Por Gabriel Fricke e Marcello Pires
Rio de Janeiro
A semana da final do NBB foi de emoções extremas para Caio Torres. Suspenso preventivamente por 30 dias pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) na tarde de terça-feira, o pivô do Flamengo sofreu e temeu pelo pior antes de o tribunal voltar atrás e revogar a punição quinta-feira à noite. Quis o destino que o pesadelo se transformasse num sinal. Sinal verde que abriu caminho para o gigante de 2,11m, no sábado, anotar 23 pontos, pegar dez rebotes e ser eleito o melhor da decisão na vitória por 77 a 70 sobre o Uberlândia, que garantiu ao Rubro-Negro o bicampeonato do NBB. O domingo, enfim, seria só de festa.
- Realmente achei que não jogaria a decisão. Como nunca tinha passado por isso antes, não sabia o que pensar. Seria uma injustiça muito grande participar de todos os jogos do Flamengo na competição e ficar fora justamente na final contra Uberlândia. Mas felizmente deu tudo certo, e estou sentindo uma felicidade imensa. Ainda não parei para pensar em tudo que está acontecendo, acho que a ficha ainda não caiu. Só tenho que agradecer a Deus, à minha esposa e ao torcedor rubro-negro,.Dedico esse título ao meu filho Kaíque, que vai nascer entre o fim de agosto e o começo de setembro - disse o pivô, que completa 26 anos na próxima segunda-feira.
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O prêmio de MVP da final não foi o único que Caio Torres levou para casa. Além da medalha dourada pendurada no pescoço, o camisa 13 do Flamengo exibia orgulhoso a rede de uma das cestas da final "roubada" com uma mãozinha do armador Gegê, o segundo jogador mais baixo do elenco rubro-negro com 1,88m.
- Essa rede tem um valor simbólico muito grande no basquete. Eu já tinha sido campeão outras vezes, mas nunca tinha conseguido pegar a rede do título. Não queria sair daqui sem ela e pedi a ajuda do Gegê. Ele subiu nas nos meus ombros e pegou uma para ela e a outra para mim - disse o pivô.
Valorizado após seu desempenho na temporada e, principalmente, na grande decisão (assista ao "jogo em 1 minuto" no vídeo ao lado), o jogador que terá seu contrato encerrado até o fim de junho ainda não sabe qual será seu destino na próxima temporada.
- Eu só faço contrato de um ano e sinceramente não quis negociar nada antes da final. Ainda não conversei com ninguém sobre esse assunto, mas minha vontade é permanecer no Flamengo - disse o jogador, que destacou ainda o carinho do torcedor rubro-negro.
- Essa torcida é incrível. Em qualquer lugar que nós jogamos ao longo da temporada tinha sempre torcedores do Flamengo presentes. É indescritível o que eles fizeram aqui na Arena da Barra. Só posso agradecer - completou.
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