sábado, 10 de março de 2018

Fla vota antecipação de receita da venda de Vizeu para quitar dívida por Cirino

Convocação para reunião extraordinária do Conselho de Administração, na segunda (Foto: GloboEsporte.com)
Convocação para reunião extraordinária do Conselho de Administração, na segunda (Foto: GloboEsporte.com)
Por GloboEsporte.com
O Flamengo tenta antecipar a receita da venda de Felipe Vizeu para a Udinese. O atacante foi negociado em janeiro por R$ 20 milhões – o clube tem direito a R$ 12 milhões – em quatro parcelas. A diretoria negociou o crédito das parcelas prevista para 2019 e 2020 com a empresa Capital 23, mas precisa da aprovação do Conselho de Administração, que votará o tema na segunda-feira.
A operação será votada em caráter de urgência, a pedido de Eduardo Bandeira. O presidente provavelmente encontrará dificuldades na reunião do Conselho de Administração, uma vez que pede a antecipação de receitas previstas para as duas próximas temporadas, quando não estará mais à frente do clube. A informação foi publicada primeiramente pelo jornal “O Globo” e confirmada pelo GloboEsporte.com.

A justificativa para a antecipação é para quitar com desconto a compra de Marcelo Cirino, realizada em 2015. O clube ainda deve R$ 18 milhões pela aquisição do jogador junto a Doyen e negociou um abatimento. O pagamento estava previsto no orçamento aprovado de 2018.

Antecipação deste tipo em últimos anos do mandatos é vedado pelo estatuto do clube, pelo artigo 145, parágrafo 145. No entanto, a diretoria se apoia em um trecho citado no mesmo artigo uma exceção a regra, desde que o caso seja submetido em votação no conselho de administração - que pode ou não aceitar. Veja na imagem abaixo.
Artigo do estatuto do Flamengo (Foto: GloboEsporte.com)
Artigo do estatuto do Flamengo (Foto: GloboEsporte.com)
Felipe Vizeu foi negociado com a Udinese em janeiro, mas fica no Flamengo até julho. Em relação a Marcelo Cirino, no início de 2015 o Fla se comprometeu a pagar 3,5 milhões de euros, mais 10% de juros ao ano (cotação que vale é a de janeiro de 2018), à Doyen caso a empresa não recuperasse o que investiu até 31 de dezembro de 2017 - ou seja, para o caso do atleta não ser vendido. O que de fato não aconteceu.

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