gol de Eduardo Sasha aos quatro minutos do primeiro tempo, e os dois jogadores acalmaram os demais rumo à virada.

- Tomamos um susto no começo com um gol que não deveríamos tomar, mas logo colocamos a cabeça no lugar e jogamos o futebol que treinamos. Foi um jogo duro como esperado, mas felizmente conseguimos a vitória que a torcida merecia – avaliou o capitão.

As finais contra o Furacão serão nos dias 20, no Paraná, e 27, no Rio. No sábado, o Flamengo volta a jogar contra o Goiás, mas pelo Brasileiro. Os times se enfrentam no Maracanã, às 21h (de Brasília), pela 33ª rodada.