quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Contra a crise, Luxa vira escudo para manter ambiente saudável no Fla

Por Rio de Janeiro
Vanderlei Luxemburgo não corre da batalha. Prefere encará-la de frente e se transformar em escudo para defender um grupo carente de vozes marcantes. Desde sua volta ao Flamengo tem sido assim. Não se furta a dar entrevistas e falou a frase esperada em tom de promessa para quem quisesse ouvir:

- O Flamengo não cai - afirmou em entrevista à Rádio Globo na quarta-feira.
Vanderlei Luxemburgo Treino flamengo (Foto: Cesar Loureiro / Agência O Globo)
Vanderlei Luxemburgo é o escudo do Flamengo (Foto: Cesar Loureiro / Agência O Globo)

Essa preocupação em ser escudo é justamente para evitar que o pessimismo pela situação do Flamengo no Campeonato Brasileiro não atinja o ambiente criado depois da sua chegada. Mantém o otimismo, elogia seu grupo. Internamente, ele combate qualquer sinal de baixo astral.E as palavras fazem eco no elenco. Apesar dos números do Flamengo no Brasileirão assustarem, os próprios jogadores demonstram tranquilidade até certo ponto surpreendente em entrevistas. Postura que é muito fruto da certeza que o comandante passa internamente da volta por cima. Para o goleiro Paulo Victor, a história de Luxa no futebol o dá o respaldo necessário para que o elenco não duvide de suas convicções.

- É um cara que ganhou mais de 40 títulos, é vivido, conhece bem o futebol, sabe como funcionam as coisas.

No discurso, trata a situação do Flamengo como um campeonato à parte. Compara os três pontos de diferença para o Botafogo, primeiro time fora da zona de rebaixamento, aos quatro que o Fluminense está atrás do Cruzeiro na disputa pela liderança. Não se intimida e não deixa que os jogadores se intimidem.

Na cabeça de Luxemburgo, o time estará como deseja a partir do jogo com o Coritiba, no dia 17, em Curitiba. Até lá, serão 25 dias de trabalho com quatro jogos. Começará então a conviver com rodadas no meio da semana e menos tempo de preparação entre um compromisso e outro.

Consciente da dificuldade em contratar reforços, trabalha com o que tem e tenta descobrir possibilidades. Viu em Lucas Mugni e Canteros esperanças de talento para seu meio-campo, assim como Eduardo da Silva deverá se tornar seu ponto de referência no ataque, ainda que atue ao lado de Alecsandro.

Os jogadores também reconhecem no treinador um escudo e sabem como sua personalidade e atitude podem ser determinantes para o time crescer. Domingo, contra o Sport, no Maracanã, será mais um passo na luta de Luxemburgo para evitar a queda de seu clube de coração. Otimismo a ele não falta.

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