Por Filipe RodriguesTaubaté, SP
Acostumado a evitar gols, Ronaldão marcou seu nome na história do
Flamengo por ter dia de artilheiro justamente no aniversário de 100 anos
do rubro-negro. No dia 15 de novembro de 1995, no sofrido 1 a 0 contra o
Cruzeiro, no Mineirão, foi o zagueiro que garantiu a festa de
comemoração do centenário, ao marcar de cabeça após cobrança de
escanteio. O jogo foi válido pela Supercopa dos Campeões da
Libertadores.
Dos dois anos em que atuou pelo Fla, o zagueiro
marcou cinco gols. Mas para o próprio Ronaldão, este do centenário é o
mais importante dos seus 20 anos de carreira.
- O
gol do centenário, fui em quem fez. O goleiro era o Dida, com o
Mineirão lotado. Foi um gol muito importante. Esse gol foi especial, por
causa da data, do centenário de um dos maiores clubes do país. Esses
dias, encontrei o Kleber Leite (ex-presidente), em Brasília e ele me disse: "Ronaldão, o
homem do gol do nosso centenário". E eu fico emocionado com isso - lembra.
Zagueiro Ronaldão, relembrou tempos de Flamengo durante evento em São Paulo (Foto: Filipe Rodrigues) |
- Foram dois anos maravilhosos. O primeiro ano nem tanto. Tinha o ataque dos sonhos: Romário, Sávio e Edmundo. Contrataram o Mancuso, do Palmeiras. No papel, o time era fantástico. Mas o entrosamento acabou não acontecendo. Em 1995, não deu certo. Mas em 96, deu mais liga. Ganhamos o Carioca invicto, depois fomos longe na Copa do Brasil, mas não chegamos à final. O Cruzeiro acabou levando. No Brasileiro, tivemos uma campanha muito boa. Foi positivo - disse.
Ronaldão deixou o Flamengo no início de 1997 para defender o Santos. Na carreira, o zagueiro foi bicampeão mundial de clubes com o São Paulo, e tetracampeão com a Seleção, na Copa do Mundo dos Estados Unidos, de 1994.
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