Bandeira chamou Diego Alves de goleiro "sonho de consumo": jogador tem contrato de três anos e meio com o Flamengo (Foto: Fred Gomes) |
Por GloboEsporte.com, Rio de Janeiro
O goleiro Diego Alves, de 32 anos, foi apresentado pelo Flamengo nesta segunda-feira. No início da noite, o reforço rubro-negro vestiu a camisa do clube pela primeira vez e falou com os jornalistas na Gávea. O jogador foi apresentado como "sonho de consumo" pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello. O contrato dele é de três anos e meio.
- Eu conheci o Diego nos Estados Unidos, durante a Copa América. Agora felizmente ele é nosso. É um goleiro que era nosso sonho de consumo - disse o presidente do Flamengo.
Diego Alves chegou ao Rio de Janeiro na manhã desta segunda, realizou exames médicos e assinou contrato com o Flamengo até o fim de 2020. O goleiro estava no Valencia, da Espanha, e ganhará cerca de R$ 700 mil por mês no Rubro-Negro (já com valores das luvas no pacote).
O diretor de futebol do Flamengo, Rodrigo Caetano, disse que recebeu ligação de Diego Alves e que a ligação foi decisiva para a contratação - assim como o impulso dos recursos dos 100 mil sócios torcedores do clube carioca. O goleiro contou que esteve no Rio de Janeiro antes da negociação e que se imaginou jogando no clube da Gávea.
- Eu tinha várias opções na Europa, mas desde quando o Flamengo entrou na situação foi conversado de uma forma franca. Eu senti essa honestidade da parte do Flamengo também. Esse foi um dos motivos que, junto do meu desejo, me fez vestir esse manto, voltar ao Brasil e jogar nesse time que, antes de assinar, falei que era o clube que atrai qualquer jogador do mundo - afirmou Diego Alves.
"Estreia pode ser contra o Corinthians", diz diretor de futebol
O jogador está tratando da documentação para dar entrada, junto ao Flamengo, em contrato na CBF. O diretor de futebol Rodrigo Caetano lembrou que para o jogo de sábado, às 19h, contra o Coritiba, na Ilha do Urubu, ainda será improvável ter o novo goleiro.
- Agora é uma questão de transferência internacional, de estar no BID (da CBF). Paralelamente ele se apresenta amanhã de manhã já. Mas olhando nossa agenda, nosso calendário, óbvio que quarta-feira (Palmeiras) impossível, depois sábado difícil, aí o jogo contra o Santos ele não pode jogar porque é Copa do Brasil. Pode ser contra o Corinthians - afirmou Caetano.
Diego lembrou que vinha treinando com preparador particular durante as férias, mas também passou alguns dias descansando. No entanto, ele aposta que não vai demorar para jogar.
- Tive uns 10 ou 15 dias que parei para descansar, porque não somos máquinas, mas eu sempre vinha treinando. Claro que eu quero estar em campo. Mas preciso treinar, ver o treinador, conversar com todos. Mesmo sabendo que estamos no meio da temporada, com jogos importantes... Pode ter certeza que vou treinar para estar disponível o mais rápido possível - afirmou a nova atração do time rubro-negro.
Confira a íntegra da entrevista coletiva de Diego Alves:
Desejo de jogar no Fla
O projeto do Flamengo é muito sério. É um projeto que já vem construindo há anos. Dá para ter uma noção. É um projeto que chamou bastante atenção. Eu acredito que já venho há anos. Esse projeto é um projeto bastante importante que eu quero ajudar a crescer.
Seleção
Eu vim para o Flamengo pensando no Flamengo. A vinda foi pensando no Flamengo, pensando na minha vida profissional no Flamengo. Acredito que a seleção brasileira é um prêmio pelo momento que o jogador vive no seu clube. Em todos os clubes em que passei, tive a oportunidade de estar na Seleção. Vou trabalhar bastante para também ser convocado no Flamengo.
Pegador de pênalti
Eu sei que é um assunto que se debate bastante, por eu defender bastante pênalti, mas eu levo com naturalidade. Tem de perguntar para os cobradores. Na Espanha sempre me perguntaram isso, mas eu não gosto de pênalti. Não gosto. Mas estou sempre preparado. Antes do pegador de pênalti, vem o Diego Alves goleiro, que tem de ser importante em muitas outras coisas.
Visita ao Ninho
Conheci rapidamente, porque estávamos resolvendo coisas burocráticas, que demoram um pouco. Conheço alguns jogadores de uns anos atrás, o Márcio Araújo, o Réver, o Diego. Enfrentava ele em Ribeirão Preto quando tínhamos 10 anos. Conheço o Muralha, o Thiago. Fui muito bem recebido desde o primeiro comentário, até a assinatura.
Reencontro com Márcio Araújo e Muralha
No Atlético-MG também existia esse amor e ódio com o Márcio, mas ele jogava sempre. Como pessoa, como jogador, é alguém que o grupo agora. É um trabalhador nato. As críticas existem, fazem parte do futebol, mas ele sabe o que vale, o jogador que ele é. Desde o Atlético-MG, sempre foi indispensável.
O Alex Muralha eu conheço desde quando ele estava no Comercial. Na verdade, nunca treinei junto com ele, mas sempre estive perto dele. É um goleiro que vale muito. Já demonstrou, chegou à Seleção.
Sonho de títulos
Eu acho que o futebol brasileiro melhorou bastante. Isso demonstra a vontade de os jogadores voltarem para jogar no futebol brasileiro. Quando se fala no Flamengo, se fala em título. A história do clube te exige falar de título. Claro que é cedo, tem muito chão pela frente, mas é importante. É um objetivo do clube, dos jogadores. Acho que temos chances, sim, de ter uma grande alegria.
Impressões antes de chegar ao Fla
No meio do futebol é normal, escutamos uma informação aqui, outra ali. Desde a primeira conversa, foi uma conversa muito franca, tranquila. O que ele me passou era realmente o que eu escutava. Isso foi um fator importante. Ouvir que é um clube estabilizado. Isso foi bastante importante. Claro que comecei a acompanhar os jogos, inclusive o último. Normal. Sofremos mais de fora.
Apelido de x-tudo
Até hoje me chamam de X (x-tudo) em Ribeirão Preto. Eu tive uma paralisia facial e fiz um tratamento à base de corticoide. Isso me fez ficar gordinho, para ser bem moderado. Eu nunca coloquei barreiras, mas sempre me incentivou. Isso foi importante na relação minha como goleiro e como experiência de vida. Isso não tem nada a ver.
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