Zé Ricardo elogiou desempenho do grupo e projetou sequência equilibrada na Liberta (Foto: Staff Images / Flamengo) |
O Flamengo criou oportunidades, mas, na bola parada, sofreu a primeira derrota na Libertadores. Após o jogo, Zé Ricardo não escondeu a tristeza pelo gol de Santiago Silva - que definiu o placar de 1 a 0 em Santiago -, resultado de uma cobrança de falta na área do Rubro-Negro, mas fez questão de destacar pontos positivos no jogo da equipe durantes os 90 minutos.
Em coletiva, o treinador foi questionado sobre os buracos na defesa e o lance do gol de Tanque, que subiu sem marcação para vazar o goleiro Muralha. De acordo com Zé Ricardo, a jogada foi trabalhada nos treinamentos, mas contou com a felicidade do atacante uruguaio.
- Em parte do jogo tivemos maior posse de bola, em outras a equipe da Católica foi superior, mas tivemos nossas oportunidades. Pecamos no momento final, sabíamos que a pressão seria grande. Numa bola parada, jogada que tínhamos destrinchado, que tínhamos mostrado e treinado, houve um movimento de tranca e o Santiago Silva foi feliz no aproveitamento.
Rafael Vaz também foi tema da coletiva. O zagueiro ficou marcado por uma falha incrível aos 18 minutos do primeiro tempo, quando, na tentativa de recuo para Muralha, deu a bola nos pés de Santiago Silva, que por pouco não abriu o placar mais cedo. Zé Ricardo preferiu ver o lance como "detalhe" e elogiou o desempenho do jogador durante a partida.
- De forma geral o futebol tem cada vez menos espaço para se trabalhar a saída de bola, tem mecanismos para a saída de bola. O Vaz errou em alguns lances, mas acertou outros, criou triangulações com Trauco e Diego pelo lado esquerdo. Faz parte do jogo. Ali foi um pouquinho de desatenção, não sei. Mas ele tentou fazer o melhor e fez uma partida de bom nível. É detalhe em cima do que envolve o jogo.
Confira outros trechos da entrevista:
Escalação de Márcio Araújo
A Católica tem um jogador extremamente talentoso no meio, o Buonanotte, e o Márcio tem uma velocidade de deslocamento superior a Arão e Romulo. A gente acreditava que poderia anular os movimentos dele. Conseguimos no primeiro tempo, a intenção era soltar aos poucos no segundo, mas infelizmente, quando a equipe estava mais leve para tentar a vitória e o Gabriel entrou, tomamos o gol.
Desempenho contra a Universidad Católica
- Acompanhamos a Católica há muito tempo. Mario Salas é um grande treinador. Criamos estratégia para aproveitar os espaços, para definir em outra bola com mais eficácia. Foram 100% aquilo que a gente estudou. Romulo posicionei do lado esquerdo, Diego, do direito. Percebemos pelos vídeos e encontros com a equipe da Católica que tinham lado direito muito forte, fazem triangulações com muita desenvoltura. Romulo conseguiu fazer o bloqueio, Diego fazendo a troca com Arão na subida do lateral-esquerda da Católica. Paolo (Guerrero) caindo para os lados do campo facilitava o Romulo e o Diego por dentro. São mecanismo que nem sempre dão certo, mas dentro da proposta fizeram bem. Não tenho do que reclamar do meu grupo.
Expulsão de Berrío
Não vi a expulsão. O Berrío estava muito chateado, pediu desculpas ao grupo, mas faz parte do dia a dia. Jogar com 10 é difícil, tivemos que ir quase para um suicídio, mas tínhamos que buscar o resultado. É difícil jogar com um a menos.
Sequência na Libertadores
Podemos projetar é que esse equilíbrio vai continuar. O Atlético-PR tem uma equipe muito forte, sabe jogar bem dentro e fora de casa. O San Lorenzo perdeu pênalti, mas mostrou na pré-Libertadores que consegue fazer o resultado fora de casa. Não vamos ter facilidade por jogar no Maracanã ou na Ilha. A gente vai ter que tentar pontuar ao máximo dentro de casa para continuar brigando. A tendência é que o grupo se decida na última rodada.
Por Raphael Marinho e Raphael ZarkoDireto de Santiago, no Chile
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