Matheus Nunes, um garoto de seis anos que recentemente perdeu o pai, experiência que a maioria de nós passa apenas na idade adulta, estampa em seu rosto a pureza de um sentimento que mantém o pequeno torcedor conectado para sempre com aquele que o levou ao Maracanã ainda bebê para dividir a sensação de ser Flamengo. Amor hereditário, um elo eterno, proporcionado pela forte paixão em comum. A fascinação que cada torcedor conserva quando se depara com seu ídolo. Ontem, na concentração do Mais Querido em Fortaleza, Matheus realizou um sonho compartilhado: conheceu os jogadores do Mengão, missão que o pai não pôde realizar.
É muito mais que futebol. Trata-se de uma conexão inexplicável e que envolve o presente, o saudoso passado e, certamente, ajuda a construir um futuro diferente, com a sensação de dever cumprido. Isaura Nunes, mãe do garoto, conta que percebe em Matheus, a cada vez que ele veste o Manto, a ligação entre pai e filho. Geison Queiróz, vítima fatal de um tumor cerebral, fez questão de passar para o seu menino o sentimento e os valores representados pelo Rubro-Negro.
Diz o ditado que uma imagem vale mais do que mil palavras. No caso de Matheus, faltam adjetivos, substantivos e verbos para formar uma sentença que possa, ao menos, explicar tantas sensações. Ficamos, então, com uma frase do próprio garoto para encerrar a matéria: "Meu pai me ensinou a torcer para o Flamengo".
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