Zico diz que só aceitaria treinar o Flamengo no Brasil (Foto: Divulgação / Udinese) |
Zico voltou à Itália nesta sexta-feira para participar do fim de semana de celebrações pelos 120 anos do Udinese. O Galinho chegou à equipe italiana em 1983 com o status de craque da seleção brasileira e ficou até 1985. Saiu de lá sem títulos, mas fez 22 gols em 40 partidas, o suficiente para virar ídolo local. Em entrevista coletiva na sede do clube, falou sobre diversos assuntos, entre eles a mudança que houve no futebol ao longo dessas três décadas.
- O futebol mudou, não há como negar. A técnica vem depois da tática hoje em dia. Talvez não tivesse passado nos testes se jogasse na era moderna. Características físicas são mais importantes do que a técnica hoje em dia - disse o Galinho.
Nos últimos ano, Zico treinou o Goa FC na Superliga da Índia. Após a campanha frustrante no ano passado, ele disse que está com o futuro indefinido. Só garantiu que não trabalhará em outro clube brasileiro que não seja o Flamengo.
- Estou aberto a ofertas, mas não do Brasil por conta dos meus laços com o Flamengo.
Para Zico, a equipe italiana permanece em seu coração, assim como Flamengo e Kashima - os outros dois times que defendeu ao longo da carreira.
- Voltar aqui é maravilhoso. Estou feliz e cheio de alegria. Sempre tento seguir o clube. O Udinese permanece no meu coração. A minha grande lembrança vem do dia em que fui apresentado aos torcedores na praça da cidade. Não esperava tanto carinho. Foi inesquecível.
Além de se dizer fã declarado de Roberto Baggio, o Galinho mostrou muita admiração por outro jogador italiano. Para ele, o maior ídolo da história da Udinese.
- Conheci o Di Natale há alguns anos. Ele é o maior jogador da história da Udinese na minha visão. Merecia ganhar o Scudetto.
Ao ser questionado se Neymar seria seu herdeiro no futebol, Zico foi só elogios ao camisa 11 do Barcelona, só quis evitar taxá-lo como seu sucessor.
- Ele é um dos melhores do mundo, mas eu não gosto de usar essa palavra. Eu nunca quis ser herdeiro de ninguém. Já Pelé é um exemplo para todos, mas as comparações causaram danos a muita gente: é muita responsabilidade.
Por fim, o Galinho, que chegou a desenhar uma candidatura à presidência da Fifa, criticou a decisão da nova direção da entidade de aumentar o número de participantes no Mundial de 32 para 48 a partir de 2026.
- Infelizmente, o futebol está nas mãos de pessoas que não tem interesses nobres. Uma Copa do Mundo com 48 seleções só existirá por conta de dinheiro - completou.
Por GloboEsporte.comUdine, Itália
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