quarta-feira, 20 de julho de 2011

Patricia toma R10 como escudo

Por Janir Júnior e Richard Souza Rio de Janeiro
A presidente do Flamengo, Patricia Amorim, apareceu nesta terça-feira no Ninho do Urubu para participar de um programa de TV e aproveitou para apresentar o zagueiro Alex Silva. Ao entrar na sala de entrevistas, a dirigente brincou: ‘Estou com medo de vocês (jornalistas)’. Depois, ela concedeu uma coletiva mais longa do que a do jogador e garantiu não estar frustrada com o fracasso nas negociações com Vagner Love, Kleber e André.

Alex Silva apresentação Flamengo (Foto: Janir Junior / Globoesporte.com)
Patria Amorim apresenta o zagueiro Alex Silva (Foto: Janir Junior / Globoesporte.com)

- Não acho que foi falta de capacidade. Temos apenas uma derrota na temporada. A análise tem que ser feita em cima dos fatos, não dos sonhos.
A mandatária tomou Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves como escudo contra as críticas e citou o fato de o time ter perdido apenas um jogo no ano.
- Não posso me sentir frustrada, trouxe Ronaldinho Gaúcho, é o nosso craque. Trouxemos Thiago Neves.
Abaixo, os principais trechos da entrevista da presidente:
Reforços - Sinto, às vezes, uma preocupação muito grande com atacante, como se fosse possível ter o Ronaldinho nas 11 posições. Existe um limite do que é possível fazer, na maioria das vezes é um impedimento financeiro. Cobram uma, duas peças. Em janeiro não tínhamos o Ronaldinho, Thiago, Bottinelli, Airton, Junior Cesar, Alex Silva. Se não tivesse um time em segundo lugar, não sei (Fla está em terceiro, com um jogo a menos). Não posso me sentir frustrada, trouxe Ronaldinho Gaúcho, é nosso craque. Trouxemos Thiago Neves.
Frustração – Temos que acreditar em quem está aqui. Não sinto frustração. Não acho que é falta de capacidade. O bom jogador sempre é disputado por vários clubes. Temos um limite de responsabilidade, temos que puxar o freio de mão em algumas negociações. Tenho cuidado para não acontecer como no ano passado (quando o clube contratou Deivid e Diogo com custos elevados no fim da janela de transferências). Não fizemos isso esse ano. Pode ser que não chegue ninguém, mas não tem frustração.
Vagner Love - A torcida decidiu fazer um movimento e tem direito a isso. Desde o fim do ano passado os russos não responderam a nossa proposta (R$ 11 milhões por 70% dos direitos econômicos) e ela não seguiu. O nome dele voltou à tona em nome das pessoas apaixonadas por ele. O clube não tem hoje condição de oferecer mais. No caso do Vagner Love, acho que isso está muito nem resolvido.
Não insistimos no Love porque não dava. Não quero fechar as portas para esses jogadores, sempre nos interessam. Agora não deu. É difícil competir em euros"
Patricia Amorim
Kleber - Realmente tentamos até onde sentimos que poderíamos. Sempre falei que o jogador vem se quiser. Não é de hoje que o Flamengo tem ou teve interesse nesse jogador. Não é algo que se encerra em definitivo. Pode voltar a vir. Quero que as pessoas se sintam muito tanquilas. Se essa não deu, as outras deram. O saldo é positivo.

André - O André, até onde sei, chegamos até onde poderíamos ir. Agora é com jogador, empresário, com clube. Demos um limite, que é um limite financeiro. A experiência (de Luiz Augusto Veloso, direitor de futebol, ir à França negociar) é importante. Mesmo que não se concretize. As relações devem acontecer sempre.
Fechamento da janela de transferências - Futebol é um universo de situações. Não quero criar expectativa, apresentamos hoje um grande jogador (Alex Silva). É o fim de um processo longo, queria muito esse jogador, era uma unanimidade.
Unanimidade na busca por atacantes - Não insistimos no Love porque não dava. Não quero fechar as portas para esses jogadores, sempre nos interessam. Agora não deu. É difícil competir em euros. Fazemos proposta, nós fazemos esforço, temos a responsabilidade de correr atrás, nem sempre é possível. Esse ano conseguimos alcançar bastante sucesso.
Patrocinadores - É um momento muito interessante. Avançou. Continuamos com os mesmos valores de propriedade, algo em torno de R$ 30 milhões em toda a camisa. Tivemos a preocupação de entender o que era o mercado. Começamos a receber propostas segmentadas dentro de uma realidade. Algumas pessoas não concordam, mas para mim a camisa é o manto sagrado, tenho cuidado com ela. Tenho preocupação com a marca, com a cor, me preocupo com isso. Começamos a receber propostas de barra de camisa, elas foram encaminhadas ao Conselho Diretor, isso me deixa um pouco mais tranquila. Podemos ter mais de uma marca.

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