Flamengo jogou contra Santos e Coritiba no
Mané Garrincha (Foto: Fabrício Marques)
Mané Garrincha (Foto: Fabrício Marques)
O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, anunciou nesta
terça-feira, em Brasília, uma série de jogos do Rubro-Negro na capital
federal. Além do clássico com o Vasco, no próximo domingo, o time vai
enfrentar o Botafogo, dia 28 de julho, no Mané Garrincha. Pelo menos
outras quatro partidas ocorrerão no estádio, mas o mandatário preferiu
não confirmá-las. Os confrontos seriam contra Atlético-MG, dia 4 de
agosto, São Paulo, dia 18, Grêmio, dia 25, e novamente contra o Vasco,
dia 6 de outubro, pelo returno. O número de compromissos do time no
Distrito Federal, segundo Bandeira de Mello, pode até aumentar.
- Pelo menos seis jogos queremos trazer. Essa programação é flexível,
pode mudar, provavelmente será ampliada um pouco. O Flamengo está feliz,
à vontade e acolhido pela torcida em Brasília. Sabemos que temos
maioria absoluta aqui – disse, após reunião com o governador do Distrito
Federal, Agnelo Queiroz, e com o secretário extraordinário da Copa no
DF, Cláudio Monteiro.
O encontro ocorreu no Palácio do Buriti, sede do Governo do Distrito
Federal (GDF), e também contou com a participação do diretor de
marketing do Flamengo, Fred Luz.
O presidente Eduardo Bandeira de Mello também falou sobre a volta do
Flamengo ao Maracanã. E a notícia não é boa para os torcedores mais
ansiosos para verem o Rubro-Negro novamente no principal palco do
futebol brasileiro. De acordo com ele, não há previsão para o
reencontro.
- Continuamos negociando com o consórcio responsável pela administração
do estádio. Não podemos anunciar ainda um acordo, as duas partes estão
perseguindo um acordo que seja bom para ambos. Não dá para marcar quando
o Flamengo volta ao Maracanã, mas esperamos resolver isso rapidamente –
afirmou Bandeira de Mello.
A negociação pelo Maracanã
A negociação pelo Maracanã
Volta do Fla ao Maracanã não tem previsão
(Foto: Agência Reuters)
(Foto: Agência Reuters)
Apesar da ansiedade do torcedor pelo retorno ao seu palco habitual, o
Flamengo mantém a postura firme em busca de um acordo que vá ao encontro
de suas metas a longo prazo. Em recente entrevista ao GLOBOESPORTE.COM,
o vice de finanças, Rodrigo Tostes, deixou claro que o Rubro-Negro não
abre mão de um acerto que o permita gerar cerca de R$ 70 milhões anuais
em receitas envolvendo o estádio em até três anos. A segunda proposta
apresentada pelo consórcio atinge apenas pouco mais da metade deste
montante.
Líder do conselho que está a frente das conversas, com a consultoria da
Fundação Getúlio Vargas, Tostes revelou que o ponto crucial não está no
que é oferecido, mas no conceito geral que não permite que o Flamengo
chegue à meta. O consórcio já prometeu, por exemplo, os 43 mil lugares
disponíveis atrás dos gols - que representam o valor mais barato de
ingressos -, mas nenhum dos camarotes, o que não agradou. Diante do
impasse, o reencontro do Fla com o estádio está cada vez mais distante.
Preços dos ingressos e arrecadação em Brasília
Segundo o presidente do Flamengo, Bandeira de Mello, a intenção do
clube é manter nas próximas partidas no DF preços semelhantes ao do jogo
contra o Coritiba (entre R$ 80 e R$ 200, com descontos para sócios
rubro-negros). No entanto, cada caso será analisado separadamente.
- Sobre os preços, vamos avaliar caso a caso, mas acredito que possa
ser mantida alguma coisa com o que foi praticado no último jogo. Mas
esta é uma decisão que vamos tomando jogo a jogo.
Governador Agnelo Queiroz (e) recebeu diretoria do Flamengo nesta terça (Foto: Fabrício Marques)
O mandatário também detalhou as taxas cobradas do clube para os jogos
no Mané Garrincha e disse acreditar que o time continuará arrecadando
bem com as partidas no Distrito Federal. Contra o Coritiba, o Flamengo alcançou lucro superior a R$ 1,1 milhão (renda bruta foi de R$ 2,7 milhões).
- Não sabemos exatamente quanto vamos arrecadar, vai depender da adesão
do povo de Brasília. Mas tenho certeza que podemos contar com público
parecido ao do último jogo (52 mil pagantes) em todas as partidas.
Contra o Vasco, deve ser até maior. Existe uma tabela em que a Ferj
(Federação de Futebol do Rio de Janeiro) cobra 10% para jogos fora da
cidade. A Federação Brasiliense está trabalhando com 5%. E mais os 13%
do GDF. Nas partidas contra o Vasco negociamos em dividir a renda, mas
nos demais o Flamengo ficará com todo o restante da arrecadação líquida.
Retorno ao Rio na próxima semana
Eduardo Bandeira de Mello comentou ainda a decisão de voltar a jogar no Rio de Janeiro na próxima semana. Inicialmente prevista para o Mané Garrincha, a segunda partida contra o ASA, dia 17 de julho, pela Copa do Brasil, será disputada em Volta Redonda.
- Estamos afastados do Rio há muito tempo e preferimos fazer em Volta
Redonda, até para que a gente possa preparar melhor um jogo de
quarta-feira em Brasília. Essa partida contra o ASA não terá um apelo
tão grande quanto o Flamengo e Coritiba ou Flamengo e Santos.
De acordo com o presidente, o longo período que os jogadores ficariam
afastados das famílias também pesou para a decisão de antecipar o
retorno ao Rio. No último sábado, antes do embarque para Brasília, o goleiro Felipe chegou a reclamar no Twitter das viagens.
- Os jogadores também estão afastados do Rio de Janeiro há muito tempo.
Então, do ponto de vista pessoal dos jogadores, de estarem mais perto
de suas famílias, também foi um fator que levamos em conta no momento da
decisão - completou Bandeira de Mello.
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