Na defesa ou no ataque, Arão tem sido decisivo para o Flamengo (Foto: Marlon Costa / Pernambuco Press) |
O jogo contra o Santa Cruz foi o 35º de Willian Arão com a camisa do Flamengo. O gol contra o Santinha foi o sexto do volante com a camisa rubro-negra - mais que Emerson Sheik e Felipe Vizeu, ambos com cinco. Ele também tem nove assistências. Mas talvez o número que melhor represente o papel do jogador no time seja outro. Segundo dados do CEP, o Centro de Excelência em Performance do Flamengo, Arão corre aproximadamente 12 quilômetros por partida. Dado expressivo e que evidencia a função de área a área que ele exerce.
A última partida, quarta-feira, foi um exemplo. Arão começou posicionado bem à frente dos zagueiros, responsável pela saída de bola. Depois, foi deslocado para o lado direito da defesa, já que Rodinei sofria por ali com as arrancadas do rápido atacante Keno. Veio o segundo tempo, e o camisa 5 se posicionou um pouco depois da linha de meio-campo, pois o técnico Zé Ricardo havia tirado Felipe Vizeu e colocado Cuéllar para reforçar a marcação ao lado de Márcio Araújo. Ainda assim, não pôde abandonar a marcação pela direita.
Mas apesar de toda a obrigação defensiva, Arão contribuiu no ataque. Não foi o jogo em que ele mais apareceu lá na frente. No empate por 2 a 2 com o São Paulo, por exemplo, esteve muito mais presente nas ações ofensivas. Mas o chutaço decisivo, aos 14 do primeiro tempo, decidiu a partida contra o Santinha.
- Fico feliz por estar bem na frente e atrás. Tenho que continuar o trabalho, ajudar o Flamengo, evoluir, crescer, estou feliz com meu momento, mas tenho muito a melhorar. Algumas vezes me perguntam onde vou parar. Estou evoluindo bastante, a cada partida, a cada jogo tiro uma coisa nova. Acho que foi meu primeiro gol de fora da área de longe, venho aprimorando nos treinos. Não me coloco imite, tenho que continuar evoluindo, cada bola. Nem sei em que nível posso chegar. Tenho que trabalhar para chegar no nível máximo que eu posso – afirmou.
Arão tem chamado a atenção também pela postura de líder. Apesar de ter apenas 24 anos, foi o escolhido pelo técnico Zé Ricardo para usar a braçadeira de capitão – o experiente zagueiro Juan, que ocupava o posto, está machucado. Tornou-se comum ver Willian Arão orientar e organizar a equipe.
O volante também assume o papel de conter a empolgação. Após três vitórias seguidas, o Flamengo chegou a 17 pontos e está em quarto lugar no Brasileiro, no G-4. O próximo adversário será o Fluminense, que vive momento ruim. Os times se enfrentarão no domingo, em Natal, às 16h.
- Independentemente do G-4, a gente chega com moral, é o Flamengo. O G-4 só nos credencia a conseguir mais, estamos jogando bem, vai ser difícil. Vamos entrar com a moral de sempre. Clássico muda tudo, não tem favorito, não tem crise. O que a gente tem que fazer é cuidar da regularidade, aproveitar as chances na partida. Enfrentamos o Fluminense algumas vezes no ano, foram jogos difíceis.
Por Richard SouzaRecide
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