Eduardo da Silva faz seu 3º gol pelo Fla, sempre entrando na 2ª etapa (Foto: Fernando Ribeiro / Futura Press) |
Pode-se dizer que a partida na tarde deste domingo foi uma espécie de
replay para o Flamengo. E mais uma vez brilhou a estrela do comandante
Vanderlei Luxemburgo. Tal como na vitória sobre o Atlético Mineiro, na
última quarta-feira, por 2 a 1, o técnico pôs o meia argentino Mugni e o
atacante Eduardo da Silva no segundo tempo, quando o Criciúma até
dominava as ações. O time melhorou e virou a situação. E tudo começou
com mais um pênalti para os rubro-negros. Mugni cobrou com categoria, em
vez de Léo Moura na partida anterior, e fez 1 a 0. Depois, novamente
Eduardo da Silva marcou o segundo e garantiu a quarta vitória seguida,
desta vez fora de casa, no Heriberto Hülse, por 2 a 0, que fez a equipe
dar novo salto no Brasileirão na 17ª rodada.
O time, que ganhou a quinta partida em seis jogos sob o comando de
Vanderlei, pulou para o 11º lugar, com 22 pontos, e se distanciou mais
do grupo que briga contra o rebaixamento. O oposto do Criciúma, que, com
a derrota em casa, continua na incômoda 17ª posição e amarga a sétima
rodada sem triunfo, o que deve aumentar a crise no clube. Na próxima
rodada, o Rubro-Negro volta a jogar fora, contra o Vitória, no domingo. O
Criciúma sai para encarar o Sport, no mesmo dia.
Poderia ser um primeiro tempo com vantagem rubro-negra no Heriberto
Hülse. Com um meio de campo marcando bem e uma defesa bem posicionada, o
Flamengo levou poucos sustos nos primeiros 45 minutos. Mas a limitação
do ataque e a trave impediram o grito de gol. Se Canteros dominou as
ações e teve até então nos primeiros 45 minutos sua melhor atuação desde
que chegou ao clube, Arthur continuava devendo, e muito. O atacante
pouco se desmarcava, e quando ficava livre batia mal a gol. Léo Moura e
João Paulo até avançaram bem pelas laterais, mas não encontraram também
em Nixon, que chegou atrasado num centro do lateral-esquerdo, o homem da
conclusão. A cabeçada de Marcelo na trave e o voleio de Léo Moura no
travessão mostraram que a defesa levava mais perigo do que o ataque.
O Criciúma começou a partida querendo ter o domínio. Mas perdeu
terreno. Cleber Santana aparecia, mas ainda não parecia inteiro
fisicamente. O mesmo acontecia com outro estreante, o atacante Souza. O
maior perigo continuava sendo a bola parada de Paulo Baier. Silvinho,
pela esquerda, ensaiava contra-ataques rápidos, mas se preocupava mais
em cavar faltas. Eduardo avançou bem pela direita, mas concluiu mal. A
melhor chance foi um lançamento para Paulo Baier. Aí pesou a idade.
Acabou alcançado por Márcio Araújo, que protegeu a bola para a defesa de
Paulo Victor. E nada mais o Tigre fez na primeira etapa.
No segundo tempo, o time da casa voltou até melhor e dominando as
ações. Logo aos dois minutos, Silvinho, que já infernizava na primeira
etapa, poderia ter mudado o curso da partida se tivesse tocado pelo alto
de Paulo Victor com menos força. A bola subiu um pouco, e foi-se uma
chance de ouro para o Tigre. O Flamengo segurou o rojão até que, aos 12
minutos, Vanderlei repetiu a dose do jogo contra o Galo. Entraram de uma
vez só Mugni e Eduardo da Silva nos lugares de Márcio Araújo e Arthur,
este em outra fraca atuação. E a equipe até chegou a ser dominada, pois
Canteros, recuado para a função de segundo volante, caiu de rendimento.
Mas o Flamengo se recompôs e, aos 30, Mugni foi derrubado na pequena
área por João Victor, que foi expulso. O árbitro marcou, e o argentino
pediu a bola para cobrar. Léo Moura permitiu e não se arrependeu: o meia
argentino bateu com categoria, mandando o goleiro para um lado e a bola
para o outro, aos 32. Logo depois, aos 36, Eduardo da Silva, mais uma
vez bem colocado, pegou sobra de chute de Everton e não desperdiçou: 2 a
0. Foi o terceiro gol do croata-brasileiro desde sua estreia. Novamente
ele, novamente Vanderlei mostraram uma estrela que faltava ao Flamengo
neste Brasileiro.
Por GLOBOESPORTE.COM
Criciúma (SC)
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