quinta-feira, 14 de junho de 2018

Crias x cobra criada: Fla segura Palmeiras na bola e no peito com média sub-23

Jaiilson deu gravata em Jonas, que reagiu: os dois terminaram expulsos no fim do confronto entre Palmeiras x Flamengo (Foto: Marcos Ribolli)
Jaiilson deu gravata em Jonas, que reagiu: os dois terminaram expulsos no fim do confronto entre Palmeiras x Flamengo (Foto: Marcos Ribolli)
Por Raphael Zarko, Globo Esporte
Eram seis pratas da casa do Flamengo em campo na Arena do Palmeiras. Em nenhum jogo do Brasileiro, o Rubro-Negro havia entrado com tantos jogadores formados no Ninho – mais até do que no banco (6 x 5). Na partida mais nervosa da competição, o Flamengo empatou por 1 a 1 – gols de William e Matheus Thuler - e se manteve na liderança, agora com menos dois pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o São Paulo, do duelo no retorno da Copa do Mundo, no Rio, dia 18 de julho. São quatro pontos de diferença.

Foram seis expulsões – três para cada lado, nenhuma envolvendo Léo Duarte, Matheus Thuler, Jean Lucas, Lucas Paquetá, Vinicius Junior e Felipe Vizeu, os “crias”. Com a cabeça fria e sem medo de pressão ou cara feia, o Flamengo se saiu bem quando precisou ir atrás do resultado, mesmo sendo vulnerável nos inícios de cada etapa.
O time carioca tinha apenas três acima de 25 anos (Diego Alves, 32, Rodinei, 26, e Éverton Ribeiro, 29), contra nada menos que oito palmeirenses (Jailson, 36 anos, Marcos Rocha, 29, Dracena, 37, Bruno Henrique, 28, Felipe Melo, 34, Moisés, 30, Dudu, 26 e Willian, 31). Entre os titulares, a média de idade rubro-negra era de 23 anos. Dos palmeirenses, donos da casa, 29,3 anos.

Barbieri, um "garoto" de 36 anos, percebeu na estratégia do Palmeiras, após o empate, uma vontade de levar o jogo "na imposição física, no contato". Em livre interpretação, ganhar até na marra, se fosse preciso, para cima da garotada do Flamengo. Mas o time carioca suportou bem o estádio contra e teve até boas chances de ganhar.

Chumbo aéreo trocado

Os dois momentos de maior pressão do Palmeiras foram no início de cada tempo. No primeiro tempo, Willian cabeceou sozinho entre Léo Duarte e Renê – Cuéllar chegou atrasado na marcação -, e Diego Alves fez grande defesa. Depois, Bruno Henrique passou por trás de Renê e Vizeu, que não acompanhou, e escorou para William sozinho para empurrar para as redes.

Diego Alves foi batido novamente depois de 622 minutos. O último gol sofrido havia sido em escanteio contra o Vasco – com desvio no primeiro pau e Wagner completando no segundo. Mas o goleiro provou, outra vez mais, que vive grande fase. Defendeu cabeçada de Dudu no início do segundo tempo.

O Flamengo não se apavorou. Colocou a bola no chão. Jean Lucas apareceu e criou alguns lances, com a ajuda de Éverton Ribeiro e Rodinei. O trio foi mais eficiente do que o da esquerda, com Renê, mais contido e irrepreensível na marcação, Lucas Paquetá, discreto, e Vinicius Junior, que não sossegou enquanto não driblou Marcos Rocha, mas não teve grande atuação – perdeu a chance de virar a partida em rebote do chute de Felipe Vizeu.

Árbitro alivia para Felipe Melo

O empate do Flamengo veio na subida de Thuler, de 19 anos. O momento não era favorável ao Flamengo – Willian e Dudu quase marcaram na pressão inicial da segunda etapa. Mas o gol mudou tudo novamente na partida. Vinicius sofreu falta dura de Felipe Melo. Com carrinho forte, o volante palmeirense atingiu o pé de Vinicius. Barbieri e todo o banco rubro-negro pediram a expulsão. O árbitro deu amarelo e revoltou os rubro-negros.

Dali em diante houve pouco jogo. Barbieri ainda colocou Marlos, Arão e, no fim, Jonas, já satisfeito com o resultado. As expulsões no fim – após falta de Cuéllar, o segundo cartão vermelho neste Brasileiro, e troca de empurrões com Dudu – tiraram a graça de um fim de jogo que parecia imprevisível, com o Flamengo perigoso e o Palmeiras indo atrás da vitória dentro de casa.

Barbieri considerou as expulsões justas, com exceção de Henrique Dourado, que só teria reagido e levado um soco, o atacante do Flamengo dá um tapa na mão de Luan, que tenta afastá-lo. O zagueiro vai para cima de Dourado e os dois se empurram novamente até a turma do "deixa disso" evitar o confronto.

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