sexta-feira, 20 de junho de 2014

Preparador abre disputa entre Felipe e Paulo Victor: "Vai jogar o melhor"

 
Por Atibaia, SP
A história de Felipe, personagem com 186 jogos, campeão carioca e da Copa do Brasil, é insuficiente para retomar a titularidade. Ser promessa da base e ter tido bom desempenho nas últimas três partidas, uma espécie de oásis no deserto de qualidade que levou o Flamengo à zona do rebaixamento, não garante continuidade a Paulo Victor. Então, os treinos durante o recesso à Copa do Mundo, a começar pela primeira semana em Atibaia, no interior de São Paulo, vão definir quem será o goleiro rubro-negro, na gestão de Ney Franco, a partir do confronto com o Atlético-PR, dia 16 de julho, na retomada do Brasileirão. A disputa por posição está aberta, afinal, “jogará o melhor”.  

Caberá ao técnico decidir, claro, mas a opinião do preparador de goleiros Wagner Miranda embasará a escolha. E, a julgar pela frase acima, deste profissional que está no Ninho do Urubu desde 2005, começando pelas categorias inferiores e chegando ao profissional, conhecido como Gigante, antigo camisa 1 do Bragantino, campeão paulista de 1990, sob comando de Vanderlei Luxemburgo, conhecedor dos dois arqueiros, comprova a indefinição. Tudo porque, ao faltar a um treinamento, sem justificativa, antes da partida contra o Figueirense, em 25 de maio, Felipe abriu a concorrência.  
Felipe
- 186 jogos
- 91 vitórias, 54 empates e 41 derrotas

Paulo Victor
- 60 jogos
- 27 vitórias, 21 empates e 12 derrotas
- Ainda está cedo para decidir, temos mais 30 dias de treinamentos para avaliar o condicionamento dos goleiros. A análise será feita de acordo com o rendimento. Força, reação, potência, qualidade técnica... isso vai definindo o nosso ponto de vista. Durante este processo, eu e o Ney Franco vamos conversando para chegarmos a um denominador comum para essa situação. Vai jogar quem estiver melhor, vai jogar o melhor – explica Wagner, que conversou com o antigo titular sobre o ato de indisciplina.  
Para o preparador, por ora, a dupla está no mesmo nível. Ele incluiu ainda os outros dois jogadores da posição, que treinam diariamente, Cesar e Luan. Ao lembrar que todos atuaram recentemente, algo incomum nos clubes da Série A, garante que o Flamengo está bem servido no setor:  
- Me surpreendi, pois voltaram em uma condição muito boa. Todos tiveram ganho de 1% do percentual de gordura, algo normal para quem ficou 15 dias parado. Em uma semana, a gente tira. Os quatro goleiros estão nivelados, estão muito bem. E jogam. Felipe era o titular, Paulo Victor terminou jogando. Mas o Luan, que subiu este ano, atuou contra o Bangu no Estadual. Cesar, na última rodada do Brasileiro do ano passado, contra o Cruzeiro. Então, todos tiveram as suas oportunidades.  
A prioridade dos treinamentos é retomar o “tempo de reação”, afinal, reflexo, a expressão popular, é um movimento involuntário.  
- Vamos restaurar essa parte de agilidade, velocidade nos primeiros 15 dias, pelo tempo que ficaram parados. E depois vamos priorizar na parte técnica, situações de jogo – completa Wagner.  
E o motivo do apelido Gigante? Wagner explica:  
- O Gigante é um estímulo que uso nos meus treinamentos. Fazer oito repetições no exercício, claro, chega no sexto e o jogador já está um pouco cansado. Uso ‘gigante’, ‘vamos, gigante’, para o cara poder reagir e terminar bem o trabalho. Aí, pegou.  
Melhor para o Flamengo que Felipe ou Paulo Victor se agigantem no gol rubro-negro...
Wagner Miranda, Felipe e Paulo Victor Flamengo treino goleiro (Foto: Hector Werlang)
Paulo Victor terminou primeira parte do Brasileirão como titular do Flamengo (Foto: Hector Werlang)

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