Zico lança sua camisa retrô do Flamento em evento no centro do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (Foto: Alexandre Vidal / Divulgação) |
Zico quer o Flamengo com cara de Flamengo. O ídolo foi claro
durante o lançamento da camisa retrô que representa o seu primeiro
uniforme no Rubro-Negro, em 1971: "Tem que mudar a filosofia". A loja
Espaço Rubro-Negro, no Centro do Rio de Janeiro, ficou lotada
de convidados que esperavam um autógrafo e uma foto com o
ex-jogador. A camisa em questão leva o número 9 nas costas, o primeiro
utilizado por Zico no clube. Galinho aproveitou o evento para opinar
sobre o time atual, comandado por Vanderlei Luxemburgo. Ele acredita que
a estratégia de jogar fechado, no contra-ataque, tenha funcionado
quando o Fla encontrava-se na chamada "zona da confusão" do Campeonato Brasileiro
no ano passado, mas frisou que a partir de agora a equipe deve buscar
atuações diferentes.
- O Vanderlei armou o time
com o material humano que ele tinha nas mãos. A situação em que o
Flamengo se encontrava pedia isso, jogar mais fechado. Jogar de peito
aberto com o nome Flamengo não estava dando. Ele fez os jogadores
entenderem a filosofia e deu certo. Mas agora, começando do zero, é
outra coisa. É o Flamengo. Algumas alterações foram feitas, e acho que
os jogadores têm que mudar também a filosofia - disse Zico.
O
Galinho explicou que falta no time um jogador com características de
drible, que se desvencilhe da marcação adversária, e afirmou ainda que
Luxemburgo terá de arrumar um jeito para que esses "talentos" surjam no
Flamengo.
- Ele (Luxemburgo) é que é o homem, a
competência tem que ser dele. Jogar com espaço para contra-ataque é uma
coisa. Jogar com a defesa plantada lá atrás, é outra. Contra o Flamengo,
todo mundo joga fechadinho. Então, temos que ter jogadores que saibam
se desvencilhar, driblar, criar uma jogada. Acho que hoje falta um
jogador com essas características - avaliou.
Perguntado se
Jadson, do Corinthians, e que é cobiçado pelo Rubro-Negro, teria a
capacidade de suprir essas necessidades no meio de campo,
Zico respondeu que sim:
- O Jadson é um jogador que
tem essa característica. Já o conheço, já vi jogar e poder ser
importante para o clube. O Conca acho muito difícil que vá para o
Flamengo.
Loja Estação Rubro-Negra ficou lotada de torcedores para ver Zico (Foto: Alexandre Vidal / Divulgação) |
Apesar de enxergar algumas mudanças a serem feitas no time
para a temporada, Zico ainda vê o Flamengo com vantagem sobre os rivais.
Ao menos, para a disputa do Campeonato Carioca, que inicia no fim do
mês. O fator "camisa" acaba pesando mais quando se trata de jogar no Rio
de Janeiro.
- O Flamengo é sempre favorito. Quando entra em uma competição, é sempre
favorito, principalmente no Rio de Janeiro. Por tudo o que a gestão tem
feito, espero que o time justifique isso dentro de campo - apostou.
A camisa 9
Em sua época de jogador, a oportunidade que Zico tinha de estrear pelo time principal do Flamengo foi com a camisa 9. A 10, depois eternizada em suas costas, pertencia a Fio Maravilha na época. A estreia do ídolo não poderia ter sido melhor para os rubro-negros: vitória por 2 a 1 sobre o arquirrival Vasco, em que Zico deu o passe para Fio selar o triunfo. Ele relembrou o momento no evento desta quinta-feira.
- Eu tinha terminado o campeonato juvenil como artilheiro, e o Flamengo passava por um momento difícil. Fui chamado e colocado como centroavante. Nessas horas, você não escolhe o número da camisa. Joguei, mesmo tendo dificuldades na posição, de jogar de costas, porque eu era franzino. Mas joguei bem e consegui dar passe para o gol. Foi contra o nosso rival, Vasco. Não poderia ser diferente - contou Zico, arrancando gritos e aplausos dos torcedores presentes na loja.
Em sua época de jogador, a oportunidade que Zico tinha de estrear pelo time principal do Flamengo foi com a camisa 9. A 10, depois eternizada em suas costas, pertencia a Fio Maravilha na época. A estreia do ídolo não poderia ter sido melhor para os rubro-negros: vitória por 2 a 1 sobre o arquirrival Vasco, em que Zico deu o passe para Fio selar o triunfo. Ele relembrou o momento no evento desta quinta-feira.
- Eu tinha terminado o campeonato juvenil como artilheiro, e o Flamengo passava por um momento difícil. Fui chamado e colocado como centroavante. Nessas horas, você não escolhe o número da camisa. Joguei, mesmo tendo dificuldades na posição, de jogar de costas, porque eu era franzino. Mas joguei bem e consegui dar passe para o gol. Foi contra o nosso rival, Vasco. Não poderia ser diferente - contou Zico, arrancando gritos e aplausos dos torcedores presentes na loja.
Por Sofia Miranda*Rio de Janeiro
*Estagiária, sob supervisão de Jessica Mello.
*Estagiária, sob supervisão de Jessica Mello.
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