sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Fornecedora de material aponta Fla à frente do Milan em venda de camisas

Podolski camisa flamengo (Foto: Divulgação/Flamengo)
Alemão Podolski exibe camisa do Flamengo (Foto: Divulgação/Flamengo)
O Flamengo é o maior clube da Adidas na América Latina. Quem diz é o alemão Herbert Hainer, presidente da empresa. No Rio de Janeiro para acompanhar a Olimpíada, Hainer revelou que o Rubro-Negro deixou para trás concorrentes tradicionais no continente, como River Plate, Palmeiras e Chivas Guadalajara, e foi além: já lucra mais do que o Milan no segmento. 
Real Madrid, Manchester United e Bayern de Munique estão no pódio da disputa, que tem números sigilosos. O CEO da empresa há 15 anos, entretanto, garantiu aos cariocas um lugar no Top 10.
– O time que vende mais camisas no Brasil é o Flamengo. Sem dúvidas. Muito mais do que Palmeiras, Fluminense... Não há dúvidas. Não tenho o número exato na minha cabeça, mas certamente está entre os dez que mais vendem camisa no mundo. Obviamente, o que mais vende é o Real Madrid, o Manchester United também vende milhões, o Bayern... Acho que o Flamengo já vende mais do que o Milan – disse, em informação confirmada pelo departamento de comunicação.   
Responsável pela gestão da empresa de material esportivo há 15 anos, Hainer esteve presente em quatro Copas do Mundo - onde a marca é um dos patrocinadores oficiais - e está prestas a acompanhar sua quarta Olimpíada. Questionado sobre a expectativa para a Rio 2016, o alemão deu de ombros para as críticas e temores que cercam a competição e lembrou a Copa das Confederações de 2013 para apostar em uma empreitada bem sucedida.   
– Vim para Copa das Confederações, e a maior parte da mídia dizia que o Brasil não estava pronto, que os estádios não estavam prontos, que a criminalidade era alta, que o transporte não ia funcionar e depois que começou foi lindo. Foi perfeito, fantástico. Acho que é o mesmo nas Olimpíadas – disse Hainer.

– Conversei com representantes do time olímpico da Nova Zelândia e da Alemanha e ambos me disseram: "No começo, havia coisas para melhorar, mas agora está muito divertido e tudo bem. Todo mundo está aproveitando e de bom humor". A partir de sábado, nos concentramos somente com esporte. Vejo mais pontos positivos do que negativos. Já são quatro semanas e ninguém foi mordido pelo mosquito – completou.   
Apaixonado pelo Brasil, o empresário falou ainda sobre a evolução do esporte como negócio ao longo da última década. Reconhecidamente envolvido com o esporte, o país multiplicou o número de lojas segmentadas no período e se tornou um dos principais mercados:   
– Vim ao Brasil pela primeira vez 12 anos atrás, e a diferença é grande. Os brasileiros são viciados em esportes, estão sempre correndo, praticando nas praias ou pedalando. Isso não mudou. Mas quando olho para a indústria do esporte, a distribuição, execução e consumo são totalmente diferentes – disse Hainer. 
– Há 15 anos, fazíamos comerciais de TV de tempo em tempo, nos jornais, anunciávamos nossos produtos nas ruas. Hoje, temos 40 lojas espalhadas pelo Brasil, em todos os lugares, e temos muito mais controle do destino da indústria. A comunicação mudou. A população não vê mais TV. Hoje, são viciados em redes sociais e essa é a grande diferente – explicou o empresário.   
Hainer comparou ainda o poder econômico da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. Pelo fanatismo que envolve, a disputa no futebol é mais lucrativa, o que não diminui a importância comercial do Rio 2016.   
– A Copa do Mundo é uma oportunidade comercial muito maior do que as Olimpíadas. Os fãs ao redor do mundo seguem os jogadores, compram camisas... Em uma Copa, vendemos milhões de camisas da Alemanha, Espanha, Argentina... Nas Olimpíadas, as oportunidades não são tão grandes. Nenhum fã vai comprar o uniforme por conta de um competidor do atletismo porque ele ganhou uma prova. É uma cultura diferente. Nos Jogos, são 28 esportes e isso é importante para apresentar a empresa como olímpica também e não apenas voltada para o futebol. São dois tipos diferentes de consumidores.
Os Jogos Olímpicos do Rio começam oficialmente nesta sexta-feira, às 20h (de Brasília), em cerimônia no Maracanã, e têm encerramento marcado para o dia 21.

Por Rio de Janeiro

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